Raciocinando sobre eleições

Saiu que o Bolsonaro perderia para o Alckmin, para a Marina e para o Ciro no segundo turno.

Dai o candidato do PSL foi para a cidade de Presidente Prudente e tudo parou para recepcioná-lo. Uma multidão, como não se vê nem em carnaval fora de época, foi às ruas para gritar o seu nome.

Nem o Lula no auge da sua popularidade, com oitenta por cento de aprovação, gozava desse tipo de boas vindas.

Dai as pesquisas querem me dizer que esse homem vai perder para a Marina Silva no segundo turno? Que está suando para, mais na frente, tomar uma invertida do Ciro Gomes?

Não faz sentido.

Eu sou marqueteiro e sei quanto custa colocar toda essa gente, vestida, com bandeira e hino de guerra, para te recepcionar. O Alckmin tentou, o Flávio tentou, o Amoedo tentou e todos fracassaram.

É muita grana. Você precisa envolver logística, comprar a diária de um monte de gente, pôr roupa em todos, treiná-los, aos berros, para que eles rumem todos no mesmo sentido...

Uma diária com 8 mil pessoas para filmar uma campanha política sai meio milhão de reais. Meio milhão por seis horas de locação. O Bolsonaro põe três vezes esse número; e ele põe em cada aeroporto, em cada cidade que visita.

Não é possível que alguém movimente todo esse dinheiro, fora do que foi prestado ao TSE, sem levantar suspeitas.

O MST, depois de mamar nas tetas do estado por vinte anos, conseguia colocar 800, 900 pessoas. Colocou 2 mil com muito choro no último chamado do Lula. Ali no sindicato, quando ele estava preso, não tinham duas mil.

Antes do início das eleições, lá nos Estados Unidos, disseram que havia 92% de probabilidade da Hillary vencer o Trump. O que vimos foi a maior invertida da história da política americana. Todos os meios de comunicação, dos maiores aos menores, passaram vergonha.

Receio que, se os conspiracionistas das urnas não estiverem certos, veremos um Bolsonaro muitíssimo mais forte do que as pesquisas ao final do primeiro turno. Chutando vantagem mesmo e botando todo mundo pra correr.

Digo mais: que não duvidem tanto que ele encerre a primeira fase da campanha com quase o dobro dos votos do segundo lugar, movido por aqueles tão conhecidos eleitores silenciosos.

É um fenômeno a ser respeitado, quer você goste dele, quer não. (IC)

Gary Burton
Enviado por Gary Burton em 23/08/2018
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