Lembro-me de um amigo meu, nos anos oitenta, quando Lula era uma estrela em ascensão. Era um petista roxo , de carteirinha e tudo, que vivia fazendo discurso em todo lugar - até no barzinho do fim da tarde- pregando a filosofia petista. “Estamos defendendo o direito que todo mundo tem de comer, vestir, passear, ter um pouco de lazer, etc.”.
Certo, esse é um direito que deve ser defendido e foi até recepcionado na Constituição. Mas nem o PT nem os constituintes de 1988 disseram que a todo direito deve, concomitantemente, corresponder um dever. Dever de trabalhar, por exemplo, para merecer o salário recebido. Dever de produzir para justificar o que consome. Dever de fazer a sua parte para participar do resultado.
O PT, cuja base é o povo, desprezou a sabedoria popular que diz que quem quer se sentar á mesa deve pelo menos ajudar na cozinha. Mas não culpemos só o PT. Os petistas só seguiram uma tendência que se observa no Brasil desde a sua colonização: o culto da vagabundagem, da malandragem, da esperteza, da vantagem indevida. Basta lembrar que toda a nossa estrutura econômica foi fundada em cima do trabalho escravo. Nossas elites econômicas e políticas fizeram fortunas explorando o suor alheio e sempre cultivaram a filosofia do desperdício, da atividade econômica predatória, da ostentação egocêntrica. Nunca pegaram na enxada para cavar a terra, pois sempre tiveram escravos para fazer isso. E suas rendas não eram aplicadas no país. Eram gastas no exterior, na importação das últimas novidades da Europa ao invés de investir para produzi-las aqui.
Isso mudou um pouco com a abolição da escravatura e a chegada dos imigrantes. Devemos a eles o que temos de indústria e infra- estrutura desenvolvimentista. Mas essa mudança só fez diferença no sudeste e sul do país, onde a imigração estrangeira se radicou em maior número.
Nos estados em que a filosofia do fazendeiro escravocrata foi substituída pelo espirito empreendedor do colono, que acredita que o seu sustento deve ser ganho com o suor do rosto, o desenvolvimento veio. Mas no interior do país, onde o coronel, herdeiro dos antigos fazendeiros escravocratas ainda domina, a política do clientelismo, da ajuda oficial, do messianismo salvador, do estado provedor ainda prevalece. É nessa base que os nossos políticos se sustentam. Promovem a carência para firmar seu poder. Transformam o povo brasileiro em um exército de Macunaímas.
Mas tudo tem limite. Essa gente não têm o direito de vir pedir ao povo brasileiro para fazer mais sacrifícios para sustentar suas ideologias de coronel-fazendeiro-escravocrata. Já foi dada à essa malta de vigaristas tempo suficiente para construir um país decente. Fizeram o contrário. Está mais que provado que o messianismo irresponsável só trás mais pobreza e ilusão. Está na hora de desmobilizar esse exército de Macunaímas que os políticos criaram e transformá-lo em um verdadeiro contingente de trabalhadores produtivos.
E quem vive esperando por um salvador não merece ser salvo.
Certo, esse é um direito que deve ser defendido e foi até recepcionado na Constituição. Mas nem o PT nem os constituintes de 1988 disseram que a todo direito deve, concomitantemente, corresponder um dever. Dever de trabalhar, por exemplo, para merecer o salário recebido. Dever de produzir para justificar o que consome. Dever de fazer a sua parte para participar do resultado.
O PT, cuja base é o povo, desprezou a sabedoria popular que diz que quem quer se sentar á mesa deve pelo menos ajudar na cozinha. Mas não culpemos só o PT. Os petistas só seguiram uma tendência que se observa no Brasil desde a sua colonização: o culto da vagabundagem, da malandragem, da esperteza, da vantagem indevida. Basta lembrar que toda a nossa estrutura econômica foi fundada em cima do trabalho escravo. Nossas elites econômicas e políticas fizeram fortunas explorando o suor alheio e sempre cultivaram a filosofia do desperdício, da atividade econômica predatória, da ostentação egocêntrica. Nunca pegaram na enxada para cavar a terra, pois sempre tiveram escravos para fazer isso. E suas rendas não eram aplicadas no país. Eram gastas no exterior, na importação das últimas novidades da Europa ao invés de investir para produzi-las aqui.
Isso mudou um pouco com a abolição da escravatura e a chegada dos imigrantes. Devemos a eles o que temos de indústria e infra- estrutura desenvolvimentista. Mas essa mudança só fez diferença no sudeste e sul do país, onde a imigração estrangeira se radicou em maior número.
Nos estados em que a filosofia do fazendeiro escravocrata foi substituída pelo espirito empreendedor do colono, que acredita que o seu sustento deve ser ganho com o suor do rosto, o desenvolvimento veio. Mas no interior do país, onde o coronel, herdeiro dos antigos fazendeiros escravocratas ainda domina, a política do clientelismo, da ajuda oficial, do messianismo salvador, do estado provedor ainda prevalece. É nessa base que os nossos políticos se sustentam. Promovem a carência para firmar seu poder. Transformam o povo brasileiro em um exército de Macunaímas.
Mas tudo tem limite. Essa gente não têm o direito de vir pedir ao povo brasileiro para fazer mais sacrifícios para sustentar suas ideologias de coronel-fazendeiro-escravocrata. Já foi dada à essa malta de vigaristas tempo suficiente para construir um país decente. Fizeram o contrário. Está mais que provado que o messianismo irresponsável só trás mais pobreza e ilusão. Está na hora de desmobilizar esse exército de Macunaímas que os políticos criaram e transformá-lo em um verdadeiro contingente de trabalhadores produtivos.
E quem vive esperando por um salvador não merece ser salvo.