ARTIGO – Pra que tanta entrevista? – 16.01.2019 (PRL)
ARTIGO – Pra que tanta entrevista? 16.01.2019 (PRL)
Por vezes nos perguntamos: Ora, se o presidente Bolsonaro vem prometendo há algum tempo que iria deixar de privilegiar certas emissoras de comunicações, em face das polpudas verbas de divulgação e propaganda oriundas do governo federal, e até agora nada vimos de novidade no particular, não entendemos as razões de tantas entrevistas de ministros de seu governo à Rede Globo de Televisão. Isso reflete o poder desse conglomerado dos irmãos Marinho.
Ontem mesmo, que nos lembremos, foram duas. Uma do ministro da casa civil, o sulista Ônix Lorenzoni, outra do superministro da Justiça e da Segurança, o grande Doutor Sérgio Moro, todavia baseadas no mesmo assunto de fundo, sobre as armas, embora a do ex-juiz de Curitiba tenha sido de cunho mais amplo e versado sobre segurança de um modo geral. E ele se desincumbiu muito bem da tarefa, como sempre o faz.
Só não apreciamos a maneira como alguns jornalistas têm a ousadia de fazer indagações sobre a moral e imparcialidade desse cidadão, que já mostrou do que é capaz. O interessante é que responde a todas elas com a sua segurança de sempre e voz altiva. Esses pobres jornalistas da Globo, que devem ser orientados a fazer essas averiguações, não nos mostram envergadura nem capacidade para fazê-lo. Sendo ele, ao ter nossa integridade posta em dúvida, da maneira como o fez o Merval Pereira, que até é o melhor deles, indagaria com outra pergunta, por exemplo: O que tem a dizer o senhor sobre a sua ida para a Academia Brasileira de Letras tendo publicado apenas um livro naquela oportunidade? E assim matava a pau, baixava a bola de quem não a tem.
A verdade é que não adianta prometer e não cumprir, ficar falando besteira, porquanto há um ditado antigo que diz: “Quem muito fala muito erra”. Tem de agir sem prometer; ao inimigo não se deve mandar recados, mas sim fazer o que se acha correto e apropriado para cada situação. Há dois dias, na TV, vimos propaganda da justiça eleitoral e do ministério da defesa, dinheiro nosso jogado fora para que os aproveitadores, que ganham fortunas, fiquem falando mal e querendo jogar o país num caos. O mais provável é que gente do governo ganhe alguma propina para escorregar com essas divulgações sem sentido. A da justiça eleitoral é uma calamidade.
Mudando de assunto: Estamos curiosos com o que vão fazer na esfera dos esportes. O mercado da bola, inclusive com repatriação de atletas do exterior, está pegando fogo. Há notícias de que no âmbito interno a maior transação do futebol brasileiro foi feita entre o Flamengo (RJ) e o Cruzeiro (BH), a respeito da venda de um jogador uruguaio, o famoso Arrascaeta, por quinze milhões de euros, que agora passará a defender a camiseta rubro-negra da Gávea. Tudo isso com os clubes de cuia na mão em busca de recursos pelo país afora.
Por outro lado, a CBF, descaradamente, prorrogou o contrato da comissão técnica da seleção brasileira por quatro longos anos, abrangendo a próxima Copa do Mundo de 2022, no Catar. Mas o treinador Tite não fez nada, sua comissão também não, salvo proteger o “menino” Neymar e convocar alguns medíocres para valorizá-los no mundo do futebol, vendê-los para clubes do exterior, valendo lembrar que até bem pouco tempo um dos seus membros era empresário autorizado Fifa.
Ficamos por aqui.
Nosso abraço.