Todos falam em nome dele, menos ele
Provavelmente cansado em ter sempre em evidência as asneiras que diz, o presidente tem um batalhão de gente que fala em nome dele. Deve pensar que, pelo menos não sou eu quem está dizendo as asneiras. Mas, como não rebate, nem desmente, é como se endossasse as asneiras, que nesse caso passam a ser duas. A de quem fala em nome dele e a dele que deixa e incentiva. E ainda tem gente que teima em aplaudir e achar que vai dar certo.
(copiado do MSN notícias)
Nos primeiros 45 dias de governo, o primo visitou o Palácio 58 vezes, com crachá especial, entrando nos gabinetes sem ser anunciado. Nos últimos tempos, acrescentou em sua agenda uma outra atividade: tem se dedicado a viajar por todo o Brasil, falando em nome do presidente, prometendo ações do governo e vendendo influência junto a políticos. Recentemente, no Maranhão, afirmou que “ali estava para ouvir” os pleitos dos maranhenses e transmitir os pedidos ao presidente. No mais, continua frequentando os gabinetes, como já fazia nos tempos em que vivia na Secretaria de Governo, então comandada pelo ministro Gustavo Bebianno.
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Índio dava carteiradas e dizia, com todas as letras, ser assessor do filho do meio do presidente. E não perdia a chance de lembrar que fora ele quem tanto ajudara a alçar Jair Bolsonaro ao Planalto. Impunha que a Secretaria de Governo destinasse verbas publicitárias para blogs apoiadores do bolsonarismo e Carlos chegou a “exigir” que Bebianno o contratasse para um cargo no Ministério.
Ao perceber que Léo Índio era “desqualificado” e “oportunista”, Bebianno o colocou para correr e não lhe deu emprego. “Esse moço não serve para ser sequer office-boy”, disse o ministro a assessores. Começaram aí as desavenças de Carlos com Bebianno, cuja queda de braço terminou com a demissão do ministro. Ao assumir o cargo no lugar de Bebianno, o general Carlos Alberto Santos Cruz sofreu a mesma pressão, mas o militar também vetou a contratação do primo por entender que não seria ética. Foi outro que entrou na linha de tiro de Carlos e do guru ideológico, Olavo de Carvalho.
O primo de “Carluxo”
Filho de Rosemeire Nantes, irmã de Rogéria Nantes, a mãe dos três filhos políticos de Bolsonaro, Léo, 36 anos, cresceu brincando com Carlos e desde a adolescência tornaram-se inseparáveis. Tão inseparáveis que não faltam comentários de que teriam uma relação homoafetiva, fato que, convenhamos, não é da conta de ninguém porque isso não interfere na República. Em recente entrevista na Bahia, Léo Índio declarou: “Eu acho que temos problemas maiores no País do que palpitar sobre relação sexual da família do presidente”. Na verdade, o problema é a intromissão do sobrinho na vida política do País, não a sua sexualidade nem a de Carlos.