TRÓTSKY (12) – GENOCIDAS
Inicia o segundo episódio da série Netflix.
Após a tentativa de assassinato no México, Trótski sai de sua casa procurando entender o que aconteceu, quem fez tamanho tiroteio em sua direção. Sua esposa o adverte com preocupação:
- N. Leon! Aonde você vai? Você está louco? O que está fazendo? Acha que vai vencer trabalhando para eles? Que Trótski vai vencer ao sair graciosamente? Claro que não! Nem pense em desistir desse jeito. Você não vai desistir...
- T. Natália! Só vou desistir se eu teme-lo. Você não entende? Ele vencerá quando Leon Trótski tiver medo de andar quando quiser...e onde quiser.
O jornalista Jacson chega correndo.
- J. Eu ouvi tiros.
- T. Eu não estou ferido.
- J. É melhor voltar para casa.
- N. Leon, vamos para casa.
Chega um carro de polícia comandado por um oficial. – O senhor está bem?
- T. Estou. Eu sou... a vítima fracassada do ataque.
Enquanto a polícia faz o seu trabalho, tira fotografia, registra o morto, surge um comentário de Jacson: - Trótski, você sempre foi um perigo para aqueles ao seu redor.
- T. A culpa não é minha. Não fui eu que matei todos que um dia apertaram a minha mão. Não fui eu que enviei milhões de inocentes para os campos. Não sou eu que contrata assassinos pela noite.
- J. Tem certeza de que é o Stalin? Não se gabe. Ele já venceu. Por que caçaria você? Você não é ameaça.
- T. Você não vê nada, Jacson. Sempre serei uma ameaça para ele. Mesmo se me calar, se me render. Mas não vou. É um bumerangue, Jacson.
- J. O que? Um bumerangue?
- T. Eu fiz um golem (metáfora altamente mutável com simbolismo aparentemente ilimitado. Pode ser vítima ou vilão, homem ou mulher - ou às vezes ambos. Ao longo dos séculos tem sido usado para conotar a guerra, comunidade, isolamento, esperança e desespero). E ele não vai parar até destruir seu criador.
Neste diálogo Trótski apaga o conceito de genocida que é feito dele, que não é ele o autor desses crimes em tão ampla dimensão. Pode ser acusado do fuzilamento sumário de soldados frente aos seus colegas, para induzir o medo e o respeito nos que ficam, e evitar que eles fujam da luta por um objetivo maior, que é benéfico principalmente para eles mesmos, soldados simples e ignorantes. Esse golem que ele representa na Rússia e no mundo, é o principal alvo de Stalin, pois ele sabe quem é o autor, e sua liderança pelo medo. Isso implica na guerra entre os dois, com maior poder para Stalin, e maior coragem para Trótski.
Inicia o segundo episódio da série Netflix.
Após a tentativa de assassinato no México, Trótski sai de sua casa procurando entender o que aconteceu, quem fez tamanho tiroteio em sua direção. Sua esposa o adverte com preocupação:
- N. Leon! Aonde você vai? Você está louco? O que está fazendo? Acha que vai vencer trabalhando para eles? Que Trótski vai vencer ao sair graciosamente? Claro que não! Nem pense em desistir desse jeito. Você não vai desistir...
- T. Natália! Só vou desistir se eu teme-lo. Você não entende? Ele vencerá quando Leon Trótski tiver medo de andar quando quiser...e onde quiser.
O jornalista Jacson chega correndo.
- J. Eu ouvi tiros.
- T. Eu não estou ferido.
- J. É melhor voltar para casa.
- N. Leon, vamos para casa.
Chega um carro de polícia comandado por um oficial. – O senhor está bem?
- T. Estou. Eu sou... a vítima fracassada do ataque.
Enquanto a polícia faz o seu trabalho, tira fotografia, registra o morto, surge um comentário de Jacson: - Trótski, você sempre foi um perigo para aqueles ao seu redor.
- T. A culpa não é minha. Não fui eu que matei todos que um dia apertaram a minha mão. Não fui eu que enviei milhões de inocentes para os campos. Não sou eu que contrata assassinos pela noite.
- J. Tem certeza de que é o Stalin? Não se gabe. Ele já venceu. Por que caçaria você? Você não é ameaça.
- T. Você não vê nada, Jacson. Sempre serei uma ameaça para ele. Mesmo se me calar, se me render. Mas não vou. É um bumerangue, Jacson.
- J. O que? Um bumerangue?
- T. Eu fiz um golem (metáfora altamente mutável com simbolismo aparentemente ilimitado. Pode ser vítima ou vilão, homem ou mulher - ou às vezes ambos. Ao longo dos séculos tem sido usado para conotar a guerra, comunidade, isolamento, esperança e desespero). E ele não vai parar até destruir seu criador.
Neste diálogo Trótski apaga o conceito de genocida que é feito dele, que não é ele o autor desses crimes em tão ampla dimensão. Pode ser acusado do fuzilamento sumário de soldados frente aos seus colegas, para induzir o medo e o respeito nos que ficam, e evitar que eles fujam da luta por um objetivo maior, que é benéfico principalmente para eles mesmos, soldados simples e ignorantes. Esse golem que ele representa na Rússia e no mundo, é o principal alvo de Stalin, pois ele sabe quem é o autor, e sua liderança pelo medo. Isso implica na guerra entre os dois, com maior poder para Stalin, e maior coragem para Trótski.