Para refletir

Para refletir

Não sei nem como começar. Tem tanta gente boa falando e escrevendo sobre a tragédia brasileira, que não teria nada de novo a dizer. Mas estou angustiado com dois aspectos que gostaria de compartilhar, com o maior numero possível de pessoas.

Em primeiro lugar, quero enfatizar minha convicção de que a maioria da população já ouviu falar sobre a gravíssima situação social, politica e econômica que vivemos, mas tenho a certeza que esta maioria não consegue avaliar a seriedade da mesma e o que nos reserva o futuro próximo, em 2019 e 2020: desemprego, recessão, violência, indisciplina generalizada, incapacidade do governo federal de pagar salários dos funcionários civis e militares, infraestrutura sucateada e muito mais.

Em segundo lugar verifico um perigoso desanimo e desinteresse da população com as próximas eleições, com a politica, o único caminho para iniciarmos uma penosa e demorada campanha para a retomada do desenvolvimento e da normalização das relações sociais da nossa sofrida sociedade. As pesquisas estão apontando para um alto nível de votos brancos e abstenções, da ordem de 40% do eleitorado - um escândalo. Todos podem e devem demonstrar sua indignação, mas precisam votar, escolher os melhores, caras novas competentes e honestas, não comprometidas com a atual corja de políticos, uma maioria de nojentos que devem sumir da vida publica.

O povo precisa saber que não há milagre a ser feito e que anos vão ser necessários para que o Brasil, destroçado como está, se erga para seu destino de nação desenvolvida, justa e democrática.

Por isso, indignado e preocupado com o futuro, sou pré candidato ao Senado pelo PSDB aqui do Rio Grande do Sul, deixado de lado pelo meu próprio partido que não diz o que o povo precisa saber, sem meias verdades ou omissões. A social democracia, além de ética, é democraticamente revolucionária privilegiando o equilíbrio das contas publicas e o social - educação de qualidade, saúde publica decente e segurança plena, privatizando o que for necessário e que não seja uma atribuição própria do Estado - esclarecendo que precisaremos de alguns anos de mais sacrifícios para sairmos do atoleiro em que nos metemos, priorizando os mais necessitados, a mais justa distribuição da renda, criando as condições necessárias para um futuro tranquilo para todos.

Preciso da ajuda de quem me lê e concorda com o que escrevi, divulgando este texto.

Obrigado.

Eurico de Andrade Neves Borba, 77 anos, aposentado, escritor, um dos fundadores do PSDB, ex professor e vice Reitor da PUC RIO, ex Presidente do IBGE, mora em Caxias do Sul/RS.