De facto, et ...de jure...?
O Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, eleito por esmagadora maioria de votantes, após uma brilhante carreira jurídica, em campanha e no exercício de seu mandato, iniciado em janeiro do corrente 2019, foi e permanece essencialmente incisivo em sua determinação de combater a criminalidade no Estado que governa.
Já se tornaram marca registrada, e não menos polêmicas para os defensores dos preceitos básicos dos direitos humanos, as declarações do Governador sobre a disposição de executar sumariamente indivíduos portadores de fuzis, ou armamento de grosso calibre. A vibração incontida de Sua Excelência quando da execução de um assaltante de ônibus na ponte Rio-Niterói foi explicada ao público como genuína e natural pela salvação de todos os passageiros incólumes, que haviam passado horas de agonia e incerteza sob o domínio e ameaças do assaltante, do qual depois se constatou ser uma réplica a arma com que conduzira sua ação criminosa.
A reação esfuziante do Governador, praticamente não deixou ninguém indiferente, entre aplausos e crítica. Na edição de hoje, o jornal O Globo,
reconhecido por seu conservadorismo político e por declarado apoio à intervenção militar de 1964, que permaneceria por 21 anos no poder discricionário, há denúncia de que o Governador Witzel, em sua tese de doutorado, apresentada em 2010, no Espírito Santo, teria plagiado seis autores consagrados sem lhe ter concedido, ou ao menos mencionado, os créditos devidos.
Se provada a denúncia de O Globo, ela se soma a outra, não menos grave, que teria sido a inclusão em currículo oficial do Governador a realização de curso de aperfeiçoamento na Universidade de Harvard que teria sido tão-somente intenção de cursar... Na oportunidade da denúncia, o Governador retirou a denominada intenção...sem contudo informar se a mesma persiste em seus projetos de aperfeiçoamento jurídico...