OS DEUSES ESTÃO FICANDO LOUCOS
Willian Shirer, autor da obra clássica “Ascensão e Queda do III Reich,” foi quem melhor retratou a experiência trágica do nazismo. Ele a viveu trabalhando na Alemanha, na época das duas guerras mundiais como correspondente de um jornal americano e documentou, em sua própria origem, os fatos. Ao se referir à essa época ele a definiu como desprezível, pois os homens que governavam o mundo haviam perdido o senso de moral e justiça, para trocar tudo por um projeto de poder que eclipsava qualquer sentimento de humanidade. Foi o tempo de Hitler, Stalin, Mussolini, Vargas, Peron, para não falar de outros políticos que infestavam a política mundial com seus egos gigantescos e suas ideologias odiosas.
Observadas as diferenças de tempo e estilo, estamos vivendo tempos semelhantes ao que Shirer achava desprezíveis, pois agora estão se repetindo todas as condições ambientais e psicológicas que levou o mundo às catástrofes da primeira metade do século passado. E como as coisas tendem a se repetir, mas sempre em uma órbita mais alta da espiral do tempo, com certeza os resultados serão diferentes também.
Alexandre Kadunc, um dos maiores jornalistas que este país já teve, dizia que a última manchete dos jornais será publicada em letras garrafais, mas não haverá ninguém para lê-la. Na época em que Shirer registrava os atos de Hitler, Stalin, Mussolini e outros cancros que a humanidade gestou, aqui pela América latina tínhamos tínhamos um bando de ditadores, loucos para imitar seus ídolos europeus e asiáticos. Hoje não precisaremos procurar muito para achar, na América Latina e principalmente no Brasil, os reflexos latino-americanos dos tumores malignos que infestam o mundo lá do outro lado do equador. Pois aqui temos fascistas de direita e de esquerda possuídos pelo delírio do poder e pela febre do egocentrismo, loucos para sentarem-se no trono e botar fogo no mundo só para alimentar suas megalomanias. E no Brasil, temos ainda, para piorar, alguns Ministros da Corte Suprema contaminados por essa doença, que vai e volta como febre amarela e sarampo, pegando nas pessoas com alguma autoridade, fazendo-as acreditar que são deuses olímpicos que tudo podem e não devem satisfação a ninguém. Nem à Constituição que juraram defender.
Quando os próprios deuses enlouquecem, ninguém pode prever as consequências. Alguém precisa dizer à essas pretensas divindades que o único Deus de verdade criou conceitos como honestidade, justiça, moral, e no caso dos juízes, imparcialidade e humildade, para servir de padrões de conduta para o espírito humano e guiá-lo na construção de uma sociedade hígida e capaz de proporcionar felicidade ao maior número possível de pessoas. Mas parece que tudo isso se perdeu, ou pelo menos foi esquecido pelas pessoas que administram e julgam no Brasil, nos dias de hoje. Por causa deles esta época também está ficando desprezível. Pena que é o tempo em que vivemos, e infelizmente, somos também responsáveis pelo que acontece nela, em razão das nossas escolhas.
Willian Shirer, autor da obra clássica “Ascensão e Queda do III Reich,” foi quem melhor retratou a experiência trágica do nazismo. Ele a viveu trabalhando na Alemanha, na época das duas guerras mundiais como correspondente de um jornal americano e documentou, em sua própria origem, os fatos. Ao se referir à essa época ele a definiu como desprezível, pois os homens que governavam o mundo haviam perdido o senso de moral e justiça, para trocar tudo por um projeto de poder que eclipsava qualquer sentimento de humanidade. Foi o tempo de Hitler, Stalin, Mussolini, Vargas, Peron, para não falar de outros políticos que infestavam a política mundial com seus egos gigantescos e suas ideologias odiosas.
Observadas as diferenças de tempo e estilo, estamos vivendo tempos semelhantes ao que Shirer achava desprezíveis, pois agora estão se repetindo todas as condições ambientais e psicológicas que levou o mundo às catástrofes da primeira metade do século passado. E como as coisas tendem a se repetir, mas sempre em uma órbita mais alta da espiral do tempo, com certeza os resultados serão diferentes também.
Alexandre Kadunc, um dos maiores jornalistas que este país já teve, dizia que a última manchete dos jornais será publicada em letras garrafais, mas não haverá ninguém para lê-la. Na época em que Shirer registrava os atos de Hitler, Stalin, Mussolini e outros cancros que a humanidade gestou, aqui pela América latina tínhamos tínhamos um bando de ditadores, loucos para imitar seus ídolos europeus e asiáticos. Hoje não precisaremos procurar muito para achar, na América Latina e principalmente no Brasil, os reflexos latino-americanos dos tumores malignos que infestam o mundo lá do outro lado do equador. Pois aqui temos fascistas de direita e de esquerda possuídos pelo delírio do poder e pela febre do egocentrismo, loucos para sentarem-se no trono e botar fogo no mundo só para alimentar suas megalomanias. E no Brasil, temos ainda, para piorar, alguns Ministros da Corte Suprema contaminados por essa doença, que vai e volta como febre amarela e sarampo, pegando nas pessoas com alguma autoridade, fazendo-as acreditar que são deuses olímpicos que tudo podem e não devem satisfação a ninguém. Nem à Constituição que juraram defender.
Quando os próprios deuses enlouquecem, ninguém pode prever as consequências. Alguém precisa dizer à essas pretensas divindades que o único Deus de verdade criou conceitos como honestidade, justiça, moral, e no caso dos juízes, imparcialidade e humildade, para servir de padrões de conduta para o espírito humano e guiá-lo na construção de uma sociedade hígida e capaz de proporcionar felicidade ao maior número possível de pessoas. Mas parece que tudo isso se perdeu, ou pelo menos foi esquecido pelas pessoas que administram e julgam no Brasil, nos dias de hoje. Por causa deles esta época também está ficando desprezível. Pena que é o tempo em que vivemos, e infelizmente, somos também responsáveis pelo que acontece nela, em razão das nossas escolhas.