Da bravura ao medo

Uma grande greve tentou redimir uma desgraça duradoura no seio de uma sociedade plena de carências, completamente frágil, desprogramada para sobreviver a grandes arrochos. Foi o que vimos nos últimos dias de maio e começo de junho de 2018.

Às voltas com séria desorganização social, o Brasil parou no caos e não econtrou, facilmente, qualquer saída. As forças maiores estavam acovardadas e os caminhoneiros estancaram o que há de mais nobre no brasileiro: o entendimento de coletividade e direitos privados.

Quando uma classe entra em greve, mesmo que justa, legal, não pode jamais esquecer o que as outras classes necessitam basicamente para sobreviverem. Ninguém alimenta-se de vento. pararam tudo.

O resultado desse movimento grevista assustador, só será avaliado em seu todo, quando soubermos o resultado das eleições prsidenciais de outubro próximo. Formou-se um ninho de organização grevista que poderá descambar para um movimento mais globalizado ainda, e a sensação de empoderamento dessa classe insatisfeita com seu cotidiano laborativo,e de outras afins, levá-la a um castelo de forças estranhas.

E se de repente os brasil inconformados resolverem mandar no Brasil?

Não sei mais o que é intervenção militar.Desaprendi o significado de ordem e progresso, passei a sentir medo de uma possível greve geral dessa classe e começarmos a morer de fome e de doença por falta absoluta de alimentos na mesa e remédios nas prateleiras das farmácias. Tudo isso não é mais uma fantasia, algo enchedor das melhores páginas de ficção científica, mas uma realidade bem próxima de nós, absolutamente possível.

Quem fomos?Aonde chegamos por culpa de jamais termos aprendido a votar em pessoas probas, dignas, administradores competentes, para votarmos numa quadrilha fedorenta a mofo e à cédula de dinheiro, escondidas nos átrios do mais obsceno submundo?

Não chegamos a lugar nenhum. Continuamos perdidamente empoeirados e sem rumo certo!

Ouvi, recentemente, em um canal do Youtube, o famoso Frei Beto falando acerca de ativismo politico-social e comparando isso à figura de Jesus. Chamando-o de atiuvista. Reclamei à minha própria alma e disse de mim para o meu mais profundo ainda, que ese moço estava equivocado. jesus lutou com seu Amor e com sua Humildade santas, pelo livramento do homem diante de suas piores façanhas enquanto criaturas. Que esse Frei me perdoe, mas, no mínimo fora infeliz com a comparação.

Jesus partilhava o alimento da alma e o do corpo. Usou a arma da palavra, em seus Evangelhos bem descritas. Motivou seus discípulos a disseminarem o amor ao próximo. Que comparação poderíamos fazer com jesus e esses movimentos paredistas da atualidade, contaminados com o mais absoluto sentimento egoista de sobrevivência? nenhum!!!

Vivemos o bestial momento do salve-se quem puder. Isso é muito mau. Ou mudamos para melhor ou seremos engolidos por nossos próprios lobos. Não creio em socialismo algum sem as regras básicas da convivência familiar, onde os pais possam ser menores do que os avós e bem maiores que os filhos.

Estamos conseguindo alterar os valores essenciais da Família. O que nos acontecer amanhã? Que nada, o amanhã já está dentro do hoje faz tempo. O que já mudamos é, incompreensivelmente, doloroso para se entender.

Não aguardo mais nada. O que virá está chegado.

Há muita fumaça e fogo nos ares deste país maravilhoso que estão poluindo a cda dia. É vergonhoso saber que o rumo que traçamos no pasado está escondido nos interesses escusos de mafiosos empresários, tudo em nome de um Capitalismo seboso, que poderia misturar-se às coisas boas dos demais Sistemas de Governo.

Pedir o quê? A quem?

Vou continuar a tecer as personagens dos meus romances. preciso delas para habitar um mundo melhorado, onde possa criar valores novos e histórias que não nos assustem tanto como as da realidade em que estamos, involunariamente, vivendo. Meus romances me permitem criar geografias encantadas, mas habitáveis no meu imaginário de escritor que ainda não se perdeu totalmente diante das parcas esperanças que alimenta.