LULA, PT E O EFEITO BORBOLETA
Confesso que errei feio. Achei que o Lula era um político competente, embora nunca tenha concordado com a sua ideologia. Digo isso por causa da carreira que ele construiu. De mero líder sindical se tornou primeiro mandatário do país e conseguiu fazer seu sucessor na pessoa de uma mulher desconhecida e sem nenhum carisma. De quebra deixou o governo com a maior aprovação que um presidente já teve no Brasil.
Tudo levava a crer que ele se tornaria um mito, tipo Abrahan Linconl ou Nelson Mandela, cujas personalidades fizeram deles arquétipos de influência permanente na vida política de seus países. Lula enganou todo mundo. Não foi a primeira vez que o país coloca todas suas fichas num falso Messias. Já fez isso com Getúlio Vargas e Collor de Mello. Vargas se imolou covardemente no altar da pátria depois de ser envolvido numa conspiração de assessores para matar um adversário. Collor foi defenestrado por conta das mazelas do seu amigo mais íntimo. Lula acabou na cadeia por conta dos seus erros.
Ruy Castro, em matéria publicada na Folha (31-10-2018) diz queLula produziu três obras primas políticas em sua carreira: Dilma Roussef, Michel Temer e Jair Bolsonaro. Ao fazer de Dilma sua sucessora contra a vontade de todos os caciques do PT, ele achou que estava praticando um lance de maquiavelismo. Criava uma marionete que passaria quatro anos no Planalto, governando em seu nome, e ao final do quatriênio devolveria o bastão para que ele governasse mais oito. Mas Dilma gostou da fruta e resolveu ficar mais um pouco. Arrebentou o país, lançou o partido no descrédito e acabou sendo defenestrada como Collor.
Foi Lula quem colocou Temer como vice de Dilma. Dizer que ele não sabia que Temer já tinha suas mazelas no porto de Santos e outras ligações perigosas, como a que se revelou com os irmãos Batista, é atribuir-lhe uma ingenuidade que ele nunca teve. Lula pagou o preço que Temer pediu para dar suporte à sua marionete e se ferrou com isso. Diz um ditado popular que quem faz pacto com o diabo, precisa proteger o rabo. Lula não se protegeu. Segundo a metáfora do efeito borboleta, basta que uma delas bata asas na Amazônia para que um furacão nos trópicos se forme em algum momento futuro. O furacão se chama Bolsonaro. Se Lula não fizesse Dilma presidente, se Dilma não fosse traída por Temer, se Temer não fosse quem é, a maior parte do país não estaria culpando o PT por tudo de ruim que aconteceu no país. Tudo teria sido diferente então. Bolsonaro continuaria sendo um mero deputado reacionário, vomitando diatribes na tribuna da Assembleia Legislativa, sem maiores incômodos para o país. Mas agora é tarde. Lá na cela de Curitiba, resta ao Lula lamber as feridas de cão derrotado e, se tiver humildade, fazer uma “mea culpa”, coisa que os petistas não aprenderam a fazer até hoje.
Confesso que errei feio. Achei que o Lula era um político competente, embora nunca tenha concordado com a sua ideologia. Digo isso por causa da carreira que ele construiu. De mero líder sindical se tornou primeiro mandatário do país e conseguiu fazer seu sucessor na pessoa de uma mulher desconhecida e sem nenhum carisma. De quebra deixou o governo com a maior aprovação que um presidente já teve no Brasil.
Tudo levava a crer que ele se tornaria um mito, tipo Abrahan Linconl ou Nelson Mandela, cujas personalidades fizeram deles arquétipos de influência permanente na vida política de seus países. Lula enganou todo mundo. Não foi a primeira vez que o país coloca todas suas fichas num falso Messias. Já fez isso com Getúlio Vargas e Collor de Mello. Vargas se imolou covardemente no altar da pátria depois de ser envolvido numa conspiração de assessores para matar um adversário. Collor foi defenestrado por conta das mazelas do seu amigo mais íntimo. Lula acabou na cadeia por conta dos seus erros.
Ruy Castro, em matéria publicada na Folha (31-10-2018) diz queLula produziu três obras primas políticas em sua carreira: Dilma Roussef, Michel Temer e Jair Bolsonaro. Ao fazer de Dilma sua sucessora contra a vontade de todos os caciques do PT, ele achou que estava praticando um lance de maquiavelismo. Criava uma marionete que passaria quatro anos no Planalto, governando em seu nome, e ao final do quatriênio devolveria o bastão para que ele governasse mais oito. Mas Dilma gostou da fruta e resolveu ficar mais um pouco. Arrebentou o país, lançou o partido no descrédito e acabou sendo defenestrada como Collor.
Foi Lula quem colocou Temer como vice de Dilma. Dizer que ele não sabia que Temer já tinha suas mazelas no porto de Santos e outras ligações perigosas, como a que se revelou com os irmãos Batista, é atribuir-lhe uma ingenuidade que ele nunca teve. Lula pagou o preço que Temer pediu para dar suporte à sua marionete e se ferrou com isso. Diz um ditado popular que quem faz pacto com o diabo, precisa proteger o rabo. Lula não se protegeu. Segundo a metáfora do efeito borboleta, basta que uma delas bata asas na Amazônia para que um furacão nos trópicos se forme em algum momento futuro. O furacão se chama Bolsonaro. Se Lula não fizesse Dilma presidente, se Dilma não fosse traída por Temer, se Temer não fosse quem é, a maior parte do país não estaria culpando o PT por tudo de ruim que aconteceu no país. Tudo teria sido diferente então. Bolsonaro continuaria sendo um mero deputado reacionário, vomitando diatribes na tribuna da Assembleia Legislativa, sem maiores incômodos para o país. Mas agora é tarde. Lá na cela de Curitiba, resta ao Lula lamber as feridas de cão derrotado e, se tiver humildade, fazer uma “mea culpa”, coisa que os petistas não aprenderam a fazer até hoje.