Como o discurso contra Bolsonaro (#elenao) ajuda a promovê-lo?
Tempo de leitura estimado: 1 a 2 minutos.
O que você resiste, persiste – esta é umas das célebres citações atribuídas ao psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung que, entre outras contribuições, fundou a psicologia analítica. Embora o contexto das ideias de Jung estejam distantes de um debate político, esse conceito revela uma face muito interessante da publicidade que, no atual momento, se percebe na repercussão dos discursos contra Bolsonaro.
Infelizmente, seja na internet ou em qualquer outro tipo de mídia, as pessoas ainda não entenderam uma realidade escancarada: fale bem ou mal de uma pessoa, você está promovendo-a! O sucesso da campanha do polêmico candidato do PSL é um ótimo exemplo disso e seus apoiadores, diferente dos seus opositores, aparentemente já entenderam isso há muito tempo.
Não é preciso vasculhar muitos blogs, perfis, canais e páginas em redes sociais para perceber que boa parte do conteúdo publicado tem como principal objetivo provocar quem repudia as propostas radicais do candidato à presidência da república. Basta um curto texto ou tweet para que os "militantes contra Bolsonaro" disparem centenas de contra-ataques enérgicos.
E como na internet os conteúdos provocativos são replicados e compartilhados a uma velocidade surpreendente, em poucos meses o que se percebe é uma pulverização generalizada justamente das ideias de Bolsonaro, o grande alvo das críticas.
Textos, notícias e programas eleitorais muito mais focados nas falhas e inconsistências dos rivais do que em claras propostas de melhoria para o país deixam claro o quanto o debate político brasileiro ainda veste fraudas. Amordaçamos o diálogo e rebaixamos as eleições para uma guerra de discursos comprados.
Cada texto, cada palavra e cada minuto que você dedica do seu dia criticando ou atacando algo ou alguém, é um texto, uma palavra e um minuto perdido que poderia ser usado para compartilhar e promover pessoas e ideias que você realmente aprova e admira.
Ao invés da oposição se esforçar em expor ideias melhores para tentar abafar os discursos dos demais candidatos, ela dedica parte do seu precioso tempo estimulando cada vez mais indignação, medo e rancor entre os críticos.
E agora que boa parte do eleitorado está confusa sobre quem votar nessas eleições, uma massa gigantesca de conteúdo "bolsonarista" os espera para arrastá-los para dentro dessa onda de indignação que, entre tantos feitos, apenas ajudou o polêmico candidato “linha dura” a alçar voos mais altos.
Nenhuma informação realmente relevante é compartilhada a não ser os velhos discursos provocativos e seus contra-ataques (como no caso das manifestações contra Bolsonaro e a hashtag #elenao).
Certamente muitos relacionamentos, amizades e parentescos estão sendo abalados por essa insana disputa eleitoral. Mas será que vale à pena? Será mesmo que o discurso de um político é sua melhor referência?
Tempo de leitura estimado: 1 a 2 minutos.
O que você resiste, persiste – esta é umas das célebres citações atribuídas ao psiquiatra e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung que, entre outras contribuições, fundou a psicologia analítica. Embora o contexto das ideias de Jung estejam distantes de um debate político, esse conceito revela uma face muito interessante da publicidade que, no atual momento, se percebe na repercussão dos discursos contra Bolsonaro.
Infelizmente, seja na internet ou em qualquer outro tipo de mídia, as pessoas ainda não entenderam uma realidade escancarada: fale bem ou mal de uma pessoa, você está promovendo-a! O sucesso da campanha do polêmico candidato do PSL é um ótimo exemplo disso e seus apoiadores, diferente dos seus opositores, aparentemente já entenderam isso há muito tempo.
Não é preciso vasculhar muitos blogs, perfis, canais e páginas em redes sociais para perceber que boa parte do conteúdo publicado tem como principal objetivo provocar quem repudia as propostas radicais do candidato à presidência da república. Basta um curto texto ou tweet para que os "militantes contra Bolsonaro" disparem centenas de contra-ataques enérgicos.
E como na internet os conteúdos provocativos são replicados e compartilhados a uma velocidade surpreendente, em poucos meses o que se percebe é uma pulverização generalizada justamente das ideias de Bolsonaro, o grande alvo das críticas.
Textos, notícias e programas eleitorais muito mais focados nas falhas e inconsistências dos rivais do que em claras propostas de melhoria para o país deixam claro o quanto o debate político brasileiro ainda veste fraudas. Amordaçamos o diálogo e rebaixamos as eleições para uma guerra de discursos comprados.
Cada texto, cada palavra e cada minuto que você dedica do seu dia criticando ou atacando algo ou alguém, é um texto, uma palavra e um minuto perdido que poderia ser usado para compartilhar e promover pessoas e ideias que você realmente aprova e admira.
Ao invés da oposição se esforçar em expor ideias melhores para tentar abafar os discursos dos demais candidatos, ela dedica parte do seu precioso tempo estimulando cada vez mais indignação, medo e rancor entre os críticos.
E agora que boa parte do eleitorado está confusa sobre quem votar nessas eleições, uma massa gigantesca de conteúdo "bolsonarista" os espera para arrastá-los para dentro dessa onda de indignação que, entre tantos feitos, apenas ajudou o polêmico candidato “linha dura” a alçar voos mais altos.
Nenhuma informação realmente relevante é compartilhada a não ser os velhos discursos provocativos e seus contra-ataques (como no caso das manifestações contra Bolsonaro e a hashtag #elenao).
Certamente muitos relacionamentos, amizades e parentescos estão sendo abalados por essa insana disputa eleitoral. Mas será que vale à pena? Será mesmo que o discurso de um político é sua melhor referência?