ARTIGO – Que vergonha! – 01.09.2018 (PRL)
 
ARTIGO – Que vergonha! – 01.09.2018 (PRL)
 
No dia de ontem, sexta-feira, dia 31.08.2018, ficamos aqui desde as 14.00 horas até depois da meia-noite, a fim de acompanhar a reunião do Tribunal Superior Eleitoral, sob a presidência da Ministra Doutora Rosa Weber, que julgou o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desejoso de voltar ao poder, inobstante a sua condição atual de presidiário, uma vez que condenado por tribunal a doze anos e um mês de reclusão.

A relatoria do feito coube ao Doutor Roberto Barroso, que teria condição de decidir monocraticamente, isto é sem a ouvida dos demais componentes do respectivo TSE, todavia, sendo homem que valoriza as decisões colegiadas, com bem o disse, preferiu submeter seu voto à deliberação de todos os componentes da turma, em sessão pública, ou seja, corroborando a máxima de que os atos da justiça devam ser tomados na maior clareza, transparência e publicidade.

Foi o que fizera. Voto longo, cansativo, mas muito bem explicitado, até didaticamente, a fim de ser entendido pelo mais sofrível iletrado de nossa republiqueta de meia tigela. Votou contrariamente à aceitação do registro do pretenso candidato.

Com um a zero contrariamente ao desejo do Partido dos Trabalhadores, seus seguidores e siglas que o acompanham, cuja teimosia não se justifica, parecendo que querem ganhar na marra, passou-se ao voto do respeitável Ministro Doutor Luiz Edson Fachin, que em discurso de mais de duas horas, realmente fatigante, e alegando a sugestão de dois advogados que prestam serviços para a ONU (Organização das Nações Unidas), numa composição de dezoito membros (pouco mais de dez por cento), contrariou o voto do relator, deixando o resultado empatado em um a um. Reconheceu a Lei da Ficha Limpa, mas ele opinou contra, preferindo colaborar com opiniões externas, isso que a nosso entender, embora pareça valorizar nossa democracia, pode servir como péssimo exemplo aos milhões de brasileiros que aguardavam uma decisão justa, assim como para estudantes universitários de todo o país, que um dia pretendem ser advogados, promotores, juízes, etc.

Nós não queremos nem pensar ou mesmo admitir, de nenhuma maneira, que esse precioso voto do Doutor Fachin se dera como uma espécie de agradecimento à ex-presidente Dilma Rousseff pela sua condução ao mais alto escalão da justiça brasileira, o Supremo Tribunal Federal, ou mesmo por suposta militância, filiação, admiração e fidelidade por qualquer motivo às hostes do PT. Entendemos que o STF ainda poderá ser o destino dessa ação que denegou o direito de concorrer alegado pelo interessado nas pessoas de seus advogados. Aliás, pelo que se consta ainda existe uma pendência a ser julgada pelo referido tribunal sobre a validade da prisão do indigitado. Mas mesmo ele solto não poderia ser candidato, pois a lei se refere a quem foi condenado, e palavras escritas, ditas, portanto, nem o Pai Supremo teria o direito de negar.

Depois disso, para esfriar possíveis ânimos, a Ministra Rosa Weber chamou mais um intervalo de quinze minutos, que mais parece uma hora, retornando em seguida ao palco da reunião quando, daí pra frente, também com votos extensos, sempre repetindo no todo ou em parte o posicionamento do Relator. A votação foi se concretizando, até que quando o placar estava em cinco a um contra o Senhor Lula. A presidente iniciou a sua opinião morosa e valorizando por demais o “direito/sugestão” oriunda de decisões estrangeiras, mesmo administrativas, e quase que vimos a hora de ela proferir voto em benefício do pré-candidato. Entretanto, como tem demonstrado seu apoio às votações colegiadas, sacramentou a derrota em seis a um, caindo por terra a impertinência do interessado em voltar ao mais alto cargo do país.

Ora, se democracia é isso, é gastar dinheiro em vão com vultosos pagamentos a advogados famosos e caros, que nos parece ser o caso (os recursos do fundo eleitoral são de quase dois bilhões de reais), numa prodigalidade condenável, pensamos terá o nosso país de mudar da água para o vinho em todos os setores da vida nacional, eis que em caso contrário cremos que nem Deus resolverá nossos problemas.
 
Um abraço.
Ansilgus
Ditado por ansilgus
Publicado por Janegus
Foto: INTERNET/GOOGLE
ansilgus
Enviado por ansilgus em 01/09/2018
Reeditado em 02/09/2018
Código do texto: T6436277
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