O ETERNO FLERTE BRASILEIRO COM O PERIGO (COMUNISMO)

Nós, brasileiros somos um povo com muita sorte. Desde a década de 1920 flertamos com o comunismo. De lá para cá foram muitas a iniciativas comunistas para tomar o poder por aqui. A iniciativa começou em 1922, com a fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que a exemplo do comunismo de um modo geral nascia de uma mentira.

A mentira seria o combate ao capitalismo. Marx quando iniciou sua cruzada contra o capitalismo, alicerçou-a em duas mentiras básicas, primeira o capitalismo em si mesmo. Naquele tempo o capital não existia, a revolução industrial era incipiente e portanto não se podia combater o que não existia ainda, até porque o feudalismo era o regime que norteava a vida das pessoas e essas viviam nas piores condições humanas. Sem trabalho, ou trabalho semi-escravo, sem comida, sem roupa, sem saúde, enfim sem nada. Depois veio a conversa da mais-valia, que não passa de outra esfarrapada mentira, pois o valor das mercadorias e dos produtos não está ligado ao trabalho despendido para se produzir um bem, mas pela sua necessidade. Por um copo de água onde a água é abundante ninguém pagaria cem dólares, por exemplo. Mas no deserto os cem dólares não valeriam nada e um copo de água valeria muito, cem dólares seria pouco.

Mas voltando ao Brasil, em 1935 Luís Carlos Prestes, que vivia na URSS em treinamento para tomar o poder no Brasil, volta ao nosso País para dar início ao plano soviético. Por sorte, a sonhada revolução estourou em Natal à revelia de Prestes e seus donos soviéticos, sendo Prestes obrigado a antecipar seus planos, e ordenado Prestes que a contestação se estendesse ao resto do País; mas não houve a repercussão pretendida. Somente os quartéis de Recife e do Rio apoiaram o levante potiguar, facilmente derrotada pelo Exército e Vargas se aproveitando disso para decretar o Estado Novo e graças a Vargas os comunistas foram repelidos durante toda sua permanência à frente do governo do Estado Novo.

Com Dutra no poder a partir de 1945, os comunistas voltaram a atuar livremente no País. Em 1959, com a ascensão de Fidel Castro, os comunistas intensificaram suas ações aqui, com a ajuda de outros país comunistas, como China e URSS, durante o período da guerra fria. Quando a URSS acelerou seu plano de poder, na tentativa de fragilizar nossa política interna de um modo geral para poder se expandir na América Latina, visto que dominava parte da Europa e o comunismo era bem ascendente na Ásia. Em 1961, Prestes encontrou-se com Nikita Khrushchov, líder da União Soviética e planejaram a revolução agrária no Brasil, com o apoio de João Goulart, que havia substituído Jânio Quadros na Presidência da República, com a renúncia deste.

Dezenas de brasileiros foram enviados à época para receber treinamento em guerrilhas no exterior. Os comunistas compraram terras em Goiás, no Acre, na Bahia e em Pernambuco para servir de campo de treinamento. Em dezembro de 1962, aqueles campos de treinamento tornaram-se públicos a partir de uma reportagem da Folha de São Paulo que noticiou a descoberta e consequentemente o desmantelamento de um desses campos em Goiás.

Naquele ano, o Serviço de Combate ao Contrabando descobre por acaso documentos das Ligas Camponesas em Goiás, que eram lideradas por Francisco Julião, deputado federal, o Boulos de hoje, que criminosamente são entregues por Jango ao embaixador cubano no Brasil que os levou para Havana. Entretanto, a sorte nos sorri outra vez e o avião em que o embaixador viajava caiu; os documentos são encontrados e entregues à Cia. Por esse ato de traição à Pátria, Jango já era para ter sido cassado e preso.

Diante de atos como os descritos e inúmeros outros que se seguiram, as Forças Armadas, com apoio da população, de parlamentares, instâncias importantes da Igreja Católica não vinculada a comunistas e os principais jornais brasileiros, foram obrigadas a intervir para manter o País salvo dos comunistas. Somente para calar a boca de jornalistas imbecis das organizações Globo, o jornal O Globo, na época, ostentava a manchete: "Fora Jango", assim como o Jornal do Brasil - que depois se tornou comunista também - e o Diário de Notícias, que pregavam abertamente a deposição do presidente.

A intervenção militar, o que os comunistas não dizem, foi comemorada no dia 2 de abril de 1964 pela população que tomou as ruas do País em uma imensa manifestação de apoio aos militares, inclusive com manifestação de Carlos Povina Cavalcanti, presidente da OAB da época.

Quando Castelo Branco assumiu o poder, 30 países já haviam sido subjugados pelo domínico comunista da URSS através da força militar e a dominação do Brasil era um ponto estratégico na Guerra Fria e o risco de um golpe comunista no País era evidente.

Inicialmente, Castelo manteve o cronograma das eleições de 1965, inclusive houve eleições para 11 governos estaduais normalmente. Entretanto, diante de outros acontecimentos foi necessária a extinção dos partidos políticos e a criação do bipartidarismo.

Os comunistas voltaram a atacar, quando, a partir de 1966, começaram os atos terroristas. Em julho de 1966, uma bomba foi explodida no Aeroporto Internacional de Guararapes, em Recife, com a intenção de executar o general Artur da Costa e Silva, ministro do Exército. A ação, entretanto, matou o jornalista Edson Régis de Carvalho e o vice-almirante Nélson Gomes Fernandes, ato não assumido por nenhum grupo guerrilheiro, mas com evidentes ligações com a Ação Popular, grupo fundado em 1962. A partir daí, os militares tiveram que agir com mais intensidade e mais força no combate a atos terroristas vindos de esquerdistas.

As tentativas não pararam por aí. Em 1968, intensificaram as ações terroristas com sequestros de embaixadores, aviões, assaltos a bancos, a caminhões na Baixada Fluminense e os preparativos para a Guerrilha no Araguaia que estourou em 1972. O desmantelamento dos quadros guerrilheiros e dos comunistas durante a década de 1970, mudou a estratégia comunista, que deixou a luta armada para optar pela política.

O braço político dos comunistas passou a ser o MDB, principalmente pelos membros do Partido que se intitulavam autênticos, formado por elementos como Alencar Furtado, Lisânidas Maciel, Paes de Andrade, Freitas Nobre e muitos outros.

Alencar Furtado deu em abril de 1977 motivo para fechamento temporário do Congresso e sua cassação. Depois desse acontecimento, Geisel começou a promover a abertura, lenta e gradual, como ele chamou. Em 1978, quando o País respirava desenvolvimento, pleno emprego, desenvolvimento tecnológico com a construção das usinas nucleares de Angra dos Reis e nossa vitória com o mar de 200 milhas, começaram, irresponsavelmente e inescrupulosamente, as greves do ABC paulista, comandadas por Lula, cujas negociatas com empresários denunciadas no livro Assassinato de Reputações, 2ª edição, de Romeu Tuma Júnior, páginas 51 a 70, mostra quem sempre foi esse sujeito, informante do DOPS classificado na categoria de informantes com o apelido de Barba (havia quatro categorias de colaboradores do DOPS), folha 51 do mesmo livro, costumava combinar as greves com os empresários, avisava o DOPS para as ações de repressão necessárias, e para que o repasse no aumento dos preços fosse justificado pelo aumento dado aos empregados em decorrência da greve. Página 55 do já citado livro.

A partir de 1980, o movimento por diretas se intensificou. Veio a primeira tentativa de eleições diretas com a proposta de Dante de Oliveira. Em 1983, o movimento “Diretas já” se intensificou. O povo iludido pela esquerda, quando se tinha um País com crescimento econômica relativamente bom, deixou-se levar e apoiou a eleição de Tancredo Neves.

Tancredo para se eleger fez acordo com Deus e o Satanás. Venceu Maluf, representante da Arena, que havia ganho o direito de disputar a eleição indireta daquele ano ao ganhar a disputa contra Mário Andreaza. Tancredo dias antes da posse passa mal e quem assume é José Sarney, que nos levou ao caos de uma inflação que chegou a 84% ao mês. O resultado da inflação foi o Plano Cruzado e o desabastecimento total do país, com a falta de produtos de primeira necessidade como carne, leite, e muitos outros produtos de primeira necessidade. Até para se comprar gás de cozinha éramos obrigados a enfrentar filas durante horas.

Houve fechamento de empresas por serem consideradas nocivas à sociedade por não porem seus produtos à venda pelo preço tabelado, apreensão de gado nos campos, enfim uma série de medidas repressivas contra os empresários por conta da política de preços de Sarney. Mesmo assim, nossos empresários não entenderam a mensagem e anos depois viriam a dar asas a Lula.

A Constituição de 1988, essa famigerada carta esquerdista, nos trouxe de volta as eleições diretas e todas as mazelas que enfrentamos hoje por conta do excesso de direito concedidos ao povo sem a mesma imposição de deveres e obrigações para os cidadãos.

Nós que sempre flertamos com o comunismo, novamente fomos salvos pela sorte. Surge Collor de Melo. Sorte? Perguntarão, devido o caráter de Collor. É. Sorte. O surgimento de Collor livrou-nos de uma vitória de Lula ou de Leonel Brizola. Se um dos dois ganhasse, principalmente, Brizola, que era mais inteligente que Lula, o comunismo estaria implantado definitivamente aqui. Mas com a vitória de Collor o projeto foi novamente adiado. Mesmo perdendo, parafraseando Dilma, ganhamos.

O impeachement de Collor deu-nos o grande e esquecido Itamar Franco. Presidente de grande simplicidade, que nos presenteou com o Plano Real. Entretanto, como não havia reeleição, e os méritos do Plano Real transferidos para FHC, ele se elege presidente da República. E o comunismo se instala, disfarçadamente, no País.

Com o sucesso do Plano Real, fazendo acordo com o satanás e comprando votos de parlamentares, FHC aprova a reeleição e se reelege presidente da República. Antes, em 1990, juntamente com Lula e Fidel Castro, depois da derrocada do Muro de Berlim e do colapso da URSS, ele havia criado o Foro de São Paulo, entidade comunista que pretendia substituir a falta da URSS, pela criação da URSAL - União da Repúblicas Socialistas da América Latina.

Reeleito, FHC põe em prática as privatizações e trabalha para que seu sucessor seja Lula. Lula ganha a eleição em 2002, e logo que inicia seu poder cria o Mensalão. O estouro do Mensalão - mesada paga pelo governo federal a parlamentares para aprovação de projetos - foi também outro golpe de sorte do brasileiro, graças a um bandido confesso da política brasileria, mas a quem devemos imensamente nossa liberdade, veio à tona, denunciado por Roberto Jeférson. Mesmo de caráter duvidoso, devemos muito a esse homem. A intervenção do traidor FHC impede que Lula seja cassado, mas não impede a condenação de José Dirceu que fica alijado de concorrer a cargos públicos.

Como a economia estava muito bem graças as privatizações e as commodities, Lula fez muitos programas de compra de votos - os tais programas sociais - Fome Zero, Minha Casa Minha Vida, Pro isso, Pro aquilo, enfim, surfou nas ondas da economia e se reelegeu presidente.

Outra vez a sorte veio em nosso socorro. Lula indica para concorrer ao cargo de presidente a despreparada e prepotente Dilma Roussef, pois se tivesse indicado alguém mais preparado nós estaríamos inevitavelmente amargando um regime ditatorial como o da Venezuela.

A doida começou a estocar vento, louvar a mandioca e fazer outras tantas besteiras. Mesmo assim, conseguiu se reeleger, vencendo Aécio Neves, mas antes da vitória do segundo mandato, outra vez a sorte bateu em nossa porta, quando a queda de um avião tirou de cena Eduardo Campos, jovem concorrente ao cargo de presidente, que poderia não se eleger naquela eleição, mas criaria condições para no futuro ser presidente da República, e aí, repito, teríamos uma República Comunista por aqui.

Com formação comunista adquirida nos ensinamentos de seu avô, Miguel Arraes que por várias vezes fora governador de Pernambuco, e um dos muitos cassados durante a Revolução de 64, ali estava um sério candidato a ditador comunista, pois tinha mais inteligência do que o Lula e outros esquerdistas. Mesmo assim, na eleição de 2014, continuamos flertando com o comunismo e dessa vez com os mais radicais, quando o povo deu 20 milhões de votos a vice de Eduardo Campos, que assumira o lugar dele depois do desastre, Marina Silva.

Para nossa sorte, Dilma foi reeleita. E, novamente veio a sorte nos socorrer, vem à tona o escândalo da Petrobrás - a Lava Jato conduzida magistralmente pelo doutor Sérgio Moro, quando muitos bandidos do colarinho branco foram alijados de liberdade, entre eles Lula. Mas antes da prisão de Lula, Dilma foi cassada, e a impopularidade dela se transferiu para Temer, que não soube conduzir o governo, por estar envolvido também nos escândalos de corrupção que assolam o país; o quê o leva a se preocupar mais com seu mandato do que propriamente com a direção da Nação e não consegue fazer as reformas necessárias ao nosso desenvolvimento.

Os últimos acontecimentos de 2014 ajudam-nos, juntamente com o crescimento da popularidade de Bolsonaro, um militar do Exército que durante muitos anos foi deputado federal e veementemente combateu os petistas e as táticas comunistas. Considerado radical pelos radicais da esquerda, Bolsonaro foi se firmando até sofrer um ataque à faca em setembro de 2018. A impossibilidade de Lula concorrer e o atentando ao nosso valente soldado, foram levando a população, que além dos problemas com a educação e a saúde, sofre com a violência sem controle, cada vez mais para os braços do militar. Em outubro, em segundo turno a vitória de Bolsonaro se consolida, tendo como vice um general.

Nossas esperanças assim se renovaram. O povo espera que o novo presidente faça um grande governo. Combata sistematicamente a corrupção que assola nosso país de norte a sul, de leste a oeste; traga segurança e tranquilidade para a população, que hoje vive à mercê de bandidos, tanto os de colarinho branco, como os comandantes de fações de traficantes de drogas que nos dominam, metem medo na população principalmente pelas inúmeras benesses que recebem dos poderes da República. .

Nossa esperança também é para que o povo crie juízo e de uma vez por todas entenda e repila as tenazes comunistas de nossa terra, pois nosso País pode não ter, no futuro, a mesma sorte que teve até hoje quando repeliu inúmeras vezes as tentativas de tornar nossa Pátria num satélite de outros países comunistas co‎mo a China e nossos dependentes venham a ser vítimas de atrocidades como as cometidas pelos comunistas em outras sociedades.

HENRIQUE CÉSAR PINHEIRO

FORTALEZA, DEZEMBRO/2018