COMO LIDAR COM FANÁTICOS?
Um dos grandes desafios da atualidade (ou será que sempre foi assim??) talvez seja aprender a lidar com fanatismos. Este fenômeno social é uma espécie de aniquilamento da racionalidade, pois assim como o veneno de um animal peçonhento é capaz de paralisar o coração, o fanatismo faz o mesmo com a razão. Engana-se, por exemplo, quem pensa que fanatismo esta inserido apenas nas religiões. De maneira alguma. Aliás, os "nãos religiosos" (ateus militantes) muita das vezes são até mais fanáticos e ativistas do que propriamente os religiosos. Vale tal ressalva. O fanatismo na verdade vai desde uma aparente e “simples” paixão por um time de futebol, até a idolatria a políticos e ideologias politicas. Uma das características de pessoas fanáticas é a incapacidade de ouvir opiniões contrárias as suas. Normalmente usam expressões pejorativas para aqueles que não comungam de suas visões de mundo. Agem semelhantes a um cavalo que enxerga apenas o que esta a sua frente, vivendo assim num mundo paralelo onde criam a própria realidade. Tente dialogar, por exemplo, com um fanático político que tem na figura de seu líder o grande guru da sua vida? Tente conversar de forma saudável com um fanático torcedor (a) que tem tatuado no peito, braço, costa, testa, etc, o símbolo do seu time do coração? Ou com um fanático religioso fundamentalista (o mesmo vale para um fanático ateu, fundamentalista e religioso, pois ateus tb são religiosos) que tenta impor a todo custo sua crença e fé aos outros? Praticamente impossível. O fanático não ouve, ele ironiza. Não debate, vomita. Ele simplesmente ignora tudo que não estiver no quadrado de sua mente. "É isso, pronto e acabou, dizem muitos deles." O fanatismo se encontra tb com os chamados grupos identitários que fazem de suas lutas (legítimas muita das vezes) algo acima do bem e do mal. É o grupo de negritude A, de orientação sexual B, de classe social C, etc., que vivem a atacar os "opressores," transformando suas causas em "divindades" que merecem ser aceitas, adoradas e toleradas por toda a sociedade. Enfim, o fanatismo esta aí. Como lidar com ele? Três são as opções, a meu ver: Chamando-o à mesa da razão, ignorando-o ou se alinhando ao seu modo de agir.