Greve Caminhoneiros, Crise Capital: Apocalipse, Revolução

Também conhecida como "Greve dos caminhoneiros", a revolução do séc. XXI iniciou com a bravura dos fortes (pobres) como diria um analista contemporâneo do povo e estradeiro. Gradualmente, o desatino passou do bloqueio as estradas para as refinarias com consequencias graves aos atendimentos básicos à população. Não quero fazer um registro jornalístico da situação, mas, refletir no que muitos já chamam nas ruas de apocalipse ou mesmo, o início de uma revolução.

Em qualquer situação o cenário é grave. Isto é, seja pela manutenção da greve ou na hipótese do seu agravamento, crise do capitalismo, apocalipse ou revolução, dos ricos e da classe média que começam a gritar, rios de pobres já foram mortos. Sinal disso é a patrulha da polícia que se vinculou aos óleo-dutos, enquanto que a falta de oportunidade nas vielas gerava mais devedores no mundo do terror do que empregos.

Por outro lado, talvez o apocalipse trate a renovação como um ciclo que teima em passar como um furacão. Ou talvez trate-se da primavera árabe, nervosa e devastadora, ou daquilo sinalizado por Shakspare em uma de suas tragédias "como uma época de negação do natural entre pais e filhos, morte, fome, dissolução de antigas amizades, divisão nos estados, ameaças e maldições contra forças e nobres, suspeitas desnecessárias, banimento de amigos, dissipação de tropas, quebra de casamentos, e não sei o que mais."

Algo urge no peito dos caminhoneiros, e não é problema só deles. Algo está sangrando de todos os lados, uma insatisfação geral que avança para tomar providências, sem prever o fim, avança bravamente contra as autoridades, que reagem, fazem fé na força, coação, mas o que fará esse bando? Se protegem interesses dos investidores, como podemos dizer que a empresa é estatal e detém maior percentual de decisão com o governo?

Muitos também já fugiram do país. Há quem diga que a crise prenunciada há algum tempo não era só uma marolinha como pareciam veicular. De todo modo, os que aqui resistem, ao que sabemos trata-se da grande maioria de adultos que começam a entender que a lógica do mundo é muito simples; Ou abaixa a cabeça ou levanta. - Avante!