ARTIGO – Eleições – Primeiro turno – 07.10.2018 (PRL)
 
ARTIGO – Eleições – Primeiro turno – 07.10.2018 (PRL)
 
Encerrada a votação do primeiro turno das eleições brasileiras, no dia de hoje, cujos resultados em certas regiões chegaram a surpreender até mesmo políticos de larga tradição, podemos dizer que tudo transcorreu num clima plenamente aceitável, inobstante aquela guerra que se fazia nos bastidores entre as novas propostas e a tradicional oposição pregada pelo Partido dos Trabalhadores – na verdade pelo Lula, que mesmo preso em regime de burguês distribui todas as cartas para os seus aliados e seguidores.

Entendemos que para os brasileiros e para o mundo político isso não deixa de ser vergonhoso, mostrando, por outro lado, que não se formaram novas lideranças no decorrer de tanto tempo, mas que é inegável essa do ex-presidente, especialmente no nordeste, justamente onde nada fez para melhorar a vida do seu povo sofrido, salvo essa famigerada “bolsa família”, que é uma simples e ínfima esmola, porquanto ninguém pode ganhar menos de um salário-mínimo por mês, conforme a nossa Constituição.

Neste nosso país já se tornou costume se combater o resultado e não a causa da pobreza, do baixíssimo nível de vida que toma conta da população mais carente, pois é muito mais fácil conceder um “cala boca” qualquer do que criar empregos e/ou fortalecer os existentes, mesmo em se tratando de mão de obra não qualificada. Quem não se lembra do “é dando que se recebe”, até propagado pela religião?! Não deixa de ser uma espécie de “voto de cabresto”, que era tão criticado nos tempos do velho coronelismo.

Claro que há notícias de muitas falhas, em face das urnas eletrônicas por esse país a fora. A minha mulher, por exemplo, quando foi votar em presidente (confessamos não pressionar ninguém da família) ocorreu um fato inédito, qual seja ao clicar no número 1 a urna expediu de imediato um aviso de votação encerrada, final e pronto. Por coincidência, o mesário de serviço nos disse que aquilo também ocorrera com ele. Ficamos abismados, aguardando qualquer providência, todavia nada feito. Não consideramos reclamar ou fazer boletim de ocorrência, pois seria o mesmo que dar murro em ponta de faca.

A grande decepção de muita gente foi esse negócio de segundo turno, uma vez que havia certa tranquilidade como que se o Capitão Jair Bolsonaro vencesse o pleito já na primeira fase e com larga margem de votos, isso que se deduzia dos movimentos de rua por todo o país, até mesmo em redutos plenamente petistas. Bom relembrar que quem morre de véspera é peru, assim como não se deve contar com o ovo no redondo da galinha. Nós já havíamos falado dias antes que esse negócio do “já ganhou” era perigoso e poderia mesmo atrapalhar.

Quando ouvimos a notícia de que a contagem em Pernambuco e em São Paulo iria atrasar, como realmente ocorreu, de logo ficamos com uma pulga na orelha com uma voz dizendo bem longe que teríamos segundo turno. Mero palpite de quem não tem compromisso com nenhum candidato, mas não deseja ver o país continuar mergulhado nesse mar de lama da pior qualidade. A justiça eleitoral sempre deixa os cidadãos em profundo suspense em épocas iguais a essa.

Não podemos afirmar que houve fraude. Não dispomos de elementos que nos possibilite navegar por esse caminho. Pensamos que o Bolsonaro, que estava praticamente eleito, começou a cair após o recebimento desses apoios de última hora, não de igrejas, mas de “bancadas disso, daquilo e daquilo outro”, porque aí fica todo mundo no mesmo saco e não se podem separar as diferenças pregadas ao longo da campanha, eis que o povo deseja e quer mesmo algo novo que nos tire desse marasmo, dessa sujeição do bem ao mal.

Restam as chances do segundo turno, que ocorrerá no próximo dia 28, quando não mais se terá desculpa para o expressivo número de abstenções registrado no dia de hoje.

Ansilgus
 
ansilgus
Enviado por ansilgus em 08/10/2018
Reeditado em 03/10/2019
Código do texto: T6470647
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