Paulo Henrique Amorim: morto em combate

Ao ver as últimas publicações de Paulo Henrique Amorim, morto aos 77 anos por um infarto fulminante, temos ali o DNA do que sempre foi: um patriota sem farda e que não resumiu ser brasileiro a vestir a camisa da CBF para defender o indefensável.

PHA foi daqueles últimos patriotas inteligentes. Defendia um Brasil grande e não lisonjeiro e subalterno às potências econômicas internacionais. Sempre bateu forte nos que queriam vender o Brasil barato lá fora.

Com todos os motivos para não se preocupar tanto com a política e descansar um pouco, trabalhou até os últimos com seu blog e canal e até algumas semanas quando a Record o afastou do Domingo Espetacular (provavelmente por pressões politicas, dado seu posicionamento contra os traidores da pátria).

Com a morte dele, o velho patriotismo do Brasil independente e próspero perde um guardião experimentado.

Ganha o outro patriotismo, que veste a camisa da seleção brasileira, grita Brasil quando sai um gol, mas é incapaz de lutar por um Brasil mais justo e menos subalterno lá fora.

O ganha o cristianismo analfabeto da Biblia na mão e o revolver na outra.

Ganha o "cidadão de bem" que confunde crítica, empatia e cidadania com comunismo e subversão. Que chama a reflexão social de ideologia esquerdista.

Ganha o idiota da aldeia que ficará mais acomodado e sossegado com o próprio senso comum.

PHA morreu combatendo. Fez seu trabalho. Aos que ficam só resta continuar o combate e impedir que a imbecilidade termine por triunfar nos espacos públicos.

Wendel Alves Damasceno
Enviado por Wendel Alves Damasceno em 10/07/2019
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