Uma Constituição para prevalecer (Constituição de 1988 - 31 anos)
Hoje, 31 anos da promulgação de uma das mais avançadas constituições já escritas na história da humanidade: a Constituição Federal de 1988. Pesquisada no Brasil afora por juristas alemães, juristas portugueses, juristas espanhóis e tantos outros...
...desprezada, porém, pelo seu próprio povo. Porque não a conhecem e, se conhecem, conhecem a sombra mas não o corpo. Traída por alguns que, tomando da técnica do Direito, usurpam a Constituição para os seus próprios benefícios ilícitos. Esses tais vieram do nosso meio, do próprio povo. Pois, o povo brasileiro, de uma quingentésima cultura de não saber ler, por si só, um texto, e acreditar em atores políticos messiânicos, aplaude onde a Constituição é violada e vaia onde ela é cumprida. O mesmo povo que canta seu Hino e diz que estará lá, como filho, para defendê-la, trai seu juramento. É um ciclo vicioso.
Ainda assim, mal compreendida pelos seus críticos e amparada pelos que a entendem, prossegue para a "vida adulta" dos 31 anos. Quanto tempo de vida ainda lhe resta? Não sabemos. Assim como ninguém sabe sobre a vida de coisa alguma. Mas, nem por isso, incitarei um suicídio coletivo da democracia, da República, do voto, do livre pensamento, dos direitos e garantias fundamentais do indivíduo e do coletivo, como seus críticos e seus traidores desejam.
Não. Ainda sei que a Constituição de 1988 precisa e vai ser cumprida, no que depender de gente de caráter e que sabe o que está fazendo, que lê e interpreta como a Constituição se apresenta, também com um olho na História para que os erros do passado do imediatismo, do messianismo político, das "fake news" - coitado do João Goulart e fique de olho no Plano Cohen! - fiquem para trás, onde merecem ficar.
Que a vontade da constituição prevaleça e esmoreça o ímpeto daqueles que arrogam para si a salvação da ordem constitucional ao agir contra a mesma.
Que a vontade da constituição desbarate os grupos que se levantam para "autogolpes", "em nome do" umbigo de alguém, "contra inimigos" tão irreais quanto os "gigantes" de D. Quixote.
Que a vontade da constituição destrone o anticidadão, o antidemocrático, o antirrepublicano e todos os que arrogam "direitos a menos para deveres a mais".
Prevaleça, sim, ordem constitucional, pois, dependemos de ti para sermos livres para andar, para pensar, para conviver.
Felizmente, prevaleceu outra vez! Mais um ano que a ordem constitucional se mantém! Quem sabe possa assim perdurar, sem Vargas e políticos messiânicos, militares ou elites para colocar a água no champagne.
Quem sabe possa o povo adquirir a maturidade e ler aquilo que ficou de herança daqueles que lutaram para que você e eu tivéssemos em um momento muito melhor e muito mais caro que tempos passados.
Quem sabe? Posso contar com você?
Eu espero que sim.
Mas, "com ou sem você", eu quero. E eu vou. Eu farei.