O PESO DO NOME

De modo geral, o que leva alguém a começar a ler um texto público é o nome que seu autor lhe confere. Um nome forte é argumento bastante persuasivo para a leitura. Não obstante, pode ocorrer de o conteúdo não justificar o título; como também pode de o superar em muito. Isso se aplica, via-de-regra, a artigos de opinião.

Neste contexto, hoje, o nome de um artigo publicado neste mesmo site chamou minha atenção. O nome em questão não era exatamente forte, mas acusador, o que lhe conferia um peso significativo: ELEITORES DE BOLSONARO COLOCARÃO O PT NO PODER Votar em Bolsonaro não é exercer o voto útil é fortalecer a chance do PT voltar ao poder. [grifo meu; cópia fiel – Ctrl C/Ctrl V], de Marcela Re Ribeiro. Jornalista e escritora, segundo se anuncia no site.

Esclarecimento prévio:

O que escrevo é meio incisivo, mas é crítica. Faço-o para substituir o comentário que eu escrevera no rodapé e que não fora publicado. O site avisava que era necessário autorização do autor. Ou seja: se o comentário agradasse, publicar-se-ia; caso não, não. Não agradou, até agora.

Em relação à crítica:

Primeiramente, sempre tive em boa compreensão que aquele ou aquela que escreve para o público com a finalidade de criticar, formar opinião etecétera, deve estar preparado para receber críticas (críticas, não ofensas); se assim não for, não se meta.

Depois, com relação à linguagem: apenas no título e em sua extensão, a autora, que é jornalista e escritora, segundo o registrado no site, em duas ocasiões, fere gravemente a linguagem, algo que não pode ser comum; não, em se tratando de jornalistas e escritores.

Prosseguindo, talvez eu nem seja eleitor do Bolsonaro; mas, na hipótese de que o fosse, sentir-me-ia ofendido por estar sendo acusado de algo que pode não ser verdadeiro; e meu voto, acusado de ser “útil”, juntamente com todos os dos que votam a favor do Bolsonaro. E o Brasil inteiro sabe que são muito milhões; provavelmente, muito mais do que as pesquisas indicam.

Concluindo: Eu lera com atenção o artigo da moça. A premissa do “peso do nome” se fez confirmar, mas trouxe consigo sua grosseria e seu menosprezo pela inteligência alheia. Desanimador para quem, nas entrelinhas, quer se mostrar informada, politizada.

José Izidro Manoel

Cuiabá-MT