Um “conservante” que é bom!
(Igreja, política, conservador, progressista, direções opostas, Papas)
Parece que um “tsunami” assolou a política do nosso Brasil. Contudo isso não é verdade! Também nos parece que na Igreja muitas pessoas estão enveredando para o ‘conservadorismo’, realidade que também não é tão verdadeiro assim. O problema é que o ‘progressismo’ não cumpriu a sua parte, outra máxima que não corresponde a toda realidade. Numa ‘verdade’ vista apenas segundo uma ótica mais despretensiosa da liberdade do homem, presente no coração deste, percebe-se tudo faz parte de uma dinâmica que pode ser muito favorável ao crescimento da humanidade de cada homem ou mulher em busca de uma liderança seja qual for o seu seguimento, político, religioso, social, e seja qual for a direção que se está seguindo.
O poder é uma situação muito... muito favorável para a realização do bem! Mas parece que, quem detém o poder por muito tempo, ele pode corrompê-lo. A transitoriedade parece um mal em si, mas para o ser humano com sua diversidade, pode ser um bem! Quando um dos lados não corresponde com o que é, o fracasso é um novo começo para colocar os “pontos nos ís” e voltar às origens. Quem tinha poder e perdeu, pode agora com humildade reconhecer que o que fez não foi do agrado de quem era o representante; quem ganhou tem a oportunidade de fazer diferente, caso contrário vai voltar a perder. Quem deixou de ser humilde e verdadeiro por uma circunstância em que o poder talvez, -- digo, “talvez” – exigisse um ‘toma-lá-dá-cá’ certamente espúrio, vai ter que reavaliar suas posições. Quem ganhou, aprenda com os que perderam e tenham a oportunidade de fazer diferente. A conservação da “alternância de poder” era comemorado como um baluarte progressista e esquerdista, o que aconteceu quem defendia isso? Na real ‘realidade’ nua e crua, ninguém quer sair do poder. O único até agora que demonstrou isso como um exercício de completa abnegação a si mesmo tendo em vista um bem muito maior do que o que poderia fazer foi o Papa Bento XVI – tido como conservador, mas que realizou a atitude mais progressista que existe quando abdicou do “poder” temporal. E o Papa Francisco – tido como progressista, mas que conserva muito bem as primeiras expressões da Igreja primitiva – segue igual caminho. Mesmo sendo duas personalidades muito diferentes, carregam a CRUZ de Cristo em seus ombros e coração.
Nosso povo está mostrando que não é partidário de um conservadorismo, que como tal, significaria não estar aberto ao novo, às mudanças estruturais devidas. Mostramos que queremos CONSERVAR o que é bom, jogar no lixo o que não presta e tentar mudar sempre que for preciso para que um dia tudo possa melhorar. Os supostos “progressistas” perderam porque não cumpriram seu papel em serem “progressistas”, criaram um conservadorismo que eles mesmo combatiam. Precisamos de mudanças quando uma suposta estabilidade não atende mais o anseio do povo de Deus, seja para que lado for. A igreja conhece muito bem essa dinâmica e só não entendem quem não quer ou não reconhece a ciclicidade da história a qual exige sempre rupturas. Elas não deviam existir, mas existem! E SÓ, SOMENTE A CRUZ é que permanece incólume sobre o mundo, enquanto ele gira. Que Deus esteja acima de tudo e todos, mesmo que quem usa o seu nome em vão, não seja um de seus filhos prediletos.