É BOM GANHAR DINHEIRO INFORMALMENTE?
É óbvio que não!
Qualquer pessoa, no mínimo informada, sabe que “ganhar dinheiro” de forma honesta, precisa ser na mais ampla acepção da palavra, ou seja, com o prestígio legal por parte do Estado. Portanto, seja o emprego como assalariado, seja como empreendedor, seja como empresário, o Estado precisa lhe enxergar como sendo parte dos seus planos de crescimento, e nunca como plataforma de receber votos!
Com a chegada de qualquer crise financeira, quem se vê diante de penúria, ou até mesmo do risco dela, busca meios de manter-se ativo no mercado; e a visão míope ou apropriada, depende do quão preparado o cidadão encontra-se.
Se o sujeito está preparado para enxergar oportunidades, e consegue se inserir num rol ainda pequeno de gente que dispõe de recursos, crédito e/ou assessoria, ele automaticamente está preenchendo uma das inúmeras vagas no trem que leva ao sucesso. Mas se o sujeito é pego desprevenido, e não tem a menor capacidade de estruturação, seja para se recolocar em uma vaga de emprego, seja para elaborar um plano empresarial ou ainda produzir renda através de empreendedorismo de pequena monta, restara-lhe três saídas: 1) viver em condições franciscanas; 2) cometer suicídio; ou 3) partir para a informalidade.
Abrir uma empresa no Brasil é caro, demorado, ridicularmente burocrático e não aduz ninguém ao seleto mundo dos empresários, porque ter um CNPJ e um rolo de papel higiênico, muitas vezes tem a mesma serventia.
O começo é sempre o mesmo, busca-se um profissional de contabilidade, que raramente tem o devido preparo para orientar. Depois de pronta uma papelada, entra os outros abutres, todos vinculados ao Estado e o pior deles: a JUNTA COMERCIAL! Um lugar que se assemelha ao inferno, dissimulado de céu, cheio de “bichos-preguiças” assessores do purgatório. A Junta Comercial é o cartório que promete dar vida a uma empresa, mas que tem em seu corpo, literalmente, gente doutrinada a mata-la antes do nascimento...
Então, qual o caminho para essas pessoas que precisam driblar a crise?
Para qualquer atividade mercantil, exige-se no mínimo “planejamento”; e se o Estado não lhe fornece a ferramenta para se planejar e enxergar o futuro do seu negócio cabe a você próprio faze-lo; e ficar alerta sempre, porque o Estado atualmente não está nem aí para o seu sucesso. Ele quer o seu dinheiro e ponto final!
Uma das coisas mais comuns em tempos de crise é ver pessoas abrindo pequenos negócios com “comida”, ou “estética”. Qualquer pessoa que acredite saber cozinhar vê-se apta a produzir comida para os outros; de igual forma, qualquer pessoa que tenha aptidão e um espaço em casa, enxerga uma oportunidade de deixar as outras pessoas mais belas, seja com um salão, seja com um micro negócio de estética.
O que poucas pessoas buscam são informações básicas de como esse ou aquele negócio DEVEM funcionar, e entender se o seu público alvo, também não está debilitado com a mesma crise implantada.
Já o Estado, medíocre e inábil, ao invés de patrocinar uma espécie de “selo de qualidade” para esses que ele chama de “micros empreendedores individuais”, resume-se em divulgar cartilhas baldias através de entidades duvidosas. O Famoso MEI, na verdade, foi criado para ser mais uma oportunidade do Estado arrecadar dinheiro. O Estado, além de inábil e completamente burro, porque se ajudasse o MEI a nascer e crescer, mesmo que dentro do seu limite, arrecadaria mais!
Já imaginou uma divisão séria de capacitação e fiscalização de assuntos sanitários para esses micros empreendedores do ramo alimentício? Já imaginou o carrinho de cachorro quente em que um selo de qualidade e fiscalização sanitária, tivesse a credibilidade de passar para o consumidor a segurança do consumo?
Quantos salões de beleza, clínicas de estética, cozinhas caseiras, que não sabem como manipular de forma correta os seus insumos? Pesquisa recente aponta 1 milhão de salões de beleza em atividade, e 500 mil pessoas vendendo quentinhas na rua. Quantas dessas pessoas recebem algum tipo de apoio do Estado? E quantas delas trabalham atendendo aos requisitos básicos de higiene e segurança?
Dificilmente o Brasil retornará aos tempos em que acreditávamos serem de bonanças! Essa crise serviu para nos provar que a cadeia produtiva, aquela que é gerida pelos mais ricos, poderá sim voltar a acreditar numa política pública capaz produzir oportunidades de geração de renda a todos, mas ao sinal do menor “espirro” do Estado, eles voltarão a estancar os investimentos e forçarão as demissões, portanto; esse novíssimo brasileiro empreendedor deve ficar atento aos sinais. Precisam investir em qualidade de seus produtos, e se unirem para adotarem uma linguagem única de aferição dos requisitos exigidos para suas categorias de negócios.
Para mim os restaurantes de luxo jamais deixarão de existir, mas os grandes restaurantes que sempre serviram “gororobas gordurosas” tiveram que demitir, e seus funcionários fundaram seus “tele marmitas” que serão seus concorrentes! A máquina privada foi enxugada, medida que deveria ser executada pelo Governo, e todos esses excedentes poderão ser bons parceiros para negócios futuros.
Ainda na ênfase do ramo de alimentos, imagine quantos carteiros e garis almoçam todos os dias fora de casa! Se o Estado acreditasse nesses empreendedores, não poderia firmar contratos de fornecimento com vários, para atender as necessidades de seus funcionários? Somente numa jogada dessas, eu enxergo melhor distribuição de renda, economia para o Estado, satisfação popular, aumento da arrecadação de impostos, e fortalecimento da economia local.
E nos salões de beleza, os instrumentos de contato com a pele são esterilizados? Toalhas, capas, pentes e escovas são higienizados de forma correta? Há algum plano que trate de emergência médica em caso de haver necessidade fortuita? Materiais cortantes são descartados de modo adequado
O Estado precisa “querer” e o povo precisa “exigir”; e enquanto houver a perpetuação da política do faz de contas, nada irá melhorar!
Minha sugestão é de IMEDIATAMENTE haver empenho para a criação de SELO DE QUALIDADE para todas as áreas que envolvam o Micro Empreendedor Individual, exigindo que cada um deles trabalhe no mínimo de forma adequada; para que o restante da população passe a confiar e explorar mais desse novo mercado sem medo. Ganha o Estado, ganha a sociedade, cresce o Brasil, mas se entrar a velha politicagem, então, ficará pior do que já está!
A informalidade precisa ser extinta no Brasil. Ambulantes, cozinheiros, manicures, lavadores de veículos, advogados, prostitutas, maridos de aluguel, cuidadores de pessoas, ou qualquer outra classe, precisa ser vista como é o gari, o bancário, o servidor público, o petroleiro, o frentista ou o comerciário; casos em contrário não serão nunca iguais perante a Lei!
Vaga e serviço há aos montes! O que não há é QUALIFICAÇÃO e segurança jurídica para contratar ou empreender!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires
É óbvio que não!
Qualquer pessoa, no mínimo informada, sabe que “ganhar dinheiro” de forma honesta, precisa ser na mais ampla acepção da palavra, ou seja, com o prestígio legal por parte do Estado. Portanto, seja o emprego como assalariado, seja como empreendedor, seja como empresário, o Estado precisa lhe enxergar como sendo parte dos seus planos de crescimento, e nunca como plataforma de receber votos!
Com a chegada de qualquer crise financeira, quem se vê diante de penúria, ou até mesmo do risco dela, busca meios de manter-se ativo no mercado; e a visão míope ou apropriada, depende do quão preparado o cidadão encontra-se.
Se o sujeito está preparado para enxergar oportunidades, e consegue se inserir num rol ainda pequeno de gente que dispõe de recursos, crédito e/ou assessoria, ele automaticamente está preenchendo uma das inúmeras vagas no trem que leva ao sucesso. Mas se o sujeito é pego desprevenido, e não tem a menor capacidade de estruturação, seja para se recolocar em uma vaga de emprego, seja para elaborar um plano empresarial ou ainda produzir renda através de empreendedorismo de pequena monta, restara-lhe três saídas: 1) viver em condições franciscanas; 2) cometer suicídio; ou 3) partir para a informalidade.
Abrir uma empresa no Brasil é caro, demorado, ridicularmente burocrático e não aduz ninguém ao seleto mundo dos empresários, porque ter um CNPJ e um rolo de papel higiênico, muitas vezes tem a mesma serventia.
O começo é sempre o mesmo, busca-se um profissional de contabilidade, que raramente tem o devido preparo para orientar. Depois de pronta uma papelada, entra os outros abutres, todos vinculados ao Estado e o pior deles: a JUNTA COMERCIAL! Um lugar que se assemelha ao inferno, dissimulado de céu, cheio de “bichos-preguiças” assessores do purgatório. A Junta Comercial é o cartório que promete dar vida a uma empresa, mas que tem em seu corpo, literalmente, gente doutrinada a mata-la antes do nascimento...
Então, qual o caminho para essas pessoas que precisam driblar a crise?
Para qualquer atividade mercantil, exige-se no mínimo “planejamento”; e se o Estado não lhe fornece a ferramenta para se planejar e enxergar o futuro do seu negócio cabe a você próprio faze-lo; e ficar alerta sempre, porque o Estado atualmente não está nem aí para o seu sucesso. Ele quer o seu dinheiro e ponto final!
Uma das coisas mais comuns em tempos de crise é ver pessoas abrindo pequenos negócios com “comida”, ou “estética”. Qualquer pessoa que acredite saber cozinhar vê-se apta a produzir comida para os outros; de igual forma, qualquer pessoa que tenha aptidão e um espaço em casa, enxerga uma oportunidade de deixar as outras pessoas mais belas, seja com um salão, seja com um micro negócio de estética.
O que poucas pessoas buscam são informações básicas de como esse ou aquele negócio DEVEM funcionar, e entender se o seu público alvo, também não está debilitado com a mesma crise implantada.
Já o Estado, medíocre e inábil, ao invés de patrocinar uma espécie de “selo de qualidade” para esses que ele chama de “micros empreendedores individuais”, resume-se em divulgar cartilhas baldias através de entidades duvidosas. O Famoso MEI, na verdade, foi criado para ser mais uma oportunidade do Estado arrecadar dinheiro. O Estado, além de inábil e completamente burro, porque se ajudasse o MEI a nascer e crescer, mesmo que dentro do seu limite, arrecadaria mais!
Já imaginou uma divisão séria de capacitação e fiscalização de assuntos sanitários para esses micros empreendedores do ramo alimentício? Já imaginou o carrinho de cachorro quente em que um selo de qualidade e fiscalização sanitária, tivesse a credibilidade de passar para o consumidor a segurança do consumo?
Quantos salões de beleza, clínicas de estética, cozinhas caseiras, que não sabem como manipular de forma correta os seus insumos? Pesquisa recente aponta 1 milhão de salões de beleza em atividade, e 500 mil pessoas vendendo quentinhas na rua. Quantas dessas pessoas recebem algum tipo de apoio do Estado? E quantas delas trabalham atendendo aos requisitos básicos de higiene e segurança?
Dificilmente o Brasil retornará aos tempos em que acreditávamos serem de bonanças! Essa crise serviu para nos provar que a cadeia produtiva, aquela que é gerida pelos mais ricos, poderá sim voltar a acreditar numa política pública capaz produzir oportunidades de geração de renda a todos, mas ao sinal do menor “espirro” do Estado, eles voltarão a estancar os investimentos e forçarão as demissões, portanto; esse novíssimo brasileiro empreendedor deve ficar atento aos sinais. Precisam investir em qualidade de seus produtos, e se unirem para adotarem uma linguagem única de aferição dos requisitos exigidos para suas categorias de negócios.
Para mim os restaurantes de luxo jamais deixarão de existir, mas os grandes restaurantes que sempre serviram “gororobas gordurosas” tiveram que demitir, e seus funcionários fundaram seus “tele marmitas” que serão seus concorrentes! A máquina privada foi enxugada, medida que deveria ser executada pelo Governo, e todos esses excedentes poderão ser bons parceiros para negócios futuros.
Ainda na ênfase do ramo de alimentos, imagine quantos carteiros e garis almoçam todos os dias fora de casa! Se o Estado acreditasse nesses empreendedores, não poderia firmar contratos de fornecimento com vários, para atender as necessidades de seus funcionários? Somente numa jogada dessas, eu enxergo melhor distribuição de renda, economia para o Estado, satisfação popular, aumento da arrecadação de impostos, e fortalecimento da economia local.
E nos salões de beleza, os instrumentos de contato com a pele são esterilizados? Toalhas, capas, pentes e escovas são higienizados de forma correta? Há algum plano que trate de emergência médica em caso de haver necessidade fortuita? Materiais cortantes são descartados de modo adequado
O Estado precisa “querer” e o povo precisa “exigir”; e enquanto houver a perpetuação da política do faz de contas, nada irá melhorar!
Minha sugestão é de IMEDIATAMENTE haver empenho para a criação de SELO DE QUALIDADE para todas as áreas que envolvam o Micro Empreendedor Individual, exigindo que cada um deles trabalhe no mínimo de forma adequada; para que o restante da população passe a confiar e explorar mais desse novo mercado sem medo. Ganha o Estado, ganha a sociedade, cresce o Brasil, mas se entrar a velha politicagem, então, ficará pior do que já está!
A informalidade precisa ser extinta no Brasil. Ambulantes, cozinheiros, manicures, lavadores de veículos, advogados, prostitutas, maridos de aluguel, cuidadores de pessoas, ou qualquer outra classe, precisa ser vista como é o gari, o bancário, o servidor público, o petroleiro, o frentista ou o comerciário; casos em contrário não serão nunca iguais perante a Lei!
Vaga e serviço há aos montes! O que não há é QUALIFICAÇÃO e segurança jurídica para contratar ou empreender!
Carlos Henrique Mascarenhas Pires