Faz mais de três anos que somos bombardeados diariamente com o mantra do mal "necessidade da reforma da Previdência". E de tanto ele ser repetido, martelando, martelando, martelando, mesmo os que eram contrários a essa suposta necessidade, começam a ficar inseguros sobre as suas convicções e, confusos, ou mudam seus pontos de vista ou passam a integrar o time dos indecisos. Num ou noutro caso, é exatamente o que o governo quer, porque é mais fácil convencer os indecisos do que os contrários radicais e convictos. 


            
          O governo  precisa do apoio da opinião pública para aprovar suas medidas - não que isso seja imprescindivel, mas é recomendável. Sem esse apoio, corre riscos e enfrenta dificuldades para aprorovar pautas impopulares, embora possa fazê-lo. Então, é preciso fabricar o consenso na opinião pública. E isso é feito com a informação, a mentira, a meia-verdade, a desinformação, o terrorismo psicológico, o medo, a coação e... a mídia de massa.  A técnica é simples: espalha-se o pânico (com mentiras, meias-verdades e desinformação, é claro), e depois oferece-se a solução milagrosa que irá corrigir tudo: a reforma da Previdência.
            Isso nada mais é do que aquilo que prevê a dialética de Hegel (Tese + Antítese = Síntese), ou seja, “criar um problema e apresentar uma solução” que é, na verdade, o objetivo que se quer alcançar. Eis a fórmula (para o caso da RP, mas aplicável a qualquer outro tema):
              
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