Ódio no Brasil
ÓDIO NO BRASIL
Miguel Carqueija
“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
(João 13,34)
Nas redes sociais, nas ruas e nos campos difunde-se hoje no Brasil um vendaval de ódio e intolerância e quem comanda essa onda funesta são os partidos e agremiações de esquerda, notadamente a socialista.
O PT, em especial, difunde esse ódio e essa intolerância. Esse fenômeno já é antigo mas parece ter-se incrementado a partir de 2016, ou seja, a partir do processo que afastou Dilma Rousseff.
Não foi alguém que me contou, devo dizer. Eu próprio, ao longo das últimas décadas, venho constatando esse radicalismo petista, muito vidente para os defeitos dos outros mas cego para os próprios. Acusam muita gente de corrupção (e muita gente merece mesmo a acusação), mas não querem enxergar a corrupção no próprio ambiente petista: mensalão, petrolão e por aí afora.
Isso porém é só parte do problema. O que está bem claro é que a mentalidade petista é maniqueísta e intolerante. Só existem praticamente duas posições: ou você é a favor de Lula e do PT (e é bom considerar Lula uma espécie de divindade) ou é contra — e se você for contra deverá sofrer as penas do inferno.
Nós outros, que enxergamos claramente as mazelas petistas, somos amaldiçoados. O mínimo que nos chamam é de coxinhas (mesmo os que não comem carne, como é o meu caso). Mas o grande, o máximo xingamento é o de fascistas. Agora eu fico pensando naquele senhor já de idade que teve a cabeça quebrada em frente ao Instituto Lula e internado numa UTI. Aconteceu bem recentemente, quando Lula se entrincheirou na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Nem sei se a vítima sobreviveu à fratura do crânio ou como ficou a situação dos agressores, cuja atitude pode certamente ser classificada de fascista. Os adeptos do Sr. Lula gostam de xingar aos outros de fascistas embora tenham telhado de vidro. Nos dois dias em que durou aquela novela pudemos constatar e mesmo assistir na tv cenas constrangedoras, que envergonham uma sociedade civilizada. Bandos de lulistas bloqueando estradas, queimando pneus, vandalizando o prédio onde mora a ministra Carmen Lúcia, agredindo covardemente jornalistas que cumpriam seus deveres profissionais. Comentei com uma pessoa adepta de Lula e do PT (parece que uma coisa equivale à outra) e esta, para minha surpresa, disse que era assim mesmo, tinha mesmo que fazer isso. Mas pergunto eu, isso não é um método fascista? Os repórteres agredidos podiam até ser eleitores do Lula.
Diga-se de passagem, ao longo dos anos constatei muitas pessoas (algumas que conheço pessoalmente) que um dia votaram no Lula e/ou na Dilma e depois se arrependeram e jamais repetirão esse ato. Quem tem olhos para enxergar pode ter se enganado mas constatou o engano. Uma análise objetiva do governo Lula constata que ele distribuiu bolsas (que já haviam começado com FHC) mas fora o assistencialismo foi um total fracasso em relação à educação e à saúde (que continuaram cada vez mais sucateadas), não baixou os impostos, não protegeu nossas nascentes e florestas, e só fez piorar a segurança pública.
Mas os lulistas fanáticos não enxergam isso e prosseguem espalhando sua raiva, pois não admitem ficar fora do poder. Quando do processo da Dilma eu vi, na internet, coisas de arrepiar os cabelos. Teve um que garantiu, se Dilma fosse afastada não passaria um dia sem atentados (sic). Outro ameaçou com uma invasão do exército venezuelano (eu particularmente acho que os soldados daquele país, sob o infeliz jugo de Maduro, devem estar mais preocupados em arranjar o que comer). Como se Maduro, só por ser um ditador comunista fascista, tivesse o direito de interferir em nosso país. Outro ainda, quando de uma viagem de Dilma aos EUA, falou que ela iria pedir ajuda à ONU e que esta entidade decretaria intervenção no Brasil, que seria invadido pelos “mariners” que deporiam Temer e recolocariam Dilma no governo (aí já é viajar na maionese).
Não gosto nada do Temer e entendo que ele deveria ser enquadrado, aliás penso que isto acontecerá depois que ele perder o foro privilegiado, ou seja em janeiro. Mas eu não votei no Temer, ora! Pode-se dizer que todos os petistas que compareceram às urnas votaram no Temer. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Ano passado assisti na tv um filme de arquivo mostrando Temer e Dilma alegres, de mãos dadas erguidas, festejando a vitória nas eleições. Um fato embaraçoso para nossos irmãos petistas, e que eles gostariam provavelmente de apagar da História; mas foi o PT quem colocou Temer no poder, e isso desde 2010.
Mas afinal, para que disseminar o ódio? Ninguém é obrigado a concordar com as posições políticas desse ou daquele. Este é o conceito de democracia: a pluralidade das ideias. Mas o caráter socialista do PT apresenta outro viés: o socialismo tende para a tirania, para o partido único, para o esmagamento das vontades. Lula e Dilma foram no funeral de Fidel Castro, que durante décadas governou Cuba pelo regime de partido único, que prosseguiu com seu irmão Raul que ora se afasta pela idade avançada. Assim é o socialismo. Onde pode faz calar a oposição. Isto só não aconteceu no Brasil no período petista porque nossas instituições e o povo conseguiram reagir. E o ódio, gente, é um sentimento negativo. O que nós precisamos, e foi o que Jesus nos ensinou, é de amor, cada vez mais amor entre as pessoas, precisamos de mais ternura e concórdia nesse mundo. Não há outro caminho.
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2018.
ÓDIO NO BRASIL
Miguel Carqueija
“Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
(João 13,34)
Nas redes sociais, nas ruas e nos campos difunde-se hoje no Brasil um vendaval de ódio e intolerância e quem comanda essa onda funesta são os partidos e agremiações de esquerda, notadamente a socialista.
O PT, em especial, difunde esse ódio e essa intolerância. Esse fenômeno já é antigo mas parece ter-se incrementado a partir de 2016, ou seja, a partir do processo que afastou Dilma Rousseff.
Não foi alguém que me contou, devo dizer. Eu próprio, ao longo das últimas décadas, venho constatando esse radicalismo petista, muito vidente para os defeitos dos outros mas cego para os próprios. Acusam muita gente de corrupção (e muita gente merece mesmo a acusação), mas não querem enxergar a corrupção no próprio ambiente petista: mensalão, petrolão e por aí afora.
Isso porém é só parte do problema. O que está bem claro é que a mentalidade petista é maniqueísta e intolerante. Só existem praticamente duas posições: ou você é a favor de Lula e do PT (e é bom considerar Lula uma espécie de divindade) ou é contra — e se você for contra deverá sofrer as penas do inferno.
Nós outros, que enxergamos claramente as mazelas petistas, somos amaldiçoados. O mínimo que nos chamam é de coxinhas (mesmo os que não comem carne, como é o meu caso). Mas o grande, o máximo xingamento é o de fascistas. Agora eu fico pensando naquele senhor já de idade que teve a cabeça quebrada em frente ao Instituto Lula e internado numa UTI. Aconteceu bem recentemente, quando Lula se entrincheirou na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Nem sei se a vítima sobreviveu à fratura do crânio ou como ficou a situação dos agressores, cuja atitude pode certamente ser classificada de fascista. Os adeptos do Sr. Lula gostam de xingar aos outros de fascistas embora tenham telhado de vidro. Nos dois dias em que durou aquela novela pudemos constatar e mesmo assistir na tv cenas constrangedoras, que envergonham uma sociedade civilizada. Bandos de lulistas bloqueando estradas, queimando pneus, vandalizando o prédio onde mora a ministra Carmen Lúcia, agredindo covardemente jornalistas que cumpriam seus deveres profissionais. Comentei com uma pessoa adepta de Lula e do PT (parece que uma coisa equivale à outra) e esta, para minha surpresa, disse que era assim mesmo, tinha mesmo que fazer isso. Mas pergunto eu, isso não é um método fascista? Os repórteres agredidos podiam até ser eleitores do Lula.
Diga-se de passagem, ao longo dos anos constatei muitas pessoas (algumas que conheço pessoalmente) que um dia votaram no Lula e/ou na Dilma e depois se arrependeram e jamais repetirão esse ato. Quem tem olhos para enxergar pode ter se enganado mas constatou o engano. Uma análise objetiva do governo Lula constata que ele distribuiu bolsas (que já haviam começado com FHC) mas fora o assistencialismo foi um total fracasso em relação à educação e à saúde (que continuaram cada vez mais sucateadas), não baixou os impostos, não protegeu nossas nascentes e florestas, e só fez piorar a segurança pública.
Mas os lulistas fanáticos não enxergam isso e prosseguem espalhando sua raiva, pois não admitem ficar fora do poder. Quando do processo da Dilma eu vi, na internet, coisas de arrepiar os cabelos. Teve um que garantiu, se Dilma fosse afastada não passaria um dia sem atentados (sic). Outro ameaçou com uma invasão do exército venezuelano (eu particularmente acho que os soldados daquele país, sob o infeliz jugo de Maduro, devem estar mais preocupados em arranjar o que comer). Como se Maduro, só por ser um ditador comunista fascista, tivesse o direito de interferir em nosso país. Outro ainda, quando de uma viagem de Dilma aos EUA, falou que ela iria pedir ajuda à ONU e que esta entidade decretaria intervenção no Brasil, que seria invadido pelos “mariners” que deporiam Temer e recolocariam Dilma no governo (aí já é viajar na maionese).
Não gosto nada do Temer e entendo que ele deveria ser enquadrado, aliás penso que isto acontecerá depois que ele perder o foro privilegiado, ou seja em janeiro. Mas eu não votei no Temer, ora! Pode-se dizer que todos os petistas que compareceram às urnas votaram no Temer. Não adianta querer tapar o sol com a peneira. Ano passado assisti na tv um filme de arquivo mostrando Temer e Dilma alegres, de mãos dadas erguidas, festejando a vitória nas eleições. Um fato embaraçoso para nossos irmãos petistas, e que eles gostariam provavelmente de apagar da História; mas foi o PT quem colocou Temer no poder, e isso desde 2010.
Mas afinal, para que disseminar o ódio? Ninguém é obrigado a concordar com as posições políticas desse ou daquele. Este é o conceito de democracia: a pluralidade das ideias. Mas o caráter socialista do PT apresenta outro viés: o socialismo tende para a tirania, para o partido único, para o esmagamento das vontades. Lula e Dilma foram no funeral de Fidel Castro, que durante décadas governou Cuba pelo regime de partido único, que prosseguiu com seu irmão Raul que ora se afasta pela idade avançada. Assim é o socialismo. Onde pode faz calar a oposição. Isto só não aconteceu no Brasil no período petista porque nossas instituições e o povo conseguiram reagir. E o ódio, gente, é um sentimento negativo. O que nós precisamos, e foi o que Jesus nos ensinou, é de amor, cada vez mais amor entre as pessoas, precisamos de mais ternura e concórdia nesse mundo. Não há outro caminho.
Rio de Janeiro, 25 de abril de 2018.