A Bíblia está cheia de histórias sobre sacrifícios. Abraão, por exemplo, foi convocado por Deus para sacrificar seu próprio filho, que por direito deveria ser o seu herdeiro. Certo que, no último instante, quando já estava com a adaga pronta para enterrar no coração do menino, Deus suspendeu a execução e fez aparecer um carneiro para substituir o garoto no holocausto. Deus foi condescendente com Abraão, não deixando que ele sacrificasse seu filho dileto, mas não fez o mesmo com Jefté, um dos juízes de Israel, que teve que sacrificar a filha única em face de uma promessa imprudente que fez (Juízes, 11:30:31). E também não hesitou em deixar que seu próprio filho, Jesus, se sacrificasse para salvar uma humanidade que, ao que parece, ficou ainda mais perdida depois do sacrifício dele.
Como disse o poeta Vinícius, “filhos, melhor não tê-los. Mas se não tê-los, como sabê-los?”. Um pai deve sacrificar o próprio filho? Abraão achou que devia e Jefté também. Quando Deus manda é preciso obedecer. Com Ele não se discute. Mas e quando se trata de ética, moral, compromisso e outras virtudes mais, que o bom mocismo de um político populista assumiu? Valerá a pena o sacrifício?
Esse é o dilema que presidente Bolsonaro está vivendo. A política não é um deus austero e insensível como o Jeová do Antigo Testamento parece ser. Mas ela também não é muito de perdoar. Ao que parece, o presidente, antes mesmo de começar a governar, vai ter que enfrentar o dilema de Abraão. Sem as prerrogativas do velho patriarca hebreu. Pois no caso de Abraão não havia culpa a expiar. Era apenas um teste de fé. Isaac não tinha cometido pecado algum, nem Abraão. Deus só queria ver se ele estava mesmo disposto a sacrificar o que tinha de mais precioso para cumprir a missão que Ele lhe deu. Abraão não titubeou. Bolsonaro terá a mesma coragem? O mesmo senso de compromisso com as crenças que ele diz professar?
Ao que parece, o filho do Bolsonaro, o agora senador Flávio, tem culpa no cartório. Se não, já teria apresentado provas da sua inocência, ao invés de tentar obstruir as investigações. E quanto mais ele tenta empurrar para baixo do tapete uma sujeira, cujo cheiro de podridão já contamina todo o ambiente que seu pai jurou sanear, mais ele se chafurda nela e ameaça arrastar para esse pântano fétido o projeto político do presidente eleito.
Bolsonaro é evangélico. Como tal deve conhecer bem as histórias bíblicas de Abraão, Jefté, Jesus e outros sacrifícios de pessoas amadas, em prol de um bem maior. Resta saber se ele agirá como os patriarcas bíblicos, sacrificando o próprio filho, ou como a personagem do filme o “Bebê de Rosemary”, que mesmo sabendo que seu filho fora gerado pelo diabo, preferiu ficar com ele ao invés de sacrificá-lo.
Como disse o poeta Vinícius, “filhos, melhor não tê-los. Mas se não tê-los, como sabê-los?”. Um pai deve sacrificar o próprio filho? Abraão achou que devia e Jefté também. Quando Deus manda é preciso obedecer. Com Ele não se discute. Mas e quando se trata de ética, moral, compromisso e outras virtudes mais, que o bom mocismo de um político populista assumiu? Valerá a pena o sacrifício?
Esse é o dilema que presidente Bolsonaro está vivendo. A política não é um deus austero e insensível como o Jeová do Antigo Testamento parece ser. Mas ela também não é muito de perdoar. Ao que parece, o presidente, antes mesmo de começar a governar, vai ter que enfrentar o dilema de Abraão. Sem as prerrogativas do velho patriarca hebreu. Pois no caso de Abraão não havia culpa a expiar. Era apenas um teste de fé. Isaac não tinha cometido pecado algum, nem Abraão. Deus só queria ver se ele estava mesmo disposto a sacrificar o que tinha de mais precioso para cumprir a missão que Ele lhe deu. Abraão não titubeou. Bolsonaro terá a mesma coragem? O mesmo senso de compromisso com as crenças que ele diz professar?
Ao que parece, o filho do Bolsonaro, o agora senador Flávio, tem culpa no cartório. Se não, já teria apresentado provas da sua inocência, ao invés de tentar obstruir as investigações. E quanto mais ele tenta empurrar para baixo do tapete uma sujeira, cujo cheiro de podridão já contamina todo o ambiente que seu pai jurou sanear, mais ele se chafurda nela e ameaça arrastar para esse pântano fétido o projeto político do presidente eleito.
Bolsonaro é evangélico. Como tal deve conhecer bem as histórias bíblicas de Abraão, Jefté, Jesus e outros sacrifícios de pessoas amadas, em prol de um bem maior. Resta saber se ele agirá como os patriarcas bíblicos, sacrificando o próprio filho, ou como a personagem do filme o “Bebê de Rosemary”, que mesmo sabendo que seu filho fora gerado pelo diabo, preferiu ficar com ele ao invés de sacrificá-lo.