Situação eleição 2018 Brasil
Rodrigo Maia está no quinto mandato como deputado, faz as contas. Collor, pelo que se sabe, foi o primeiro presidente eleito com voto direto após a ditadura. Alkmin e Alvaro Dias, donos de São Paulo e Manaus disputam entre si vaga no partido da presidência. O primeiro faz pose de ético objetivo, coisa de médico que acerta o que vê.
Estes tem aliados, políticos colegas, donos de cidades em todos os lugares do Brasil. E a eleição é assim, fala com um dono da cidade, ele negocia as cláusulas, os benefícios, o rateamento da gordura e tocam o barco. Diz o que vão fazer, coisa de políticos que acredito.
Do outro lado do páreo, há de se localizar o tal Ciro Gomes, homem de pulso, quente e eloquente, faz fé nos acadêmicos. Digo aqueles que começam a ver realidade antiga, dos filósofos aos sociólogos e o pessoal do direito, leva com os pedagogos simpatia que é representada pela colônia jovem que traz Manuela D´ávila. E porque não falar do recém chegado Boulos, atento ao futuro, faz fé e leva o circo como um novo médico, atento aos enfermos como um novo Che.
Terminando a lista e não menos importante, o rei da retórica, Dr. emérito Lula e o terrível Bolsonaro. O primeiro passa das casas de madeira aos intelectuais numa palavra sutil, reto e eloquente na medida da audiência. Condenado, faz fé no seu legado em postura de costumaz guerreiro, vê seu reinado por um fio frente a uma sentença. O segundo, pelo caminhar lento das políticas sociais, tem a solução na disciplina Européia do Brasil Colônia, isto é, resolve extrair tal disciplina pelo frio ou sei lá, e aplicar no calor da mente aberta pelo sol do Hemisfério Sul. E é assim tanto no continente Africano como na América do Sul, é o sol que move os contempladores, frente ao frio que move os disciplinadores. Até o Sol interfere no cultura (ethos) de um povo, coisa que poucos admitirão.
O drama da eleição no Brasil não é só um problema da política, mas, a fotografia de um povo que salta para dizer o que quer. Se o povo disser que deseja os antigos, são os antigos que dirão sobre o antigo. Se optam pelo novo, o abismo de parcerias exigiria um super-homem, com capacidade para se quintuplicar em milhões, ou no mínimo em todas as cadeiras que exigem ver com olhos do espírito, rápidos e sutis como o bem que deve aportar às escolhas.
Há ainda os de centro, isto é, sendo nem novo nem velho não atingem o povo, pois, ainda não possuem cidades para espalhar suas intenções. Exemplo disso é a própria Marina Silva que não conseguiu deslanchar o verde, figurou como pobre, mulher e intelectual, e por isso, foi ausente do jogo que advém o ethos dominante da política, a ilusão, coisa que criança pobre pouco experimentou frente a realidade em relação aos dinossauros, ou, nem mesmo teve aliados de condomínios isolados.
De todo modo, como vivemos um período de guerra ideológica, qual será a revolução que o povo decidirá nas urnas? Forçado a pensar que o resultado das eleições será decidido pelos donos de cidades com ajuda ou pressão de categorias na mira do seus interesses, salvos os novos Judiciário e Ministério Público, de qualquer modo, sou como aqueles que optam pela motivação contrária só para tirar o espírito da paz de prever o futuro.