Web e o governo global

A existência da internet como a conhecemos se dá em virtude de acordos internacionais.

Os EUA detém a gerência, embora através de uma organização autônoma, dos servidores de DNS raiz da internet.

Graças a estes servidores, à estrutura de cabos submarinos e roteadores que provém os links de conexão internacionais, podemos hoje encontrar um site através de um endereço de camada de aplicação e não um endereço de camada de rede, e estabelecermos uma conexão.

A China mantém uma conexão com o mundo externo da internet mediante uma série de camadas de firewall. Na realidade, a internet da China e de outros países comunistas são segregadas. Nós não podemos ver o que eles fazem, mas eles, em nome da boa vontade entre os povos, podem manter conexão irrestrita com servidores fora do seu perímetro militarizado. Eles a quem me refiro não são o povo chinês, mas seus algozes do partido comunista. Não é surpresa que mais da metade dos ataques cibernéticos vêem da China e da Rússia. Tal problema de quebra de patentes, espionagem industrial, roubo de informação classificada e ataques a estruturas de serviços essenciais no ocidente, mais notadamente nos EUA, seria solucionado simplesmente cortando fisicamente a conexão destes países com a internet.

A UE está implementado regras que segregarão a internet no conglomerado de países membros. E sabemos que nenhum país contrário a este intendo poder fazer alguma coisa dada a situação jurídica da UE que os tornarem reféns de seus governantes não eleitos.

Vladmir Putin agora afirma que a Rússia irá seguir os passos da China e planeja segregar sua internet. Segundo ele por "puro amor à liberdade". Vladmir lidera porém um movimento mais pernicioso. Ele acusa os EUA de ingerência na rede, e quer tomar as rédeas da internet. Na realidade ele quer criar sua própria internet.

Vemos com isso que a internet é uma plataforma mais frágil do que se pensava. A NOM, e seus meta-capitalistas das Big Techs já têm hoje suas próprias telcoms. Suas redes são quase que prioritárias. No frigir dos ovos eles já têm sua própria internet. Muitos deles com redes de satélites de baixa altitude (dirigíveis na realidade), espalhados pelo mundo que não necessitam de uma conexão direta com nenhum backbone da internet convencional exceto para tráfegos entre os tais backbones.

Uma vez que a razão de ser da internet, para os meta-capitalistas, é a implementação da centralização total. Eles já começam a deixar em prontidão o plano B. Dilacerar a internet em pedaços.

Se não puderem implementar o governo global, eles tratarão de cortar os meios de comunicação que possibilitaram a tomada de consciência simultânea de dezenas de milhões de pessoas.

(OTR)

Gary Burton
Enviado por Gary Burton em 20/06/2019
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