Insegurança jurídica
Os últimos atos infames de Raquel Dodge, praticados na sua vexaminosa despedida da Procuradoria-Geral da União, engavetando 5 investigações referentes ao irmão de Toffoli e ministros do STJ e TCU, confirma inteiramente a nossa realidade institucional: O Brasil não é mais regido pelo princípio de que todos são iguais perante a Lei.
Isso acabou.
A nossa ordem jurídica foi quebrada. O presidente do Supremo Tribunal Federal, os presidentes da Câmara e do Senado e a procuradora-geral da República definitivamente EXCLUÍRAM de qualquer investigação, denúncia e, portanto, punição, as ALTAS AUTORIDADES E SEUS PARENTES E AMIGOS, tenham elas praticado corrupção no passado, no presente e quando vierem a fazê-lo no futuro.
A blindagem é total promovida pelo STF, PGR e Congresso, todos empenhados na impunidade ampla, geral e irrestrita para os donos do poder.
Os CHEFES dessas instituições não estão mais a serviço do povo brasileiro, mas de seus próprios interesses. Protegem-se da aplicação da lei penal, face aos crimes de corrupção que eles próprios cometem e as demais altas autoridades da República.
A nomeação do novo Procurador Geral, face ao seu curriculum, as articulações, as apadrinhagens e as claras intenções de não dar qualquer prioridade à Lava Jato, demonstra que o esquema da impunidade já completou o seu sinistro círculo .
O assalto aos cofres públicos está plenamente institucionalizado.
Que a indignação geral da Nação com todas essas falcatruas oficiais nos fortaleça para revertermos essa situação inaceitável a que estamos subjugados por força e obra dos marginais que dominam as instituições - que deveriam prezar e aplicar a lei para todos.
Texto de Modesto Carvalhosa (Herói Brasileiro)