ARTIGO – Ficou difícil – 21.01.2019 (PRL)
 
 
ARTIGO – Ficou difícil – 21.01.2019 (PRL)
 
O Brasil é um país por demais complicado em todos os sentidos. Imaginem que para ser senador basta ter 35 anos de idade, ser eleitor em dia com a justiça eleitoral, pertencer a um partido, e pronto -- Grau de escolaridade não é exigido, todavia não deverá ser analfabeto, mas uma coisa é primordial, ou seja uma retaguarda que lhe garanta os votos, sejam doados ou mesmo comprados até por baixo dos panos. É recomendável que se tenha boas noções da história do país, de política, economia, sensibilidade aos problemas sociais e interesse em modificar o que há de errado.
 
Pois é, o Doutor Flávio Bolsonaro não precisava de título algum para abiscoitar uma vaga de senador da república. Entrou na simpatia da família perante o eleitorado carioca, que ajudara a conquistar, claro, e isso é público e notório, todavia fez uma senhora lambança com esses depósitos em sua conta corrente na agência bancária da ALERJ – Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, cuja movimentação atípica o COAF detectou, procedimento que se estendeu a outros deputados estaduais. Fica evidenciado que esse cidadão não tem ainda o preparo para estar na maior casa de leis do país, podendo apenas se somar a outros tantos que são do mesmo nível de experiência, ainda é amador.
 
A notícia ganhou o mundo, e a cada justificativa dele as coisas vão piorando, como agora, quando apareceu com essas notícias de que é empresário, que comprou e vendeu apartamentos, etc., etc., etc. Justificar alegando que ele próprio fizera inúmeros depósitos de R$ 2 mil reais não nos parece plausível, até porque dependências externas de bancos também têm gerentes e outros comissionados. Bastaria procurar o chefe de setor da aludida agência e dizer que gostaria de fazer o depósito de uma única vez. Tudo seria feito como desejasse.
 
Entendemos que já era de existir uma lei tornando proibido o depósito em conta de todo e qualquer homem público por terceiros, salvo se do recibo pertinente constar a finalidade e a origem do pertinente valor. Na realidade, pode haver maldade em atos da espécie, notadamente quando se quer prejudicar pessoas do bem. Por exemplo: Um cliente do BB chega na agência e faz um depósito na conta do gerente que, neste caso, não está sabendo de nada e nunca irá sabe-lo, porquanto não ficou registrado sequer algum dado do depositante, tampouco de onde veio o dinheiro e o motivo da movimentação, cujo conhecimento tomará quando extrair seu próximo extrato de conta.
 
Esse negócio de dizer que quebraram seu sigilo bancário; de recorrer ao STF antes mesmo de assumir a cadeira no senado e outras medidas podem até ser justas, éticas, todavia em nada contribuem para desvendar esses acontecimentos que vão se tornando um escândalo. Aqui está valendo muito mais o orgulho do que o direito. O povão votou em Bolsonaro com o grande interesse de mudar o estado de coisas em que o país estava mergulhado e não para continuar com aquela corrupção.
 
Essa história terá de ser muito bem contada. O Capitão Jair deve estar muito assediado agora em Davos, na Suíça, para se pronunciar sobre o assunto.

Um fato, entretanto, está-se tornando cansativo e demasiadamente explorado pela Rede Globo de Televisão, que não tem poderes para fazer jornalismo investigativo/acusativo, mas sim dar a notícia e não ficar repisando a toda hora. Ninguém deseja que esconda notícia alguma, mas fazer essa marcação sem trégua é caso de polícia.

 
Ficamos por aqui.
 
Nosso abraço.
 
Ansilgus
Imagem - INTERNET/GOOGLE
ansilgus
Enviado por ansilgus em 22/01/2019
Reeditado em 22/01/2019
Código do texto: T6556830
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