Lava Jato, a maior novela global
A Globo e suas novelas...
Uma das mais longas e populares é a Lava Jato.
Nessa novela, a personificação do bem é Sérgio Moro - o herói sem moral que recebe 4300 reais de auxílio-moradia mesmo tendo imóveis próprios.
Esse "herói" cometeu alguns crimes no processo contra Lula, como a condução coercitiva e a divulgação de uma conversa grampeada entre Lula e Dilma, mas até o presente momento ele não foi julgado por esses delitos, pois conta com a proteção de Carmem Lúcia.
Como sabemos, o malvado do folhetim é o Lula, a quem se atribui a culpa até pelo pecado de Eva (o proprietário de fato da maçã era Lula!). Parece que os autores da novela se inspiraram no Poderoso Chefão e no próprio capiroto para compor o perfil de Lula nessa trama.
E como bons produtores de novelas, conseguiram despertar, em parte da população, ódio extremo por Lula e devoção cega e acrítica a Sérgio Moro.
Palmas para a Rede Globo e seus folhetins, pois a Lava Jato foi mais um sucesso de audiência e ainda desfruta de popularidade entre muitos crentes. Porém a maioria dos brasileiros já diferencia há algum tempo realidade de ficção e consequentemente a operação deixou de ser unanimidade nacional.
Neste momento parece estar havendo uma reavaliação daquele que foi apontado como vilão no folhetim global, o Lula, pois o enredo da novela mostra-se contraditório e parcial e não mais convence os telespectadores, prova disso é que, mesmo preso, Lula conquista mais defensores e admiradores.
As cenas dos próximos capítulos são óbvias: virão mais ataques a Lula, na esperança de que Sérgio Moro volte a ser uma unanimidade e a Lava Jato volte a dar audiência.
Mas acho que não dá mais para Moro e Lava Jato, pois a dura realidade já bate a porta dos brasileiros: desemprego recorde, entrega do petróleo às corporações, retirada de direitos trabalhistas, diminuição dos investimentos em áreas sociais etc.
A novela da Globo criou realidade através de ficção, e agora a dura realidade em que o país mergulhou mostra a todos o quanto essa ficção foi nociva para os brasileiros.