ARTIGO – Debate/Entrevista – 09.10.2018 (PRL)
 
ARTIGO – Debate/Entrevista – 09.10.2018 (PRL)
 
Depois de passada a fase do primeiro turno das nossas eleições presidenciais, logo ao início da divulgação dos subtotais de votos adquiridos pelos candidatos, a plêiade de comentaristas de primeiro mundo da Rede Globo de Televisão – Canal 540 da NET – começou a torcer, digamos assim, no sentido de que o Bolsonaro não saísse vitorioso com mais de 50% dos votos válidos, porquanto não teriam mais graça quaisquer reportagem e entrevistas posteriores ao evento.

Essa agonia foi sendo reduzida na medida em que eram divulgadas as votações do nordeste, região amplamente subalterna na política nacional, mormente ao Partido dos Trabalhadores, em face do único benefício que o Lula concedeu ao povo mais pobre (a Bolsa Família, que tem um valor insignificante), copiando o que já houvera sido dado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do falecido PSDB, um lorde na sociedade brasileira. E foi dissipada totalmente quando chegou a um ponto em que era impraticável abiscoitar a presidência já na primeira fase da eleição, sendo alívio geral.

Merece destaque, porém, a insistência de alguns sabichões, que faturam os olhos da cara o nosso dinheiro e acham ser fácil ocupar uma tribuna de penetração quase que monopolista nos lares brasileiros e mudar a cabeça de todo e qualquer cidadão. É bom frisar que o PT chegou a ter quase 100% dos votos nordestinos, depois diminuiu pra 80% e agora já perdeu cerca de 30%, o que ressaltemos é uma grande vitória dos que lhe fazem oposição, mas o velho cabresto ainda funciona. Aqui um exemplo clássico: O que foi que o Eduardo Campos, ex-governador do estado, morto num acidente (?) aéreo em Santos (SP), fez de tão especial que seus parentes e seguidores ganham tantas eleições quantas disputem? Um de seus filhos, o João Campos, de apenas 24 anos, acaba de ser eleito o deputado federal mais votado com quase 500 mil votos, elegendo com ele outros deputados na legenda. Ganhou sem sequer fazer força, abrir a boca em comícios e na televisão, pois aparecia apenas sua foto e um locutor falando por ele. Todavia é um direito seu numa democracia.

E essa gente já deveria ter sido alertada pelo Bolsonaro no sentido de que não responderá a perguntas já amplamente discutidas ao longo da campanha, como por exemplo: extinção do 13º salário; recriação da CPMF; salário igual para as mulheres que executam os mesmos serviços dos homens; teto do imposto de renda; racismo e ideologia de gênero, Sugerimos, daqui de nossa insignificância, as seguintes alternativas: a) não comparecimento ao debate (bate-papo) da emissora Globo, que será o último desta fase (ela sempre encerra todas às vezes esse ciclo de entrevistas e discussões), e se o fizer falar em todas as ocasiões a mesma coisa, ou seja, repetir que nada do que estão falando será objeto de medidas do seu governo. Ora, se o Lula tem direito de ficar calado em Juízo ou responder com supostas mentiras, claro que ele também poderia fazê-lo; b) indagar em todas as situações o que o seu adversário tem a dizer com a cúpula do PT recolhida presa por corrupção, lavagem de dinheiro, etc.; c) informações de quanto o PT gastou em campanha no primeiro turno, computando-se o fundo oficial e doações diversas. Isso bastaria para minar as palavras do doutor Haddad.

Há também um grande jornalista na REDETV, cujo blog era por mim frequentado, por que muito bom, que de repente passou a criticar tudo de Bolsonaro e sua gente, seu candidato à vice, General Mourão, que nunca foi político, eis que passou sua vida servindo à pátria, portanto ainda sem o necessário traquejo para lidar com jornalistas, especialmente com os que mamam indiretamente nas tetas dos governos. Claro que falara algumas impropriedades, mas nenhuma delas, salvo o combate à corrupção pode ser levada em consideração. Também mandar conversar com os dirigentes desse canal alertando para esse fato, inclusive da possibilidade de não se fazer presente em seus debates. Jornalista não pode fazer campanha nem pra ajudar nem pra derrubar a ninguém.
 
Nosso abraço.
 
Ansilgus
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 09/10/2018
Reeditado em 10/10/2018
Código do texto: T6471380
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