MATAR OU MORRER
Sinopse: O xerife Will Kane, recém casado, está se preparando para deixar a pequena cidade de Hadleyville com sua esposa, quando é informado que Frank Miller, um criminoso local que ele prendeu anos atrás, foi libertado e está voltando em busca de vingança. Quando Kane começa a recrutar alguns homens para lutar, ele percebe que o povo da cidade, na verdade, além de covarde, está torcendo pelo inimigo. Will Kane descobre então que terá de enfrentar sozinho Miller e seus capangas.
Se é mais uma coincidência significativa, eu não sei dizer. Mas na noite da quarta-feira, quando os ministros do STF estavam votando a constitucionalidade, ou não, da prisão do réu condenado em 2º instância, um dos canais Premiére, ligados à Globo, estava passando um filme chamado Matar ou Morrer. É um velho faroeste de Fred Zinnemann, lançado em 1952, estrelado por Gary Cooper e Grace Kelly. Toda vez que passa eu assisto, porque ele é emblemático. Mostra, de forma clara, como as pessoas são mal agradecidas e infiéis. Conta a estória do xerife de uma cidadezinha do Velho Oeste que prendeu um bandidão que vivia infernizando a vida das pessoas. Mandou-o para a cadeia, pacificou a região, e virou herói. Mas cinco anos depois os políticos comutaram a pena do celerado e ele voltou para se vingar do xerife. E o povo que o idolatrava se virou contra ele, passando a torcer para o assassino. O xerife não encontrou uma única alma para apoiá-lo nessa luta e teve que travá-la sozinho.
Lembrei-me desse filme no dia seguinte vendo a festa do Lula sendo solto da cadeia. O Lula voltou. No filme, Frank Miller, o criminoso, tinha uma comissão de frente esperando-o na estação ferroviária, formada pelos seus velhos companheiros de bandidagem. Todos ávidos de vontade para encher o xerife de chumbo e mandá-lo para os quintos dos infernos. E na cidade, grande parte da população esperava ansiosa, pelo desfecho do tiroteio que iria fatalmente acontecer. O Lula tinha uma multidão festejando sua saída da cadeia, soltando fogos e balançando bandeiras.
Mal comparando, parece exatamente o que está acontecendo no Brasil. O Lula voltou, louco para se vingar de quem o mandou para a cadeia. No caso, o xerife é o hoje Ministro da Justiça Sérgio Moro. E será contra ele que o Lula e seus asseclas do PT apontarão suas armas, não para matá-lo, como no filme de Zinnemann, mas para desacreditá-lo e provar que ele tinha, ao condená-lo, intenções mal confessadas.
Como se sabe, Lula livre não resolve o problema do PT. Tendo sido condenado em 2º instância por um tribunal colegiado, ele tornou-se “ficha suja” e é inelegível. Assim não poderá disputar eleições. E no PT, pelo menos hoje, não há nenhum líder com carisma suficiente para ancorar uma candidatura capaz de empolgar o eleitorado. Mesmo sendo o PT o que é, ou seja, mais uma seita fundamentalista do que um partido político, será difícil fabricar um novo profeta.
Resta saber se o povo deste país vai se comportar como os cidadãos de Hadleyville, a cidadezinha do filme, e abandonar o xerife que limpou a cidade à sua própria sorte, para lutar sozinho contra os bandidos. Já começou com o Supremo Tribunal Federal, que deu o primeiro tiro a favor da impunidade, votando contra a prisão de réu condenado em 2º instância.
A propósito, no filme a que nos referimos, o juiz foi o primeiro a fugir da cidade ao saber da volta do bandido. Será a fantasia que imita a realidade ou a realidade que informa a fantasia?
Sinopse: O xerife Will Kane, recém casado, está se preparando para deixar a pequena cidade de Hadleyville com sua esposa, quando é informado que Frank Miller, um criminoso local que ele prendeu anos atrás, foi libertado e está voltando em busca de vingança. Quando Kane começa a recrutar alguns homens para lutar, ele percebe que o povo da cidade, na verdade, além de covarde, está torcendo pelo inimigo. Will Kane descobre então que terá de enfrentar sozinho Miller e seus capangas.
Se é mais uma coincidência significativa, eu não sei dizer. Mas na noite da quarta-feira, quando os ministros do STF estavam votando a constitucionalidade, ou não, da prisão do réu condenado em 2º instância, um dos canais Premiére, ligados à Globo, estava passando um filme chamado Matar ou Morrer. É um velho faroeste de Fred Zinnemann, lançado em 1952, estrelado por Gary Cooper e Grace Kelly. Toda vez que passa eu assisto, porque ele é emblemático. Mostra, de forma clara, como as pessoas são mal agradecidas e infiéis. Conta a estória do xerife de uma cidadezinha do Velho Oeste que prendeu um bandidão que vivia infernizando a vida das pessoas. Mandou-o para a cadeia, pacificou a região, e virou herói. Mas cinco anos depois os políticos comutaram a pena do celerado e ele voltou para se vingar do xerife. E o povo que o idolatrava se virou contra ele, passando a torcer para o assassino. O xerife não encontrou uma única alma para apoiá-lo nessa luta e teve que travá-la sozinho.
Lembrei-me desse filme no dia seguinte vendo a festa do Lula sendo solto da cadeia. O Lula voltou. No filme, Frank Miller, o criminoso, tinha uma comissão de frente esperando-o na estação ferroviária, formada pelos seus velhos companheiros de bandidagem. Todos ávidos de vontade para encher o xerife de chumbo e mandá-lo para os quintos dos infernos. E na cidade, grande parte da população esperava ansiosa, pelo desfecho do tiroteio que iria fatalmente acontecer. O Lula tinha uma multidão festejando sua saída da cadeia, soltando fogos e balançando bandeiras.
Mal comparando, parece exatamente o que está acontecendo no Brasil. O Lula voltou, louco para se vingar de quem o mandou para a cadeia. No caso, o xerife é o hoje Ministro da Justiça Sérgio Moro. E será contra ele que o Lula e seus asseclas do PT apontarão suas armas, não para matá-lo, como no filme de Zinnemann, mas para desacreditá-lo e provar que ele tinha, ao condená-lo, intenções mal confessadas.
Como se sabe, Lula livre não resolve o problema do PT. Tendo sido condenado em 2º instância por um tribunal colegiado, ele tornou-se “ficha suja” e é inelegível. Assim não poderá disputar eleições. E no PT, pelo menos hoje, não há nenhum líder com carisma suficiente para ancorar uma candidatura capaz de empolgar o eleitorado. Mesmo sendo o PT o que é, ou seja, mais uma seita fundamentalista do que um partido político, será difícil fabricar um novo profeta.
Resta saber se o povo deste país vai se comportar como os cidadãos de Hadleyville, a cidadezinha do filme, e abandonar o xerife que limpou a cidade à sua própria sorte, para lutar sozinho contra os bandidos. Já começou com o Supremo Tribunal Federal, que deu o primeiro tiro a favor da impunidade, votando contra a prisão de réu condenado em 2º instância.
A propósito, no filme a que nos referimos, o juiz foi o primeiro a fugir da cidade ao saber da volta do bandido. Será a fantasia que imita a realidade ou a realidade que informa a fantasia?