LULA E SUAS MANOBRAS "KEYNESIANISTAS".

Há 15 anos, o Brasil vinha de uma reformulação da moeda econômica com o surgimento do Real, moeda essa que estabilizou o mercado, garantiu confiança internacional, afastou a inflação galopante dos anos anteriores, e deu poder de compra aos brasileiros. Fernando Henrique Cardoso, então presidente e criador da moeda Real, estabeleceu metas baseadas no tripé macroeconômico de uma politica abertura liberal. Foi neste cenário pronto e preparado em palanque econômico que Lula entrou na presidência.

Além disso, o mundo estava em crescimento, com maior demanda por matérias primas, ajudando o Brasil a exportar mais, ou seja, havia um cenário internacional favorável a expansão econômica brasileira, e o presidente eleito em 2003, Luiz Inácio Lula da Silva estava com a "faca e o queijo" para oportunizar e potencializar este crescimento se deixasse sua politica socialista de lado e desse uma continuidade das políticas liberais do governo FHC. E foi exatamente o que ele fez sabiamente.

Em 2003 a gente tinha uma economia global em crescimento, mas o mercado ficou temeroso se o PT praticaria suas diretrizes socialistas, “reestatizando” as empresas ou se dava continuidade a um plano econômico liberal que FHC tinha iniciado. Lula decidiu certo e negou sua própria ideologia partidária ao da continuidade econômica, este ato fez com que o presidente ficasse conhecido como “Lulinha Paz e Amor”.

“Agora, o quadro mudou, e os investidores estão migrando para o dólar” — diz Silvio Paixão, professor de macroeconômica da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis (Fipecafi). Aproveitando das conquistas da estabilização da moeda e a diminuição da inflação, e privatizações, Lula em seus primeiros anos pareceu mais com um político liberal do que com um socialista.

Além destas diretrizes elencadas acima, Lula também praticou o chamado keynesianismo, uma intervenção Estatal onde o governo injeta dinheiro direto na economia, dando a falsa sensação de poder aquisitivo ao povo, foi nesta época que o pobre teve a oportunidade de comprar carro e outros produtos.

O governo toma dinheiro do setor produtivo e gasta com o suposto intuito de gerar bens públicos. Do ponto de vista keynesiano, este sistema é benéfico para a economia, pois, segundo tal escola de pensamento econômico, o gasto do governo estimula a demanda e isso gera crescimento econômico por meio do famoso "multiplicador keynesiano". O problema é que a teoria keynesiana comete um erro grotesco, confundindo ação com reação.

O que vem primeiro: o consumo ou a produção? Como todos nós sabemos, para algo ser consumido, ele primeiramente tem de ser produzido. Não há como inverter essa relação. Se o governo injeta dinheiro na economia ele comete o erro de colocar a reação antes da ação, a ação seria a produtividade social e a reação os benefícios econômicos mediante a produtividade,. Resultado final, a economia fica dependente do dinheiro publico direto, o que aumenta a divida da união e inadimplência do pagamento publico.

Entretanto, o keynesianismo é uma medida paliativa para a aplicação econômica, pois logo depois o mercado sente a necessidade e mais dinheiro, e assim inicia-se um circulo vicioso gerando com isso mais tarde déficit no funcionalismo publico e inflação. Um efeito colateral que veio com correção monetária no governo Dilma.

Resumindo, se Lula tivesse praticado o modelo ideológico de economia socialista nesta época, inchando imediatamente o Estado e praticando políticas assistencialistas desregrada, o Brasil teria entrado em falência semelhante a Venezuela, pois também estaria indo contra o mercado internacional.

Ao aceitar e manter a abertura de mercado, preservando as privatizações feitas por Fernando H. Cardoso, aderindo também a uma intervenção (que em tese seria momentânea) do Estado na economia através do keynesianismo, Lula trouxe ao Brasil um dos períodos mais prósperos já experimentados pelos brasileiros, porém os resultados colaterais só seriam sentidos nos anos posteriores.

Esta é a razão cabal do sucesso do governo Lula nos primeiros anos de governo, ele praticou o chamado "Liberalismo de mercado", indo contra a cartilha socialista. Entretanto, a coisa começou a ir de agua a baixo quando no governo Dilma foi elaborada uma série medidas erradas.

Os dois primeiros anos do governo Dilma (2011 e 2012), que abarca o primeiro semestre de 2011, as políticas monetária e fiscal tiveram um caráter restritivo, no intuito de arrefecer a atividade econômica e, assim, conter a aceleração inflacionária observada naquele momento; cometendo o crime de responsabilidade por sua equipe econômica não ter repassado dinheiro dos cofres federais aos bancos públicos, e por ter mascarado essas dívidas no balanço do governo.

O déficit chegou a 60 bilhões de reais. Especialistas alegam que, por conta dessa “contabilidade criativa”, o governo turbinou a crise econômica do país. Além disso, a política de controlar os preços de itens como gasolina e energia elétrica antes das eleições de 2014 forçaram o governo a anunciar altas sucessivas desde o início de 2015, o que faz os índices de inflação ficarem muito acima da meta estabelecida pelo Banco Central – e corrói ainda mais o poder de compra dos brasileiros.

Em resumo, ao começar a praticar as políticas socialistas de inchaço do governo, Dilma acabou com a prosperidade brasileira que já via se estagnando nos últimos mandatos do governo Lula, o inchaço do Estado foi evidente pela criação de 35 novas Estatais do Governo, levando a praticar uma economia que levou o Brasil ao caos.

Texto: Everilson

Lililson e https://exame.abril.com.br/economia/2015-o-2003-que-virou-1999-ou-os-anos-80/
Enviado por Lililson em 28/09/2018
Reeditado em 01/07/2019
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