JUMENTO ENTERRADO
Cresci em João Câmara, uma cidade do interior do Rio Grande do Norte localizada na região do Mato Grande, onde as pessoas costumam utilizar muitos ditados populares a fim de esclarecer melhor suas ideias, nas conversas entabuladas com os amigos. Desse modo, é comum ouvir-se dizer que existe “uma cabeça de jumento enterrada” em um determinado lugar, quando um negócio ou um empreendimento não prospera, não flui, enfim, não atinge o sucesso que se espera.
Esse ditado tem origem em uma tradição entre antigos criadores de cavalos. Quando as éguas pariam jumentos, tal fato era considerado como um mau presságio, uma vez que o jumento não tem valor comercial. Para evitar o prejuízo de alimentar um animal, que na visão dos criadores, não tinha grande serventia, eles mandavam abater os jumentos longe das casas.
Os cemitérios de jumentos distante das casas, também tinham o objetivo de evitar o mau cheiro e as possíveis doenças advindas pelos abates. A partir daí o ditado popularizou-se, e a cada vez em que algum negócio não progride, a culpa acaba sobrando para a cabeça do jumento.
Ultimamente, assistindo aos noticiários locais e sentindo na pele os desmandos administrativos que vêm sendo praticados pelos Governos no Rio Grande do Norte ao longo dos anos, não tenho mais dúvidas: existe uma cabeça de jumento enterrada debaixo do mapa deste Estado.
Se analisarmos friamente o nível de desgraças que se abatem neste Estado desde a administração de Geraldo Melo, não acredito que seja apenas a cabeça de um jumento enterrada debaixo do mapa. Deve ter milhares de carcaças inteiras, porque a situação desse Estado não prospera em absolutamente nada.
Já não guardo muitas ilusões acerca de promessas feitas por políticos em época de campanhas eleitorais. Porém, não imaginei que a gestão de Fátima Bezerra fosse tão desastrosa como está sendo. Afinal, ela deu apoio a Robinson Faria e conhecia muito bem a situação em que se encontravam os cofres públicos. Não tem, portanto, justificativa para o tamanho do calote que passa nos servidores e nos fornecedores. Não bastasse o atraso nos salários, ela agora fecha hospitais e corta verbas da Educação.
Por outro lado, vejo também que nada disso deveria surpreender a ninguém, já que ela foi clara durante seus discursos de campanha: em várias ocasiões ela proferiu em alto e bom som que faria pelo Rio Grande do Norte o mesmo que Lula da Silva fez pelo Brasil.
E o que Lula da Silva fez pelo Brasil? Transformou nossa pátria mãe gentil numa enorme massa falida. Destruiu a maior estatal brasileira, doou nosso suado dinheiro a países comunistas, enriqueceu à custa do dinheiro público, mentiu, iludiu, abusou da boa-fé daqueles que acreditaram em suas palavras e ainda se considera um injustiçado.
É público e notório que Fátima Bezerra não está enganando a ninguém. Sendo fiel discípula de Lula, apoiadora de suas campanhas, filiada ao partido dele desde o início de sua vida pública, sem contar que ela também acredita na inocência do ex-presidente e faz coro ao Lula Livre, o que se poderia esperar dessa mandatária amante de pipoca Bokus?
Agora, penso que só resta ao povo norte-rio-grandense apelar para os arqueólogos brasileiros. Vamos iniciar uma campanha para realizar uma grande escavação a fim de retirar as carcaças de jumento enterradas debaixo do mapa do RN, para ver se esse Estado sai desse atraso e prospera em alguma coisa