BOLSONARO E A FÁBULA DO MORCEGO
Esopo conta que um morcego e uma perereca, descontentes com suas formas físicas, imploraram a Deus para transformá-los em pessoas. Pediram ao Criador que fizesse deles um rapaz e uma moça, profundamente apaixonados um pelo outro.
Deus ficou com tanta pena que condescendeu. Afinal, morcegos e pererecas são inimigos naturais e quando se encontram, normalmente a perereca acaba indo parar no bucho do morcego. Assim o Criador pensou que talvez fosse bom, só por experiência, que ao menos uma vez eles se amassem em vez de um jantar o outro.
Transformados em dois jovens de grande beleza, o morcego e a perereca decidiram ir a um motel para sua primeira noite de amor como um casal de apaixonados. (Este acréscimo é meu).
Mas eis que no melhor do lance, uma mosca entra no quarto e fica zoando em volta dos dois. A garota, imediatamente, esticou a enorme língua e abocanhou a bichinha como se fosse um aspirador chupando um grão de poeira.
Nesse momento o encanto se dissipou e ela tornou-se novamente uma perereca. E o rapaz, transmutado imediatamente em morcego, saltou em cima dela, devorando-a sem dó nem piedade.
Pela manhã, a camareira que arrumava os quartos encontrou os restos da perereca em cima da cama e quase desmaiou quando viu um morcego bem gordinho voejando em volta do quarto procurando uma saída.
Há várias lições de moral nesta estória. A primeira é que a gente precisa se conformar com a forma que a natureza nos fez. A segunda é que não devemos ficar desejando ser o que não somos. A terceira é que precisamos aprender a escolher com sabedoria os nossos parceiros. A quarta é que, por mais que disfarcemos o que somos, a nossa natureza sempre nos denunciará.
Dedico essa fábula ao Presidente Jair Bolsonaro. Ele é o que é: um militar reacionário que trocou a farda pelo terno. Além da sua personalidade retrógada e reacionária, que sonha voltar aos anos sessenta e setenta do século passado, ele escolhe muito mal os seus parceiros. Em três meses de governo já trocou dois ministros e dificilmente terminará o seu mandato com essa turma de destrambelhados que ele colocou em seu ministério.
Um povo cansado de ser espoliado por um governo de esquerda, populista, demagógico e corrupto, que com a desculpa de promover programas sociais provocou a maior crise econômica, social e ética que este pais já viveu, se encantou com as promessas de um militar travestido de político. Mas esse encanto começa a ser quebrado já nos primeiros meses de governo. Alguém precisa dizer ao Bolsonaro que ideologias, de direita ou de esquerda, não trazem felicidade para ninguém, nem prosperidade para um país. O que faz a diferença são governos honestos, comprometidos e com planos de governo exeqüíveis e funcionais. O resto é só má política, e nesse mister, parece que nada mudou no Brasil.
Esopo conta que um morcego e uma perereca, descontentes com suas formas físicas, imploraram a Deus para transformá-los em pessoas. Pediram ao Criador que fizesse deles um rapaz e uma moça, profundamente apaixonados um pelo outro.
Deus ficou com tanta pena que condescendeu. Afinal, morcegos e pererecas são inimigos naturais e quando se encontram, normalmente a perereca acaba indo parar no bucho do morcego. Assim o Criador pensou que talvez fosse bom, só por experiência, que ao menos uma vez eles se amassem em vez de um jantar o outro.
Transformados em dois jovens de grande beleza, o morcego e a perereca decidiram ir a um motel para sua primeira noite de amor como um casal de apaixonados. (Este acréscimo é meu).
Mas eis que no melhor do lance, uma mosca entra no quarto e fica zoando em volta dos dois. A garota, imediatamente, esticou a enorme língua e abocanhou a bichinha como se fosse um aspirador chupando um grão de poeira.
Nesse momento o encanto se dissipou e ela tornou-se novamente uma perereca. E o rapaz, transmutado imediatamente em morcego, saltou em cima dela, devorando-a sem dó nem piedade.
Pela manhã, a camareira que arrumava os quartos encontrou os restos da perereca em cima da cama e quase desmaiou quando viu um morcego bem gordinho voejando em volta do quarto procurando uma saída.
Há várias lições de moral nesta estória. A primeira é que a gente precisa se conformar com a forma que a natureza nos fez. A segunda é que não devemos ficar desejando ser o que não somos. A terceira é que precisamos aprender a escolher com sabedoria os nossos parceiros. A quarta é que, por mais que disfarcemos o que somos, a nossa natureza sempre nos denunciará.
Dedico essa fábula ao Presidente Jair Bolsonaro. Ele é o que é: um militar reacionário que trocou a farda pelo terno. Além da sua personalidade retrógada e reacionária, que sonha voltar aos anos sessenta e setenta do século passado, ele escolhe muito mal os seus parceiros. Em três meses de governo já trocou dois ministros e dificilmente terminará o seu mandato com essa turma de destrambelhados que ele colocou em seu ministério.
Um povo cansado de ser espoliado por um governo de esquerda, populista, demagógico e corrupto, que com a desculpa de promover programas sociais provocou a maior crise econômica, social e ética que este pais já viveu, se encantou com as promessas de um militar travestido de político. Mas esse encanto começa a ser quebrado já nos primeiros meses de governo. Alguém precisa dizer ao Bolsonaro que ideologias, de direita ou de esquerda, não trazem felicidade para ninguém, nem prosperidade para um país. O que faz a diferença são governos honestos, comprometidos e com planos de governo exeqüíveis e funcionais. O resto é só má política, e nesse mister, parece que nada mudou no Brasil.