O MURO DA VERGONHA
Mil anos antes de Cristo, o imperador Quin Shi Huang iniciou a construção de uma muralha na fronteira da China com a Mongólia. Essa muralha é hoje a principal relíquia histórica da China. A justificativa para essa magalomaníaca construção foi a necessidade de proteger o território chinês contra invasões estrangeiras. Mil anos depois, em 126 e.C, o imperador romano Adriano também construiu uma muralha na atual fronteira entre a Inglaterra e a Escócia. O objetivo era o mesmo: proteger o mundo romano contra as invasões bárbaras. A mesma justificativa foi invocada pelos russos para fazer o Muro de Berlin, separando famílias (como os americanos estão fazendo agora) e transformando os alemães em dois povos inimigos.
Muros de proteção sempre foi uma tendência do ser humano. É uma maneira de dizer aos outros que determinado território é nosso. Isso nunca impediu que as cidades antigas fossem assaltadas e conquistadas pelos inimigos. Aliás, quanto mais altos são os muros, parece que mais se atiçam as curiosidades e a vontade das pessoas em escalá-los para ver e se apropriar do que eles tentam proteger. E todos os muros acabam sendo, mais cedo ou mais tarde, escalados ou derrubados. Quando não são, tornam-se apenas relíquias históricas como a imensa muralha da China.
Quin Shi Huang, Adriano, Stalin, todos sofriam da mesma moléstia: o delírio do poder, doença que alimenta o nacionalismo doentio, o ódio racial, o xenofobismo e a total ausência de compaixão e solidariedade para com pessoas menos favorecidas. Ou que possuem cultura diferente da nossa.
É o caso do atual presidente dos EU, cujo nacionalismo xenófobo e intolerante o leva a pensar como os megalomaníacos ditadores do passado, achando que a construção de um muro na fronteira mexicana vai impedir que os famintos imigrantes da América Latina continuem a ir para lá.
Ao que parece, o alucinado presidente americano respeita muito pouco as lições da História. Nenhuma das muralhas acima citadas impediu que os países que elas visavam proteger fossem invadidos e conquistados pelos povos que eles temiam. A China foi conquistada pelos mongóis, os romanos foram expulsos da Ilhas Britânicas, o Muro de Berlin foi demolido pelos próprios alemães. Trump e seus apoiadores não se dão conta de que não é a prosperidade da América que atrai os imigrantes, mas sim a fome e o desejo de uma vida melhor que os faz arriscar a própria vida para entrar nos EU. Aliás, esses são os mesmos motivos que levaram para lá as pessoas que fizeram a América inglesa se tornar a potência econômica que é. Muralhas não vão salvar a América das ondas migratórias, assim como não salvaram Roma das migrações bárbaras ou a China dos mongóis. Custaria menos aos EU e às nações desenvolvidas ajudar os países mais pobres a criar condições para suas populações viverem melhor em suas próprias pátrias. Ninguém deixa sua terra por prazer, mas sim por necessidade. É isso que a xenofobia demencial do Trump não consegue entender.
Mil anos antes de Cristo, o imperador Quin Shi Huang iniciou a construção de uma muralha na fronteira da China com a Mongólia. Essa muralha é hoje a principal relíquia histórica da China. A justificativa para essa magalomaníaca construção foi a necessidade de proteger o território chinês contra invasões estrangeiras. Mil anos depois, em 126 e.C, o imperador romano Adriano também construiu uma muralha na atual fronteira entre a Inglaterra e a Escócia. O objetivo era o mesmo: proteger o mundo romano contra as invasões bárbaras. A mesma justificativa foi invocada pelos russos para fazer o Muro de Berlin, separando famílias (como os americanos estão fazendo agora) e transformando os alemães em dois povos inimigos.
Muros de proteção sempre foi uma tendência do ser humano. É uma maneira de dizer aos outros que determinado território é nosso. Isso nunca impediu que as cidades antigas fossem assaltadas e conquistadas pelos inimigos. Aliás, quanto mais altos são os muros, parece que mais se atiçam as curiosidades e a vontade das pessoas em escalá-los para ver e se apropriar do que eles tentam proteger. E todos os muros acabam sendo, mais cedo ou mais tarde, escalados ou derrubados. Quando não são, tornam-se apenas relíquias históricas como a imensa muralha da China.
Quin Shi Huang, Adriano, Stalin, todos sofriam da mesma moléstia: o delírio do poder, doença que alimenta o nacionalismo doentio, o ódio racial, o xenofobismo e a total ausência de compaixão e solidariedade para com pessoas menos favorecidas. Ou que possuem cultura diferente da nossa.
É o caso do atual presidente dos EU, cujo nacionalismo xenófobo e intolerante o leva a pensar como os megalomaníacos ditadores do passado, achando que a construção de um muro na fronteira mexicana vai impedir que os famintos imigrantes da América Latina continuem a ir para lá.
Ao que parece, o alucinado presidente americano respeita muito pouco as lições da História. Nenhuma das muralhas acima citadas impediu que os países que elas visavam proteger fossem invadidos e conquistados pelos povos que eles temiam. A China foi conquistada pelos mongóis, os romanos foram expulsos da Ilhas Britânicas, o Muro de Berlin foi demolido pelos próprios alemães. Trump e seus apoiadores não se dão conta de que não é a prosperidade da América que atrai os imigrantes, mas sim a fome e o desejo de uma vida melhor que os faz arriscar a própria vida para entrar nos EU. Aliás, esses são os mesmos motivos que levaram para lá as pessoas que fizeram a América inglesa se tornar a potência econômica que é. Muralhas não vão salvar a América das ondas migratórias, assim como não salvaram Roma das migrações bárbaras ou a China dos mongóis. Custaria menos aos EU e às nações desenvolvidas ajudar os países mais pobres a criar condições para suas populações viverem melhor em suas próprias pátrias. Ninguém deixa sua terra por prazer, mas sim por necessidade. É isso que a xenofobia demencial do Trump não consegue entender.