TEM DINHEIRO PARA CARRO OFICIAL, MAS FALTA DINHEIRO PARA AMBULÂNCIA
Tem coisas que não entram na minha enorme cabeça, como A FALTA DE RECURSOS PARA ALGUNS SETORES COMO SAÚDE E EDUCAÇÃO!
O Estado mobiliza MILHÕES de Reais por ano na compra, aluguel e manutenção de veículos. Nada de anormal se observamos pelo prisma das viaturas de polícia, bombeiros militares, veículos das Forças Armadas, veículos que servem na manutenção aos mais diversos setores que requerem EMERGÊNCIA. Por essa ótica, é mais do que óbvio que o Estado precisa e deve elaborar planos cada vez mais eficazes para que essa gente tenha a sua disposição, carros robustos e bons, para o pronto desempenho das suas tarefas.
Sim, eu também acho que alguns setores públicos necessitem de veículos a disposição de alguns de seus membros, com motorista e em alguns casos raros, com escolta, porque a vulnerabilidade e perigo de alguns deles é incontestável, mas não para todos, sinceramente!
O Presidente da República, seus Ministros e os Presidentes das autarquias precisam, mas abaixo disso, perdoe-me se me faço impertinente, mas não precisa não! Ainda no Executivo, Governadores e Secretários, ainda ‘vá lá’, mas o restante não! Prefeito de cidades de grande e médio porte, eu não falo nada, mas cidadezinhas minúsculas em que o Prefeito tem carro de R$ 150 mil a disposição, com motorista, é demais!
O Presidente dos Tribunais Superiores e Tribunais Estaduais, precisam, mas todos os ministros, desembargadores e juízes, venhamos e convenhamos, NÃO PRECISA. Por quem em Deus, um juiz precisa de um carro com motorista para busca-lo em casa, leva-lo para casa, e às vezes, dar um passeio na cidade?
O Presidente da Câmara Federal, Senado, Assembleias Legislativas e alguns Câmaras Municipais, precisam, mas essa última chega a ser uma vergonha! Uma cidade com 5 mil habitantes onde a Câmara Municipal tem um, dois, às vezes mais carros a disposição dos excelentíssimos senhores edis, é um verdadeiro absurdo e escárnio com o dinheiro público!
Me fale se é ou não é um contrassenso?
Ontem em Brasília eu presenciei um carro A SERVIÇO DA Aneel, que diga-se de passagem, um carro novo (Nissan Sentra), com motorista, foi buscar no mesmo hotel onde eu estive, um engravatado da CEMIG para uma reunião, e eu sei disso, porque eu ouvi o ‘engravatadinho’ dizer que já estava pronto! Esse moço é funcionário de uma empresa PRIVADA, e se fosse de UBER, não pagaria mais do que R$ 10,00 entre o hotel Bonaparte e a sede da ANEEL que fica a menos de 5 km de onde estávamos!
No mesmo dia, na reportagem do meio dia, pessoas do Gama (cidade satélite de Brasília), se queixavam da falta de SAMU! Tem carro de luxo para levar e trazer funcionário de empresa privada rica, mas não tem carro para levar o pobre coitado para o hospital! Tem carro de luxo para servir ao prefeito de cidade pequena, mas não tem carro para levar a criança para a escola na mesma cidade! Tem carro de luxo para o vereador passear, mas não tem carro para recolher e cuidar de animais abandonados, ou seja; tem dinheiro para alimentar os luxos e caprichos de quem tem dinheiro, inclusive dinheiro público, mas não tem dinheiro para suprir as necessidades básicas de quem realmente precisa!
Sabe o que mais eu vi no hotel? Um prefeitinho medíocre brigando com o garçom, porque ele não queria lhe dar NOTA FISCAL DE ALIMENTAÇÃO, onde na verdade ele havia consumido CERVEJA HEINECKEN EM LATA, ao custo de R$ 13,00 cada. O pilantra do prefeito de uma cidade gaúcha (foi ele quem disse), bebeu cerveja e queria nota de janta para ser ressarcido pelo erário público!
Esse é um dentre milhares de exemplos que eu poderia citar que aponta HAVER MUITO DINHEIRO DISPONÍVEL, mas falta intrepidez de alguém fazer agir, e nas considerações finais eu deixo uma pergunta: - Quanto economizaríamos se fossem suprimidos APENAS os luxos decorrentes das arrogâncias dos Poderes?
Imagine um pacto encabeçado por Jair Bolsonaro, Rodrigo Maia e Dias Toffoli para a extinção desses excessos nas esferas onde eles presidem, e TUDO QUE FOSSE ECONOMIZADO, fosse repassado APENAS para a Saúde ou Educação?
Sem mais nada a dizer!