Bolsonaro é a cara do Brasil
O que realmente incomoda no discurso falho de Bolsonaro é que suas falas não são novidade para ninguém, são comentários que ouvimos nas ruas, em bares, entre amigos, na sala de aula, dentro da família.
Bolsonaro talvez seja um dos representantes mais genuínos que nosso país já teve, um autêntico brasileiro comum: despreparado, dissimulado, subjugado, arrogante, intolerante, hipócrita, homofóbico, machista...
O Brasil sempre foi um país de aparências. Gostamos de levantar a bandeira da simpatia esbanjando a nossa suposta receptividade, bom humor e alegria que encantam o mundo. Mas nós sabemos — e como sabemos — que nosso país está longe de ser um exemplo para a humanidade.
Somos um povo que repudia arduamente os crimes de colarinho branco, mas desconsideramos a pequena corrupção de cada dia. Reclamamos e cobramos mudanças do Brasil, mas não queremos derramar uma única gota de suor refletindo e revendo as nossas próprias posturas individuais.
Preferimos acreditar em um milagreiro capaz de melhorar a imagem da nação para que possamos exercer a nossa hipocrisia habitual sem sermos incomodados.
E assim segue o país do "jeitinho", com mais um representante que honra a mediocridade de todos os brasileiros. Esse é o grande teatro Brasil no qual cada um dos seus mais de 200 milhões de personagens finge não ser co-responsável pelas misérias do país.
O que realmente incomoda no discurso falho de Bolsonaro é que suas falas não são novidade para ninguém, são comentários que ouvimos nas ruas, em bares, entre amigos, na sala de aula, dentro da família.
Bolsonaro talvez seja um dos representantes mais genuínos que nosso país já teve, um autêntico brasileiro comum: despreparado, dissimulado, subjugado, arrogante, intolerante, hipócrita, homofóbico, machista...
O Brasil sempre foi um país de aparências. Gostamos de levantar a bandeira da simpatia esbanjando a nossa suposta receptividade, bom humor e alegria que encantam o mundo. Mas nós sabemos — e como sabemos — que nosso país está longe de ser um exemplo para a humanidade.
Somos um povo que repudia arduamente os crimes de colarinho branco, mas desconsideramos a pequena corrupção de cada dia. Reclamamos e cobramos mudanças do Brasil, mas não queremos derramar uma única gota de suor refletindo e revendo as nossas próprias posturas individuais.
Preferimos acreditar em um milagreiro capaz de melhorar a imagem da nação para que possamos exercer a nossa hipocrisia habitual sem sermos incomodados.
E assim segue o país do "jeitinho", com mais um representante que honra a mediocridade de todos os brasileiros. Esse é o grande teatro Brasil no qual cada um dos seus mais de 200 milhões de personagens finge não ser co-responsável pelas misérias do país.