QUAL É O “SEU” PRESIDENTE?
Opinião/pensamento/política/sociedade
Quando a gente dá uma olhadela no que consta escrito pelas redes sociais, era em que pessoas livremente se manifestam nas suas opiniões cidadãs, cuja garantia de expressão é assegurada pela Constituição Federal (que aliás recebe a cognominação de Constituição Cidadã), não é difícil perceber o nosso cenário político tristemente ainda bem dividido, cujas emoções se alicerçam em manifestações da expressão do pensamento por vezes cáusticas; sendo que é preciso ter em mente que o Direito de expressão, ainda que tenha um ânimo de sanear nossas dores mais íntimas, não significa poder se dizer o que se quer e o que se pensa sem se responder pelo que foi expressado caso alguém se sinta ofendido.
Tal é assegurado pelo Código Penal que nele tipifica três crimes de menor potencial ofensivo ( Calúnia artigo 138; difamação artigo 139 e Injúria artigo 140 ).
Tal também é dever cidadão, a obrigação de que todos nós tenhamos conhecimento da lei, afinal, a própria tipificação nos norteia uma cartilha do que deve existir nas relações humanas sociais, inclusive nas redes e nos demais meios de propagação das notícias, dentro dos princípios do respeito mútuo e da EDUCAÇÃO entre todos.
Ainda que educação hoje nos pareça peça de museu.
No melhor espírito da minha introdução, vou dizer do que sinto.
Nesse nosso "status quo" triste e inefetivo, em meio a tantas agressões lamentáveis privadas de respeito mútuo, o que define um cenário ainda muito “belicoso”, há uma expressão,dentre tantas que hoje mais parecem vazios “gritos de guerra”, que muito me tem chamado a atenção:
“-VIVA O MEU PRESIDENTE”!
Curioso que tanto a Direita conservadora quanto a Esquerda progressista têm o gosto de declarar as mesmas vivas ao seu presidente!
Bacana isso e nada mais salutar , já que dizem que vivemos num sistema PRESIDENCIALISTA dum regime Democrático formatado numa República, ou seja, nosso patrimônio de Estado …a “coisa pública”, a que sobrou, a sofridamente trabalhada e conseguida por todos nós, pertence a todos nós, numa obviedade curiosa, mas que não tem sido tão óbvia assim.
Portanto seria COISA nossa, e assim sendo, ninguém teria o direito de colocar as mãos nos nossos bolsos a desviar aquilo que a, a princípio, deveria ser aplicado naquilo que é do povo, no bem estar social , tanto pela Direita como pela Esquerda, para que sigamos, um dia, todos na direção do bem estar social. Sem tantas mortes anunciadas por tantas e por todas as causas.
Enquanto gritos de guerra declaram tendências, preferências e ideologias antagônicas, o principal é esquecido, e cabe lembrar que,embora sejamos iguais em DIREITOS E DEVERES, nenhum político consegue representar a integralidade da pessoa que nele votou, já que humanisticamente somos um universo único e insondável enquanto indivíduos sociais, biológicos e espirituais.
Então, o que percebo, é que o principal está perigosamente se perdendo entre nós: a união dum país de gente tão boa em torno duma reconstrução social minimamente "salubre" a todos nós.
Adoecemos severa e bem democraticamente. A doença atinge a todos,.
Que DEMOCRACIA SERIA ESSA, pela qual tanto se grita pela sua proteção, cuja divisão social oprime seus cidadãos às mais simples manifestações de seus pensamentos, sejam eles de que lado forem?
No fundo, tenho a sensação que a própria política vigente agradece à notória divisão da Nação, afinal, é muito mais fácil reinar na bagunça e na miséria com migalhas do que achar um ponto de equilíbrio que nos faça caminhar juntos nas conquistas cidadãs que nos enaltecem na dignidade humana tão poetada.
ENTÃO, QUAL SERIA O NOSSO PRESIDENTE?
Presidentes mesmo, somos todos nós.
Somos nós que presidimos nossos caminhos, nossas escolhas, nossos valores que nos embasam pela vida, a despeito da necessidade humana e cidadã de sempre acreditar que alguém já CUIDOU DELES ou ainda CUIDARÁ ,através do caos que se esboça daqui para frente, tanto aqui como no mundo.
Nada cai do céu e no nosso pobre e explícito caso, muito menos cairá do céu do Planalto de Brasília o milagre sonhado há décadas por ali, céu que, às vezes, parece mais inferno, pelo tudo que nos chega.
O CHECK AND BALANCE do nosso sistema Democrático quebrou…”desbalanceou”...e FAZ TEMPO.
Há anos, A ALTOS CUSTOS SOCIAIS, todos nós pagamos pela nossa Democracia desandada; e pagamos muito mais para uma master Justiça nos “defender” dos tantos "DEMOCRATAS" que nos lesaram socialmente pelo tempo, do que para nos garantir os justos caminhos de DIREITO duma Justiça cidadã imparcial , a que por conceito de Estado guarda o cumprimento do texto claro da Constituição Federal; aqui opinando com toda vênia pelo que sinto e pelas dores de tantos.
O planeta vive momentos difíceis e conturbados.
A “sociopoliticopatia” planetária nos pega, nesse exato momento da nossa triste História, destruidos pela corrupção. Nada se salvou.
Qual presidente hoje faria o milagre instantâneo da multiplicação da ética, da cidadania e dos pães que nos levaram historicamente?
O seu, o meu, o dele... ou o nosso Presidente?
Todo sistema político, a meu ver, faliu. Por aqui e por ali.
Pela direita, pela esquerda, pelo centro, por cima e por baixo.
Perdemos todas as vertentes do exercício das vergonhas esquecidas.
A cidadania hoje agoniza em praça pública em meio a toda tragédia implementada pelos corruptos, de várias letrinhas, os que bondosamente JUNTOS destruíram os caminhos das gentes…
A perambulação da destruição social pelas ruas grita a falência de todos que nos prometeram bons tempos. Essa é a "prova formal" do tudo que nos levaram!
A despeito de tudo e do todo, hoje ainda fazemos coros passionais com nossos antagônicos gritos de guerra aos nossos “melhores presidentes do coração”. Quando deveríamos estar todos juntos pela nossa reconstrução.
Gritos que soam patéticos, como um ininteligível agradecimento a todas as dores que nos fizeram e ainda nos fazem sentir. Doeremos muito, ainda.
É a SÍNDROME De ESTOCOLMO, na sua modalidade política, para quem quiser pesquisar do que se trata.
Sem consciência nunca sairemos desse nosso social lugar comum provido por uma política provinciana , fisiologista e arrogante.
E o pior , sem educação cidadã, o que, pela simples matemática da probabilidade do óbvio, tende a perpetuar nossa tragédia social tão bem alicerçada.
Opino que, pelo andar das carruagens de majestades oxidadas, apenas seremos esse triste cenário de conflitos surreais, em empobrecida luta social de classes pelas melhores migalhas que ainda poderão nos lançar.
É um claro "salve-se quem puder" onde muito malfeitores já se salvaram com o incontável dinheiro que furtaram do povo.
Afinal, convenhamos, cidadania prometida é muito mais do que se ter um potinho de iogurte sobre as tantas mesas hoje postas nas calçadas...