ELE NUNCA!

Cada um é dono do seu voto, ato individual e solitário. E os eleitores têm valor igual, todos importantes na mesma medida para decidir quem governará nosso país nos próximos quatro anos (ou menos, nunca se sabe).

Cada eleitor tem seus critérios para fazer sua escolha. E alguns estudam, investigam, leem fontes e mais fontes para se certificar da confiabilidade das "notícias". Principalmente porque o clima, há algum tempo, é de vulnerabilidade. Somos vítimas! Muitas vezes manipuláveis. Nossos ouvidos se entregam ao discurso fantástico, aquele das promessas que renovam a esperança, que nos fazem vislumbrar a solução para os nossos problemas, nesse momento de desencanto.

O discurso moldado de um país sem crime, sem violência, sem corrupção, é o que todos queremos, obviamente! Mas é preciso estar atento, olho vivo, e desconfiar da "perfeição".

O que sabemos sobre direitos humanos? Sabemos a diferença entre ensinar sexo e ensinar sobre sexualidade? E quanto à situação atual dos indígenas no país, até onde conhecemos a verdadeira história? E sobre as mortes por aí, algumas resultado da ação de "homens de bem" armados? Sabemos sobre a pedagogia de Paulo Freire, patrono da educação brasileira? Conhecemos o estatuto da criança e do adolescente? Estamos cientes do risco de perdermos direitos trabalhistas conquistados com tanto esforço? E o que sabemos dos direitos da mulher no âmbito laboral? O que entendemos sobre ditadura? E intervenção militar? E esquerda, direita, extrema-direita, etc.?

Gente, é coisa demais para darmos conta! Entendem? Por isso, o discurso que promete acabar com o cabaré que o Brasil se tornou é aceitável como o mais coerente, o melhor, o mais adequado... é sedutor.

Desconfiemos do que parece perfeito! Vamos pensar! Vamos medir... não é simples a escolha de um presidente, claro que não! Mas tocar fogo no cabaré em chamas não vai resolver nada. Absolutamente.

Maria Celça
Enviado por Maria Celça em 30/09/2018
Reeditado em 30/09/2018
Código do texto: T6464231
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