O ELEITORADO E SUAS OPCOES...

FALANDO DE ELEIÇÕES, MAS SEM PAIXÃO...

O ELEITORADO E SUAS OPÕES...

Não há dúvida que a eleição deste ano é um marco na história do país, em face aos desdobramentos e às expectativas do povo brasileiro com relação ao futuro do país.

De ‘salvador da pátria’ ao maior rejeitado há um caminho bem estreito. As prisões e os desmandos na política brasileira tem sido a tônica dos discursos. Não só do candidato como também da falácia popular. As pessoas encamparam suas formar de enxergar o mundo político. Assim, usam da mídia em geral como ‘palanque’. Nesse contexto há tendências para todo gosto.

Os mais afoitos são aqueles que optaram por encarnar o candidato que possui discurso justiceiro. De arma em punho desenha-se esse perfil, onde os vídeos e as promessas dão impulso a tal candidatura. Os eleitores de tal candidato viraram seguidores apaixonados. São verdadeiros ‘cabos’ eleitorais. A todo instante vão coletando bravatas e feitos daquele que consideram o Mito. Evidente, tentam convencer aos seguidores das mídias sociais que seu candidato é aquele que solucionará os problemas brasileiros, com a sua forma dura e austera de vislumbrar as ditas soluções. Trata-se de um ‘modelo’ de austeridade que campeia os moldes daquelas aspirações que ambicionavam aplicar ao Brasil o método militarizado. Ou seja, migraram daquela aspiração de aplicar ao país a interferência militar para o perfil de um candidato que se aproxima desse modelo. Uma paixão que leva esse eleitor a pensar que se esse candidato se eleger estará concluída a sua missão de mudança para o Brasil.

Os menos afoitos são aqueles eleitores que ainda sonham com as suas ideologias de esquerda. Alguns pensam em manter o PT na ativa, depois de todos os desgastes do partido. Outros, com os pés mais no chão acham alternativas em um candidato quase remanescente da atuação petista, mas que se compõe de idéias próprias e de um conhecimento invejável dos problemas brasileiros. Aí reencarna-se o ímpeto e a eloqüência de um político de vanguarda em tempos remotos. Falo do saudoso Leonel Brizolla. Brizolla que foi um político de muitos feitos em sua época, porque era oposição e tinha um discurso voltado para as soluções dos problemas brasileiros, especialmente da camada pobre da sociedade. Assim, não há dúvida de que esse candidato que me refiro como herdeiro da filosofia Brizolista terá bom desempenho e, pelo andar da carruagem, terá performance bem próxima do Mito.

Não acredito em eleição resolvida no primeiro turno. No segundo turno só Deus sabe o que ‘rolará’ debaixo da ponte.

O PT é um partido fiel às suas origens. Porém, acha-se encurralado politicamente em seus erros estratégicos de governança. O partido envolveu-se em muitas falcatruas e os seus maiores líderes acabaram presos. É um partido meio xiita. Não pensa em se reciclar. Não muda suas estratégias e nem permite que as suas lideranças saiam do eixo de sua própria convicção. Digo isso porque lança um candidato com a esperança de alavancar votos que seriam oferecidos ao seu maior líder que se encontra preso, cuja candidatura está sendo freada pela Lei da Ficha Limpa. Essa eventual transferência de voto é um tiro no escuro. Além disso, o partido sofre por manter sua fidelidade às cores vermelhas. O Brasil dos sonhos sempre foi verde e amarelo.

Os partidos considerados grandes até então (MDB e PSDB) encontrarão sérias dificuldades em alavancar seus candidatos a Presidente da República. Ou seja, dentro do partido ou de suas coligações. Penso que o eleitorado está bem descrente quanto a atuação de seus membros partidários. Além de estarem enrolados ‘até os dentes’ com a Lava Jato, numa dobradinha com o PT, ainda pesa contra suas cores as atuações pífias em votações vinculadas às Câmaras (alta e baixa). Carregam a pecha de apoiar projetos que nada beneficiaram a camada mais pobre da sociedade, bem como, as aspirações da classe trabalhadora.

Entretanto, avalio que ainda terão força legislativa nos futuros cargos do Parlamento. A maioria de seus membros pertence à alta cúpula desses partidos e seus nomes são a haste dessas agremiações. Logo, o eleitor não terá opções de referência nos outros partidos e acabará reelegendo muitos deles.

Enfim, cabe ao eleitor fazer uma análise criteriosa de todos esses dados e, dentro de sua convicção idealista ou de sua noção básica de política tomar o rumo que melhor lhe pareça correto.

O importante é que todos nós saibamos agir com parcimônia, com respeito àquele que pensa diferente, dando realce a uma eleição democrática e saudável como ingrediente humano.

Ass. HÉLIO DA ROSA MACHADO.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 03/09/2018
Código do texto: T6438166
Classificação de conteúdo: seguro