RELEXÕES SOBRE A CLASSE MÉDIA
RELEXÕES SOBRE A CLASSE MÉDIA
BETO MACHADO
O Brasil é um país onde a estratificação da sua sociedade expõe uma característica “suis Generis”.
A Classe Média Brasileira nutre um ódio mortal sobre a Classe Pobre, mesmo sabendo que é dependente dessa, que tem sido o sustentáculo do desenvolvimento da Economia Nacional. Isso é histórico.
Fosse esse ódio um troféu, poucos países no mundo teriam coragem de ostentá-lo. O Brasil mostra com orgulho. E cada ostentação é acompanhada de ações políticas truculentas, injustas, anti-democráticas e até inconstitucionais.
A Classe Média Brasileira tomou de assalto os Poderes da República. E todo aquele que ascender da pobreza, para assumir posição importante num dos três Poderes, pagará um altíssimo preço pela ousadia. Mesmo aqueles nascidos no berço da “nobreza” que enveredarem para as ideologias de esquerda e focarem suas ações políticas na direção do povo padecerão sob a artilharia inimiga, de membros de sua própria Classe.
Recentemente, a partir no dia 7/4/18, venho observando o desenrolar desse fato absurdo, originado na minha região, Zona Oeste Pobre do Rio, mais propriamente Santa Cruz... Eu estou estarrecido.
Aos olhos do povo, a primeira instância do Judiciário do Rio de Janeiro está morrendo de medo de corrigir uma bravata, pra não dizer uma lambança, da polícia carioca... 159... Esse é o número da sorte. E de sorte grande não se abre mão, diria um hábil jogador. Acertaram o “grupo”, a “dezena” e a “centena”. Deixaram escapar a milhar... Ops!!! Deixaram não. A “milhar” escapou.
Mesmo não tendo alcançado a quarta “casa”, o número da sorte (159) proporcionou à polícia um belo capital político, calcado apenas na quantidade, não em qualidade.
Não vejo racionalidade nas afirmações que todas as festas produzidas, patrocinadas e propagadas por banqueiros de bicho, como as festas de S. Jorge, são freqüentadas tão somente por membros dessas organizações contraventoras e ou só por pessoas envolvidas nessas atividades ilícitas. O mesmo pensamento eu tenho em relação ao evento acontecido num Sítio em Santa Cruz.
Para o povo já carente de tudo festa é festa. Por mais que evoluamos antropologicamente, O Pão e o Circo ainda calam, fundo, na alma do Povo. Até porque esse binômio, mesmo precariamente, é o que lhe resta.
Mas a Classe Média não mede esforços pra passar por sobre os corpos do povão. Qualquer oportunidade para reduzir a quantidade de inimigos (pobres), seus membros, agarrados ao Poder, não perdem tempo... Coitado do Juiz que concedeu Habeas Corpus ao PABLO... Viva o Circo!!!!!!!!