GETÚLIO VARGAS E A IMPRENSA, BOLSONARO NO MESMO DILEMA

​Estou relendo o livro da autobiografia de Samuel Wainer , "Minha Razão de Viver, memórias de um repórter". Nele ele fala como fundou seu jornal Última Hora, com ajuda de Getúlio Vargas.

Ao reler algumas páginas do livro, observo e associo ao que ocorreu com Getúlio Vargas na época e o que sucedeu e está acontecendo com o presidente Jair Bolsonaro no que se refere mais especificamente na relação com a imprensa.É verdade que os contextos são outros. Mas não tem como não comparar.. Bem, quanto a habilidade e a competência de Getúlio Vargas de manobrar políticos, antecipando as pressões que se desdenhavam, com políticos , segundo Samuel Wainer brilhantes como Osvaldo Aranha, João Neves da Fontoura , Virgílio de Mello Franco, Lindolfo Collor., sem comparação. Mas mesma pista da relação, o autor diz que nada se podia alegar contra a honradez , é o que eu ouço e leio sobre Bolsonaro, "homem honesto".

"Getúlio tomou posse a 31 de janeiro de 1951, em meio a uma imensa celebração popular. A esmagadora maioria da imprensa reagiu com frieza." Bem, estamos em tempo de internet, mas em se tratando de imprensa tradicional, os meios de comunicação de peso , tipo globo, folha de São Paulo, Veja, ocorreu algo parecido. Também ele comenta, "A imprensa pode não ajudar a ganhar, mas ajuda a perder". Samuel associou ao episódio que ocorreu com Franklin Roosevelt , presidente dos Estados Unidos, que sempre venceu as eleições , apesar da oposição que lhe moviam os jornais americano.

Ainda segundo Samuel no seu livro autobiográfico : "O senhor só vai aparecer nos jornais quando houver algo negativo a noticiar. Preveni- Essa é uma tática normal de oposição, e a mais devastadora". Pelo que observo está nessa mesma proporção em que Samuel Wainer advertia a Getúlio Vargas.

Alguns dizem que a história nunca se repete, já outros dizem o contrário. "A história se repete, a primeira como tragédia e a segunda como farsa". Será? "A história nunca se repete, mas rima. Essa frase é do autor americano Mark Twain , que acreditava que nenhuma ocorrência histórica era solitária, mas uma eterna repetição de algo que já aconteceu antes". É para pensar.