ARTIGO – O que quer a Globo News – II – 15.10.2018 (PRL)
ARTIGO – O que quer a Globo News – II – 15.10.2018 (PRL)
Quando o desespero toma conta duma pessoa, seja física ou jurídica – e só acontece quando se deve alguma coisa ou mesmo temos medo de que venha a acontecer contra nós – é muito lógico e natural que a aflição, por vezes extrema, invada os nossos corações, que é sem dúvida o centro de nossos sentimentos. Em alguns casos, juntando-se o peito à mente, chegamos até mesmo a querer oferecer revide àqueles que consideramos nossos supostos agressores.
Há pouco tempo, e todo mundo se lembra, o candidato à presidência pelo PSL, Capitão Bolsonaro, que não é uma sumidade em matéria de economia, por recomendações médicas não pode comparecer a bate-papo patrocinado pela emissora em foco, tendo, todavia, concedido no mesmo horário uma entrevista à Rede Record de Televisão, que serviu, a nosso pensar, de alternativa a telespectadores que já andam descrentes das políticas retrógadas dos candidatos filiados ao Partido dos Trabalhadores, que agora prometem, com cara de pau, fazer voltar o crescimento do Brasil, certamente sob a orientação do grande cacique Luiz Inácio Lula da Silva. Mas estiveram à frente do poder nos últimos anos e quase nada fizeram nesse sentido, tendo de ser cassada a Doutora Dilma em votação maciça do Congresso Nacional.
Pois bem, a empresa líder em comunicação na América Latina, com penetração no mundo todo, ficara enciumada, porquanto a entrevista não poderia ter sido dada sem que ela, Globo, fosse notificada e/ou convidada a receber o mesmo tratamento da concorrente, passando daí em diante a reforçar sua postura amplamente contrária ao aludido militar da reserva, que nada fez para cerrar os ânimos exaltados dos que dirigem e militam no quadro funcional dela. Houve erro, claro que sim, mas não fora o candidato o causador de coisa alguma, porquanto não podendo estar presente ao programa da Globo, que implicava em deslocamentos e estresse, matérias amplamente proibidas pela equipe médica que o assiste.
Esse posicionamento de que a Globo tem de participar de tudo, de ser a primeira a dar as notícias, os furos de reportagens, nos deixa intranquilos, porque não é nada mais do que uma espécie de controle dos meios de comunicação e, por conseguinte, do que os brasileiros devem ver e ouvir. Ora, teria ela convidado o Bolsonaro a também lhe conceder o mesmo tempo para entrevista isolada e pessoal em sua residência? Pensamos que não se mostrara disposta a se “rebaixar” a tal ponto, pois é evidente que o candidato não perderia a chance de aparecer na telinha mais famosa do país. O que resta disso é tão somente o ciúme de um futuro crescimento da concorrência, que a Record passe a ganhar os privilégios que a emissora dos Marinho recebera desde os áureos tempos da Revolução de 1964, que fora apoiada pelo grande chefe da família.
Entendemos nós, respeitando-se o direito de todos e de cada um, que por detrás de privilégios sempre poderão ocorrer procedimentos não republicanos, seja por parte da fonte ou mesmo por conta do beneficiário, porque não é raro, mormente nos casos de jornalismo confundir-se com vazamentos, que jamais seriam gratuitos. Aquela “lei da vantagem”, que proclamam ser de autoria do grande jogador Gérson, da seleção canarinha, sempre existiu e continuará em funcionando em todo o mundo. Não é monopólio dos brasileiros.
Pois bem. Ultimamente o grupo Globo tem tido tendência clara e decisiva em prol do Doutor Haddad, merecendo a atenção das autoridades, que nem estão aí para esse negócio de cumprir as leis. Será que é honesto levar-se para entrevistas apenas pessoas (algumas até desconhecidas dos mundos sócio-político-econômico-financeiro) contrárias à vitória do candidato que está à frente das pesquisas?! Não teria tal candidato o direito de resposta igual ao tempo consumido nessas salas que consideramos como bate-papo? Não sabemos, mas certamente o TSE poderia ser consultado, porquanto programa eleitoral tem tempo e horário determinado pela justiça.
Algum desavisado poderá dizer: Mas o tribunal só funciona se provocado, se peticionado! Concordamos, mas existe um lúcido dispositivo de lei que é bastante claro e lógico quando diz que qualquer do povo tem poder e obrigação de iniciar um debate ou mesmo uma ação para corrigir desvio e descumprimentos de normas legais. O que nos parece é que isso dá trabalho e não há interesse que as coisas transcorram normalmente. Talvez prefiram não ter aparelhos de televisão em suas casas ou não se considerem “qualquer do povo”.
No programa Perfil de ontem à noite, que foi comandado pela grande jornalista Renata Lo Prete, havia três gatos pingados na mesa de discussão, entretanto todos contrários ao Bolsonaro. Como apreciamos que os direitos possam ser iguais, mudamos de canal em poucos minutos, pois não suportamos contaminação, ainda mais por gente que até prova em contrário é desconhecida do público.
Estamos na suposição de que essa empresa está julgando seja sustentada pelos eleitores de Doutor Haddad quando, na realidade, é o povo de maior renda, aquele que desembolsa R$ 500,00 por mês como assinatura, totalizando R$ 6.000,00 (Seis mil reais por ano), para assistir muita besteira e uma gama de repetição de filmes nacionais até de produção própria e estrangeiros. Outra coisa, no SPORTV, por exemplo, não disponibilizam todos os eventos transmitidos. O assinante tem de adquirir, por fora do pacote diversos programa, tais como COMBATE, Campeonato Brasileiro, Big Brother e outros. Raramente nos oferece uma colher de chá. Afora isso ainda temos de suportar seus comerciais. Já pensamos até em sugerir que a nossa ideia de cancelar a assinatura seja seguida por outras pessoas que gostem de jogar dinheiro fora.
Grande abraço.