E tudo começa depois da quarta-feira!
Passado o carnaval, talvez, possamos agora engrenar em 2018, de fato e de direito!
Na verdade, crer-se que o dito popular brasileiro no qual se alcunha; em que o ano só começa após o carnaval, parece até fazer algum sentido quando se olha a alegria de alguns Brasil a fora, não é pra menos, um país tão machucado, exposto, a constantes desatinos quer seja na política, quer seja pela violência tem mesmo que puxar o freio da racionalidade de vez em quando. Ou é isso, ou a loucura por completo pode tomar conta do cotidiano.
Neste carnaval viu-se de tudo um pouco; desde do belíssimo espetáculo dos desfiles das escolas de sambas de São Paulo e do Rio de Janeiro, com seus tons de protestos ao melhor estilo Joãozinho Trinta, a desordem completa na bela cidade maravilhosa.
É no mínimo, curioso, como se dá explicações políticas para questões de segurança nacional, age assim ministro Raul Jungmamm, quando a todo custo tenta tranquilizar a população, pondo o exército nas ruas de Natal ou do Rio, e age desafortunadamente o Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, ou Luiz Pezão, quando na semana pré-carnavalesca tranquiliza pela televisão os cidadãos ao dizer que tudo está sob controle e, passado o carnaval, mediante a barbárie ali ocorrida de tantos assaltos e agressões, o saldo negativo revela que nada, nunca esteve sob controle. Até mesmo o prefeito da cidade maravilhosa, Marcelo Crivella, teve que as pressas viajar, mas, para o interesse geral do município é claro. Parece até que se trata de alguém alheio a realidade. Estranho não, no mínimo inusitado, para não ser perverso.
Talvez o melhor fosse mesmo invocar as antigas festas carnavalescas, aquelas da idade média, as Saturnálias ou Saceias, onde os governantes trocavam de lugar com o povo e podiam ser surrados, talvez assim, pelo menos uma vez que fosse essa gente aprendesse a não prometer o que não poderia cumprir. O problema era que nestas festas, terminados os corretivos, tudo tornava-se igual, como antes, e o reino governado igualzinho. Seguramente não teríamos chance alguma. Em si tratando de Brasil eles criariam uma forma de burlar a brincadeira e mandariam um assessor, como cara de boi de piranha, para apanhar por eles.
No Recife, um carnaval de muita propaganda e algum brilho, entretanto, difícil de participar, o tumultuo para acessar o palco principal no marco zero da cidade era de fazer qualquer folião empolgado desistir ou ao menos repensar, além do mais, a falta de telões espalhados nas ruas para que se pudesse acompanhar a programação mais a distância, deixava muito longe a imagem de outros bons carnavais já realizados, inclusive por esta gestão.
O transito também era infernal, levava-se até duas horas para chegar do começo da rua da Aurora até o estacionamento gratuito da Prefeitura do Recife, trajeto que se faz em pelo menos cinco minutos, nos dias normais, isto porque, quando não era o semafaro, "apixonado pelo vermelho", que atrapalhava, fechando a todo instante, tínhamos os “amarelinhos” que estavam muito ocupados em responder as novas mensagens do WhatsApp e, protagonizavam aquilo que se pode chamar no mínimo de mão de obra desordenada. No computo geral, não se pode falar da programação, nem de sua qualidade, isto porque agradou a gregos e troianos, sem falar na qualidade do som e das imagens, mas a mobilidade deixou muitíssimo a desejar, o que diminui qualquer boa nota que o carnaval poderia ter.
É preciso que se pense melhor para os outros anos, pois é o nosso dinheiro quem paga as contas, portanto, temos mesmo é que exigir mais luxo e menos lixo, mas qualidade e melhores respostas dos nossos governantes. Quem escolhe administrar a coisa púbica, deve pensar sempre em três coisas: disciplina, disciplina e disciplina.
Fiquemos então de olho nos próximos carnavais.
Explicando um pouco a tal festa popular carnavalesca.
O Carnaval tem origem em tempos remotos, a palavra deriva da expressão CARNIS LEVALE, que significa literalmente: tirar a carne. No sentido amplo da palavra falava-se em suspender a carne e os prazeres mundanos durante a quaresma, na prática uma demanda da igreja católica a seus fies, para melhor prepara-los com um jejum que mais indicasse o início de penitências que qualquer outra coisa.
Na Babilônia, por exemplo, haviam duas festas: As Saceias, onde se vestia um prisioneiro como o rei. Ele comia, bebia e até dormia com as esposas dos nobres, em seguida era açoitado, torturado, empalado e enforcado.
Havia também uma outra, um ritual, nos dias que antecediam o equinócio da primavera, no templo de Marduk, uma das primeiras divindades mesopotâmicas. Nesta festa o rei perdia suas roupas e pertences e era surrado na frente da estatua em sinal de pura submissão, depois normalmente assumia o trono e voltava a governar, “purificado”.
No contexto das duas festas estão o fato desses personagens inverterem os seus papeis originais, o nobre que virava plebeu e o plebeu que virava nobre, muito embora só a plebe pagasse posteriormente com a própria vida.
O carnaval ainda traz em si uma ligação com as festas greco-romanas, como as orgias ou bacanais, dedicadas a Baco deus do vinho para os romanos, ou dionisíacas, dedicado a Dionísio, nome dado a Baco pelos gregos. Nas tais festas se bebia à vontade sem limites e se entregava aos prazeres da embriagues e do corpo, sem qualquer restrição.
Em Roma, havia ainda, duas outras festas; as Saturnálias (um festival em honra a Saturno que ocorria de 17 a 23 de dezembro no calendário Juliano) e as Lupercálias (era um festival pastoril romano, celebrado a XV Kalendas Martias, que corresponde hoje ao dia 14 de fevereiro). A primeira ocorria sempre no solstício de inverno em dezembro e a segunda sempre em fevereiro que era considerado o mês das divindades infernais, mas também o período das purificações. As festas duravam dias com muita comida, bebida e igualmente ao que ocorria na Grécia com a Saceias, também havia inversão de papéis entre nobres e plebeus.
A igreja católica, por sua vez, não via com bons olhos, pois ao ver invertido os papéis sociais, preocupava-se que tal inversão social criasse uma janela apropriada para que o homem comum ou até mesmo o nobre, começasse a considerar a possibilidade de trocar Deus pelo Demônio.
A partir do século VIII, a igreja criou a quaresma e as festas pagãs passaram a ser antes desse período quaresmal, com isso a igreja reservara uma data especifica para as festas pagãs e logo em seguida a oportunidade da purificação do corpo maculado pelos excessos do pecado.
No século XI, durante os carnavais medievais, no período fértil da agricultura, era comum que homens jovens se fantasiassem de mulheres e passassem as noites a visitarem os lares, no campo ou na cidade, se dizendo habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos, comiam, bebiam e beijavam, com permissão, as moças das casas visitadas.
Em meados do século XIV, durante o Renascimento, nas cidades italianas, especialmente em Florença, surgia commedia dell'arte, eram sempre realizados em teatros improvisados. Havia também em Roma alguns desfiles com músicas compostas especialmente para esta festa, e ainda carros decorados, os trionfi. Era muito comum, sobretudo em Veneza a uso da bauta, uma capa com um capuz preto que encobria os ombros e a cabeça, além dos chapéus de três pontas e uma máscara branca. A festa foi muito difundia até o século XVIII.
No Brasil, uma das primeiras manifestações que se tem referência foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa muito praticada pelos escravos no então Brasil colônia, passado algum tempo, o carnaval incorporou outros estilos como; os cordões, ranchos, as festas de salão, os corsos que eram grandes veículos decorados, nos quais as pessoas iam em cima, e posteriormente as escolas de samba. Alguns ritmos antes criminalizados foram igualmente incorporados, como os maracatus, os frevos, originários dos dobrados militares, as marchinhas, além de sambas entre outros gêneros.
Como dizia Nelson Rodrigues; em nosso complexo de vira-latas, talvez seja o futebol o único a nos redimir. Igualmente poderíamos considerar o carnaval, já que ainda não se ver carnaval igual ao nosso, já políticos adoraríamos importar.
A politica não é senão o reflexo da sociedade, não há sociedade ética com políticos corruptos, ou políticos éticos em sociedade corrupta, é sempre uma balança de linha tênue. Nos países mais adiantados, se pode ver como um fator contributivo ou até mesmo decisivo, o projeto de educação pré-estabelecido e tratado como coisa séria. Só se pode cobrar para além de um bom carnaval quando se tem em principio uma boa educação. A partir disso as cobranças fundamentais podem ser bem melhores aceitas, não sendo assim qualquer demanda popular ou social passa a ser interpretada, pelos políticos, como queixume, lamurias, lamentações, ou até mesmo pedidos sem fundamentos, e não clamores da sociedade.
Educação é mesmo fundamental. Já carnaval, nem tanto, mas é bom!
Passado o carnaval, talvez, possamos agora engrenar em 2018, de fato e de direito!
Na verdade, crer-se que o dito popular brasileiro no qual se alcunha; em que o ano só começa após o carnaval, parece até fazer algum sentido quando se olha a alegria de alguns Brasil a fora, não é pra menos, um país tão machucado, exposto, a constantes desatinos quer seja na política, quer seja pela violência tem mesmo que puxar o freio da racionalidade de vez em quando. Ou é isso, ou a loucura por completo pode tomar conta do cotidiano.
Neste carnaval viu-se de tudo um pouco; desde do belíssimo espetáculo dos desfiles das escolas de sambas de São Paulo e do Rio de Janeiro, com seus tons de protestos ao melhor estilo Joãozinho Trinta, a desordem completa na bela cidade maravilhosa.
É no mínimo, curioso, como se dá explicações políticas para questões de segurança nacional, age assim ministro Raul Jungmamm, quando a todo custo tenta tranquilizar a população, pondo o exército nas ruas de Natal ou do Rio, e age desafortunadamente o Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza, ou Luiz Pezão, quando na semana pré-carnavalesca tranquiliza pela televisão os cidadãos ao dizer que tudo está sob controle e, passado o carnaval, mediante a barbárie ali ocorrida de tantos assaltos e agressões, o saldo negativo revela que nada, nunca esteve sob controle. Até mesmo o prefeito da cidade maravilhosa, Marcelo Crivella, teve que as pressas viajar, mas, para o interesse geral do município é claro. Parece até que se trata de alguém alheio a realidade. Estranho não, no mínimo inusitado, para não ser perverso.
Talvez o melhor fosse mesmo invocar as antigas festas carnavalescas, aquelas da idade média, as Saturnálias ou Saceias, onde os governantes trocavam de lugar com o povo e podiam ser surrados, talvez assim, pelo menos uma vez que fosse essa gente aprendesse a não prometer o que não poderia cumprir. O problema era que nestas festas, terminados os corretivos, tudo tornava-se igual, como antes, e o reino governado igualzinho. Seguramente não teríamos chance alguma. Em si tratando de Brasil eles criariam uma forma de burlar a brincadeira e mandariam um assessor, como cara de boi de piranha, para apanhar por eles.
No Recife, um carnaval de muita propaganda e algum brilho, entretanto, difícil de participar, o tumultuo para acessar o palco principal no marco zero da cidade era de fazer qualquer folião empolgado desistir ou ao menos repensar, além do mais, a falta de telões espalhados nas ruas para que se pudesse acompanhar a programação mais a distância, deixava muito longe a imagem de outros bons carnavais já realizados, inclusive por esta gestão.
O transito também era infernal, levava-se até duas horas para chegar do começo da rua da Aurora até o estacionamento gratuito da Prefeitura do Recife, trajeto que se faz em pelo menos cinco minutos, nos dias normais, isto porque, quando não era o semafaro, "apixonado pelo vermelho", que atrapalhava, fechando a todo instante, tínhamos os “amarelinhos” que estavam muito ocupados em responder as novas mensagens do WhatsApp e, protagonizavam aquilo que se pode chamar no mínimo de mão de obra desordenada. No computo geral, não se pode falar da programação, nem de sua qualidade, isto porque agradou a gregos e troianos, sem falar na qualidade do som e das imagens, mas a mobilidade deixou muitíssimo a desejar, o que diminui qualquer boa nota que o carnaval poderia ter.
É preciso que se pense melhor para os outros anos, pois é o nosso dinheiro quem paga as contas, portanto, temos mesmo é que exigir mais luxo e menos lixo, mas qualidade e melhores respostas dos nossos governantes. Quem escolhe administrar a coisa púbica, deve pensar sempre em três coisas: disciplina, disciplina e disciplina.
Fiquemos então de olho nos próximos carnavais.
Explicando um pouco a tal festa popular carnavalesca.
O Carnaval tem origem em tempos remotos, a palavra deriva da expressão CARNIS LEVALE, que significa literalmente: tirar a carne. No sentido amplo da palavra falava-se em suspender a carne e os prazeres mundanos durante a quaresma, na prática uma demanda da igreja católica a seus fies, para melhor prepara-los com um jejum que mais indicasse o início de penitências que qualquer outra coisa.
Na Babilônia, por exemplo, haviam duas festas: As Saceias, onde se vestia um prisioneiro como o rei. Ele comia, bebia e até dormia com as esposas dos nobres, em seguida era açoitado, torturado, empalado e enforcado.
Havia também uma outra, um ritual, nos dias que antecediam o equinócio da primavera, no templo de Marduk, uma das primeiras divindades mesopotâmicas. Nesta festa o rei perdia suas roupas e pertences e era surrado na frente da estatua em sinal de pura submissão, depois normalmente assumia o trono e voltava a governar, “purificado”.
No contexto das duas festas estão o fato desses personagens inverterem os seus papeis originais, o nobre que virava plebeu e o plebeu que virava nobre, muito embora só a plebe pagasse posteriormente com a própria vida.
O carnaval ainda traz em si uma ligação com as festas greco-romanas, como as orgias ou bacanais, dedicadas a Baco deus do vinho para os romanos, ou dionisíacas, dedicado a Dionísio, nome dado a Baco pelos gregos. Nas tais festas se bebia à vontade sem limites e se entregava aos prazeres da embriagues e do corpo, sem qualquer restrição.
Em Roma, havia ainda, duas outras festas; as Saturnálias (um festival em honra a Saturno que ocorria de 17 a 23 de dezembro no calendário Juliano) e as Lupercálias (era um festival pastoril romano, celebrado a XV Kalendas Martias, que corresponde hoje ao dia 14 de fevereiro). A primeira ocorria sempre no solstício de inverno em dezembro e a segunda sempre em fevereiro que era considerado o mês das divindades infernais, mas também o período das purificações. As festas duravam dias com muita comida, bebida e igualmente ao que ocorria na Grécia com a Saceias, também havia inversão de papéis entre nobres e plebeus.
A igreja católica, por sua vez, não via com bons olhos, pois ao ver invertido os papéis sociais, preocupava-se que tal inversão social criasse uma janela apropriada para que o homem comum ou até mesmo o nobre, começasse a considerar a possibilidade de trocar Deus pelo Demônio.
A partir do século VIII, a igreja criou a quaresma e as festas pagãs passaram a ser antes desse período quaresmal, com isso a igreja reservara uma data especifica para as festas pagãs e logo em seguida a oportunidade da purificação do corpo maculado pelos excessos do pecado.
No século XI, durante os carnavais medievais, no período fértil da agricultura, era comum que homens jovens se fantasiassem de mulheres e passassem as noites a visitarem os lares, no campo ou na cidade, se dizendo habitantes da fronteira do mundo dos vivos e dos mortos, comiam, bebiam e beijavam, com permissão, as moças das casas visitadas.
Em meados do século XIV, durante o Renascimento, nas cidades italianas, especialmente em Florença, surgia commedia dell'arte, eram sempre realizados em teatros improvisados. Havia também em Roma alguns desfiles com músicas compostas especialmente para esta festa, e ainda carros decorados, os trionfi. Era muito comum, sobretudo em Veneza a uso da bauta, uma capa com um capuz preto que encobria os ombros e a cabeça, além dos chapéus de três pontas e uma máscara branca. A festa foi muito difundia até o século XVIII.
No Brasil, uma das primeiras manifestações que se tem referência foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa muito praticada pelos escravos no então Brasil colônia, passado algum tempo, o carnaval incorporou outros estilos como; os cordões, ranchos, as festas de salão, os corsos que eram grandes veículos decorados, nos quais as pessoas iam em cima, e posteriormente as escolas de samba. Alguns ritmos antes criminalizados foram igualmente incorporados, como os maracatus, os frevos, originários dos dobrados militares, as marchinhas, além de sambas entre outros gêneros.
Como dizia Nelson Rodrigues; em nosso complexo de vira-latas, talvez seja o futebol o único a nos redimir. Igualmente poderíamos considerar o carnaval, já que ainda não se ver carnaval igual ao nosso, já políticos adoraríamos importar.
A politica não é senão o reflexo da sociedade, não há sociedade ética com políticos corruptos, ou políticos éticos em sociedade corrupta, é sempre uma balança de linha tênue. Nos países mais adiantados, se pode ver como um fator contributivo ou até mesmo decisivo, o projeto de educação pré-estabelecido e tratado como coisa séria. Só se pode cobrar para além de um bom carnaval quando se tem em principio uma boa educação. A partir disso as cobranças fundamentais podem ser bem melhores aceitas, não sendo assim qualquer demanda popular ou social passa a ser interpretada, pelos políticos, como queixume, lamurias, lamentações, ou até mesmo pedidos sem fundamentos, e não clamores da sociedade.
Educação é mesmo fundamental. Já carnaval, nem tanto, mas é bom!