ASSASSINO ECONÔMICO (8) – GLOBALIZAÇÃO
Continuação da entrevista com o economista John Perkins.
Esse processo de manipulação corporativa através de dívidas, corrupção e golpes também é chamado de globalização. Assim como a RF mantem o povo americano em uma posição de servidão incondicional através de dívidas infinitas, inflação e juros, o Banco Mundial e o FMI cumprem esse papel em nível global. A farsa é simples. Coloque um país em dívida, seja por sua própria imprudência ou pela corrupção do líder desse país, e então imponha “condicionalidades” ou “políticas de ajuste estrutural” que frequentemente consistem em: 1. Desvalorização da moeda – quando o valor de uma moeda cai, o mesmo vale para tudo avaliado através dela. Isso torna os recursos nativos disponíveis para países predadores por uma parcela do seu valor real; 2. Cortes no financiamento de programas sociais, que normalmente incluem educação e saúde, comprometendo o bem-estar e a integridade da sociedade e deixando as pessoas vulneráveis à exploração; 3. Privatização de empresas públicas – isso significa que sistemas com importância social podem ser comprados e controlados por corporações estrangeiras que visam lucro. Por exemplo, em 1999 o Banco Mundial insistiu que o governo boliviano vendesse o sistema de água e esgoto da terceira maior cidade e isso aconteceu a uma subsidiária americana Bechtel. Assim que isso aconteceu, as contas de água dos moradores locais já empobrecidos, dispararam. Foi só depois de uma intensa revolta popular que o contrato com a Bechtel foi anulado. E existe a liberação do comércio ou a abertura da economia pela remoção de obstáculos para o comércio exterior. Isso dá margem de manifestações de abuso econômico, como corporações transnacionais trazerem seus produtos de fabricação em massa, prejudicando a produção nativa e arruinando economias locais. Um exemplo é a Jamaica, que depois de aceitar empréstimos e condicionalidades do Banco Mundial perdeu seus maiores mercados e safras por causa da competição com importados ocidentais. Hoje, muitos agricultores estão sem trabalho porque não podem competir com as grandes corporações. Outra variação é a criação aparentemente despercebida da várias fábricas exploradoras, desumanas e não-fiscalizadas que se aproveitam das dificuldades econômicas vigentes. Além disso, devido a produção descontrolada, a destruição do meio ambiente é contínua uma vez que os recursos de um país são frequentemente explorados por corporações indiferentes que também emitem enormes quantidades de poluição proposital. O maior processo em direito ambiental da história mundial está ocorrendo em favor de 30 mil pessoas do Equador e da Amazônia, contra a Texaco, agora propriedade da Chevron logo, é contra a Chevron, mas sobre atividades realizadas pela Texaco. Estima-se que a quantidade de poluição seja 18 vezes o que o Exxon Valdez despejou na costa do Alasca. No caso do Equador, não se tratou de um acidente. As petroleiras agiram de propósito, elas sabiam que estavam fazendo isso para economizar, em vez de fazer o escoamento correto. Indo além, uma rápida observação do histórico de desempenho do Banco Mundial revela que a instituição que declara publicamente ajudar países pobres e reduzir a miséria, não fez nada além de aumentar a pobreza e as diferenças sociais, enquanto os lucros corporativos só sobem. Em 1960, a desigualdade de renda entre o quinto mais rico e o mais pobre do mundo era de 30 para 1. Em 1998, era de 74 para 1. Enquanto o PIB global cresceu 40% entre 1979 e 1985, a margem de pessoas na faixa da pobreza cresceu 17%. Entre 1980 e 2000, o número de pessoas vivendo com menos de um dólar por dia cresceu 18%. Mesmo a Comissão Conjunta de Economia do congresso americano admitiu que a taxa de sucesso dos projetos do Banco Mundial é de meros 40%. No fim dos anos 60, o Banco Mundial interveio no Equador, com grandes empréstimos. Nos 30 anos seguintes, a pobreza cresceu de 50 para 70%. O sub ou o desemprego foi de 15 para 70%. A dívida pública saltou de 240 milhões para 16 bilhões, enquanto a parcela de recursos destinados aos pobres caiu de 20 para 6%. Em 2000, 50% do orçamento nacional do Equador estava sendo alocado para pagamento de dívidas.
O fenômeno da globalização atende a evolução que acontece no mundo material, principalmente na área tecnológica, digital, informática, que deixa o mundo conectado dentro de segundos. No entanto, essa tendência globalizante, que não podemos evitar pois faz parte da enxurrada evolutiva, atende aos interesses egoístas de nossa natureza animal, deixando o homem mais explorado pelo próprio homem, afirmando o adágio: “o homem é o lobo do homem”.
Essa orientação comportamental dentro do processo evolutivo do homem contra o próprio homem, vamos observar que não obedece a lei de amor que está na base de tudo e que determina a evolução positiva em direção ao Criador. Assim, é necessário que surja outra orientação, de natureza positiva, que privilegie a fraternidade ao invés do egoísmo. Somente quando isso acontecer a globalização se torna positiva, partiremos para a construção de um planeta de regeneração, formação da família universal e instalação do Reino de Deus.
Continuação da entrevista com o economista John Perkins.
Esse processo de manipulação corporativa através de dívidas, corrupção e golpes também é chamado de globalização. Assim como a RF mantem o povo americano em uma posição de servidão incondicional através de dívidas infinitas, inflação e juros, o Banco Mundial e o FMI cumprem esse papel em nível global. A farsa é simples. Coloque um país em dívida, seja por sua própria imprudência ou pela corrupção do líder desse país, e então imponha “condicionalidades” ou “políticas de ajuste estrutural” que frequentemente consistem em: 1. Desvalorização da moeda – quando o valor de uma moeda cai, o mesmo vale para tudo avaliado através dela. Isso torna os recursos nativos disponíveis para países predadores por uma parcela do seu valor real; 2. Cortes no financiamento de programas sociais, que normalmente incluem educação e saúde, comprometendo o bem-estar e a integridade da sociedade e deixando as pessoas vulneráveis à exploração; 3. Privatização de empresas públicas – isso significa que sistemas com importância social podem ser comprados e controlados por corporações estrangeiras que visam lucro. Por exemplo, em 1999 o Banco Mundial insistiu que o governo boliviano vendesse o sistema de água e esgoto da terceira maior cidade e isso aconteceu a uma subsidiária americana Bechtel. Assim que isso aconteceu, as contas de água dos moradores locais já empobrecidos, dispararam. Foi só depois de uma intensa revolta popular que o contrato com a Bechtel foi anulado. E existe a liberação do comércio ou a abertura da economia pela remoção de obstáculos para o comércio exterior. Isso dá margem de manifestações de abuso econômico, como corporações transnacionais trazerem seus produtos de fabricação em massa, prejudicando a produção nativa e arruinando economias locais. Um exemplo é a Jamaica, que depois de aceitar empréstimos e condicionalidades do Banco Mundial perdeu seus maiores mercados e safras por causa da competição com importados ocidentais. Hoje, muitos agricultores estão sem trabalho porque não podem competir com as grandes corporações. Outra variação é a criação aparentemente despercebida da várias fábricas exploradoras, desumanas e não-fiscalizadas que se aproveitam das dificuldades econômicas vigentes. Além disso, devido a produção descontrolada, a destruição do meio ambiente é contínua uma vez que os recursos de um país são frequentemente explorados por corporações indiferentes que também emitem enormes quantidades de poluição proposital. O maior processo em direito ambiental da história mundial está ocorrendo em favor de 30 mil pessoas do Equador e da Amazônia, contra a Texaco, agora propriedade da Chevron logo, é contra a Chevron, mas sobre atividades realizadas pela Texaco. Estima-se que a quantidade de poluição seja 18 vezes o que o Exxon Valdez despejou na costa do Alasca. No caso do Equador, não se tratou de um acidente. As petroleiras agiram de propósito, elas sabiam que estavam fazendo isso para economizar, em vez de fazer o escoamento correto. Indo além, uma rápida observação do histórico de desempenho do Banco Mundial revela que a instituição que declara publicamente ajudar países pobres e reduzir a miséria, não fez nada além de aumentar a pobreza e as diferenças sociais, enquanto os lucros corporativos só sobem. Em 1960, a desigualdade de renda entre o quinto mais rico e o mais pobre do mundo era de 30 para 1. Em 1998, era de 74 para 1. Enquanto o PIB global cresceu 40% entre 1979 e 1985, a margem de pessoas na faixa da pobreza cresceu 17%. Entre 1980 e 2000, o número de pessoas vivendo com menos de um dólar por dia cresceu 18%. Mesmo a Comissão Conjunta de Economia do congresso americano admitiu que a taxa de sucesso dos projetos do Banco Mundial é de meros 40%. No fim dos anos 60, o Banco Mundial interveio no Equador, com grandes empréstimos. Nos 30 anos seguintes, a pobreza cresceu de 50 para 70%. O sub ou o desemprego foi de 15 para 70%. A dívida pública saltou de 240 milhões para 16 bilhões, enquanto a parcela de recursos destinados aos pobres caiu de 20 para 6%. Em 2000, 50% do orçamento nacional do Equador estava sendo alocado para pagamento de dívidas.
O fenômeno da globalização atende a evolução que acontece no mundo material, principalmente na área tecnológica, digital, informática, que deixa o mundo conectado dentro de segundos. No entanto, essa tendência globalizante, que não podemos evitar pois faz parte da enxurrada evolutiva, atende aos interesses egoístas de nossa natureza animal, deixando o homem mais explorado pelo próprio homem, afirmando o adágio: “o homem é o lobo do homem”.
Essa orientação comportamental dentro do processo evolutivo do homem contra o próprio homem, vamos observar que não obedece a lei de amor que está na base de tudo e que determina a evolução positiva em direção ao Criador. Assim, é necessário que surja outra orientação, de natureza positiva, que privilegie a fraternidade ao invés do egoísmo. Somente quando isso acontecer a globalização se torna positiva, partiremos para a construção de um planeta de regeneração, formação da família universal e instalação do Reino de Deus.