BRASIL COM "L" FINAL, de capitaL e de sociaL
BrasiL,
CapitaL,
SociaL...
Três termos que terminam com a letra "L".
Simples: uma linha vertical incidindo sobre a horizontal num ponto zero.
Analisemos, pois, o sentido político, ideológico e sociológico - não tão simples assim - de cada uma dessas linhas.
Linha vertical:
Como em qualquer organograma, a verticalidade representa a hierarquia dentro de uma empresa, órgão ou instituição. Não é raro escutar, em tom de mofa ou simples gracejo:
- "Você sabe com quem está falando?!"...
- "Com a caneta na mão, tenho mais poder do que você!"...
- "Minha empresa dispõe de ´x´ vagas, mas somente para brancos ou evangélicos"...;
- "Minha empresa dispõe de ´y´ vagas, a serem preenchidas somente pelos que optarem pelo regime de capitalização (o fim das aposentadorias)"...;
- "Se você não pensa como eu, não aceita as minhas regras, não segue a minha cartilha, então você é meu inimigo, é comunista, é esquerdopata, é um terrorista... precisa ser eliminado"...;
- "Tudo de bom que os meus antecessores fizeram está errado; deixaram a empresa (ou a nação) quebrada. Vamos consertá-la"...
Exatamente assim se caracterizam e se portam as nefastas e fanatizadoras (hoje, via "fake-news") ditaduras (visíveis ou invisíveis) no mundo inteiro.
Logo - deduzimos historicamente -, a força das armas ou do capital, o mando, a hierarquia, o poder, a exploração, a escravidão... impõem-se no sentido vertical, goela a dentro, de cima para baixo (é o lado em pé do "L").
Somente para ilustrar, segue mais um exemplo, nosso velho conhecido:
- "Manda quem pode e obedece quem tem juízo!"...
Isto é:
"PODE quem tem capital, quem tem recursos, quem detém a força, o prestígio, o chicote na mão...
e obedece, ou se submete, ou se humilha, ou se entrega... aquele que NADA TEM, só mesmo o juízo embotado para obedecer".
É a lógica da sobrevivência embaçada pela subserviência.
Linha horizontal:
Mostra a luta contra a desigualdade social e pela igualdade de direitos.
"Todos são iguais perante a Lei" - esse é o princípio. Todos devem estar num mesmo alinhamento.
Num exemplo comparativo:
O "feminismo", se observado na vertical, é a mulher querendo superar o homem em todos os aspectos. Numa inversão bíblica, o homem há de lhe ser submisso
Enquanto que, se se fizer a devida observação no plano horizontal, a mulher pleiteia igualdade de direitos com o seu cidadão semelhante: o homem.
Igualmente, sem a intenção de superar os seus semelhantes, o negro, o indígena, o deficiente físico, lutam para alcançar ou permanecer na linha horizontal, por igualdade de direitos em todos os ramos da sociedade.
Nesse plano horizontal estão configuradas a igualdade e a fraternidade, que não existiriam sem o ingrediente da solidariedade.
"Os iguais facilmente se juntam".
Acrescento que nenhum direito do empregado, do trabalhador, do servidor (...) foi adquirido gratuitamente, sem luta, sem a participação conjunta das categorias pleiteantes. Isoladamente, nada conseguiriam. A consecução das reivindicações demonstra que a força dos iguais é coletiva, como as árvores de uma floresta.
"Uma árvore sozinha cai ao sopro da menor das tempestades. Todavia, numa floresta, ela se sente segura e suporta, sem abalo, qualquer investida do maior dos temporais".
Analisando a história universal - a Revolução Americana (1776), a Revolução Francesa (1789), a Revolução Russa (1917) e tantas outras que até o século passado decorreram - veremos que as grandes conquistas, as grandes causas no mundo foram conquistadas pelos grupos sociais menos favorecidos, organizadamente unidos.
Somos um ponto diminuto em uma dessas coordenadas, porém, na horizontal, astutos e dotados de muita energia quando defensores (juntos) de uma boa causa.
Sopesemos nossos comportamentos, nossas reações e nossas atitudes:
- podemos ser prepotentes, dominadores, autocráticos (sem nos apercebermos de que tem alguém na escala superior que nos vigia, montado em nossas costas porque nos considera subalternos aos seus interesses e aos seus ditames);
- podemos ser solidários para com o nosso semelhante, o outro, por mais humilde que seja esse outro, o nosso próximo, por menor que seja a causa pela qual se luta;
- podemos ser, nem prepotentes, nem solidários - tipo: "melhor ficar na minha" -, indiferentes...
Sugiro que não cruzemos os braços, apáticos, sujeitos à trama das emoções, subservientes (...), mas os enlacemos numa corrente humana ou num grande cordão de irmãos.
O indiferente, sem perceber, será sempre objeto de manobra ao alcance dos prepotentes; por mais que se acerque de outros indiferentes, sua causa será sempre ele mesmo.
Por outro lado, o enlaçar nossos braços denota o sentido de corrente inquebrantável, resistente, seja às intempéries naturais, seja às façanhas advindas de influenciadoras facções algozes.
Digo melhor:
Todos, bons ou maus, defendem a Liberdade.
Uns a defendem para si, garantida pelo poder e pela força da ordem e do sistema estabelecidos.
Outros a defendem para a sua comunidade, para o seu grupo, para a sua categoria, para o seu país, para o bem-estar de todos, indistintamente.
Cada um tem um segmento da (L)iberdade para escolher:
- a verticalidade e sua prepotência, que não existiria sem a subserviência,
ou
- a horizontalidade com seus atos igualitários e fraternais, que não existiriam sem a solidariede.
Portanto, caro leitor, eleja o lado mais seguro, mais nobre e, com conficção, o mais forte do seu "L".
"Libertas quae sera tamen".
BrasiL,
CapitaL,
SociaL...
Três termos que terminam com a letra "L".
Simples: uma linha vertical incidindo sobre a horizontal num ponto zero.
Analisemos, pois, o sentido político, ideológico e sociológico - não tão simples assim - de cada uma dessas linhas.
Linha vertical:
Como em qualquer organograma, a verticalidade representa a hierarquia dentro de uma empresa, órgão ou instituição. Não é raro escutar, em tom de mofa ou simples gracejo:
- "Você sabe com quem está falando?!"...
- "Com a caneta na mão, tenho mais poder do que você!"...
- "Minha empresa dispõe de ´x´ vagas, mas somente para brancos ou evangélicos"...;
- "Minha empresa dispõe de ´y´ vagas, a serem preenchidas somente pelos que optarem pelo regime de capitalização (o fim das aposentadorias)"...;
- "Se você não pensa como eu, não aceita as minhas regras, não segue a minha cartilha, então você é meu inimigo, é comunista, é esquerdopata, é um terrorista... precisa ser eliminado"...;
- "Tudo de bom que os meus antecessores fizeram está errado; deixaram a empresa (ou a nação) quebrada. Vamos consertá-la"...
Exatamente assim se caracterizam e se portam as nefastas e fanatizadoras (hoje, via "fake-news") ditaduras (visíveis ou invisíveis) no mundo inteiro.
Logo - deduzimos historicamente -, a força das armas ou do capital, o mando, a hierarquia, o poder, a exploração, a escravidão... impõem-se no sentido vertical, goela a dentro, de cima para baixo (é o lado em pé do "L").
Somente para ilustrar, segue mais um exemplo, nosso velho conhecido:
- "Manda quem pode e obedece quem tem juízo!"...
Isto é:
"PODE quem tem capital, quem tem recursos, quem detém a força, o prestígio, o chicote na mão...
e obedece, ou se submete, ou se humilha, ou se entrega... aquele que NADA TEM, só mesmo o juízo embotado para obedecer".
É a lógica da sobrevivência embaçada pela subserviência.
Linha horizontal:
Mostra a luta contra a desigualdade social e pela igualdade de direitos.
"Todos são iguais perante a Lei" - esse é o princípio. Todos devem estar num mesmo alinhamento.
Num exemplo comparativo:
O "feminismo", se observado na vertical, é a mulher querendo superar o homem em todos os aspectos. Numa inversão bíblica, o homem há de lhe ser submisso
Enquanto que, se se fizer a devida observação no plano horizontal, a mulher pleiteia igualdade de direitos com o seu cidadão semelhante: o homem.
Igualmente, sem a intenção de superar os seus semelhantes, o negro, o indígena, o deficiente físico, lutam para alcançar ou permanecer na linha horizontal, por igualdade de direitos em todos os ramos da sociedade.
Nesse plano horizontal estão configuradas a igualdade e a fraternidade, que não existiriam sem o ingrediente da solidariedade.
"Os iguais facilmente se juntam".
Acrescento que nenhum direito do empregado, do trabalhador, do servidor (...) foi adquirido gratuitamente, sem luta, sem a participação conjunta das categorias pleiteantes. Isoladamente, nada conseguiriam. A consecução das reivindicações demonstra que a força dos iguais é coletiva, como as árvores de uma floresta.
"Uma árvore sozinha cai ao sopro da menor das tempestades. Todavia, numa floresta, ela se sente segura e suporta, sem abalo, qualquer investida do maior dos temporais".
Analisando a história universal - a Revolução Americana (1776), a Revolução Francesa (1789), a Revolução Russa (1917) e tantas outras que até o século passado decorreram - veremos que as grandes conquistas, as grandes causas no mundo foram conquistadas pelos grupos sociais menos favorecidos, organizadamente unidos.
Somos um ponto diminuto em uma dessas coordenadas, porém, na horizontal, astutos e dotados de muita energia quando defensores (juntos) de uma boa causa.
Sopesemos nossos comportamentos, nossas reações e nossas atitudes:
- podemos ser prepotentes, dominadores, autocráticos (sem nos apercebermos de que tem alguém na escala superior que nos vigia, montado em nossas costas porque nos considera subalternos aos seus interesses e aos seus ditames);
- podemos ser solidários para com o nosso semelhante, o outro, por mais humilde que seja esse outro, o nosso próximo, por menor que seja a causa pela qual se luta;
- podemos ser, nem prepotentes, nem solidários - tipo: "melhor ficar na minha" -, indiferentes...
Sugiro que não cruzemos os braços, apáticos, sujeitos à trama das emoções, subservientes (...), mas os enlacemos numa corrente humana ou num grande cordão de irmãos.
O indiferente, sem perceber, será sempre objeto de manobra ao alcance dos prepotentes; por mais que se acerque de outros indiferentes, sua causa será sempre ele mesmo.
Por outro lado, o enlaçar nossos braços denota o sentido de corrente inquebrantável, resistente, seja às intempéries naturais, seja às façanhas advindas de influenciadoras facções algozes.
Digo melhor:
Todos, bons ou maus, defendem a Liberdade.
Uns a defendem para si, garantida pelo poder e pela força da ordem e do sistema estabelecidos.
Outros a defendem para a sua comunidade, para o seu grupo, para a sua categoria, para o seu país, para o bem-estar de todos, indistintamente.
Cada um tem um segmento da (L)iberdade para escolher:
- a verticalidade e sua prepotência, que não existiria sem a subserviência,
ou
- a horizontalidade com seus atos igualitários e fraternais, que não existiriam sem a solidariede.
Portanto, caro leitor, eleja o lado mais seguro, mais nobre e, com conficção, o mais forte do seu "L".
"Libertas quae sera tamen".