Criminalidade? Basta acabar com a impunidade.

" Já te disseram que prender criminosos é uma “solução simplista”? Eu ouvi isso hoje — pela milionésima vez. E respondi assim:

Prezado amigo, a solução pode ser “simplista” ou adequada, dependendo do ponto de vista. Essa sua frase serve para qualquer questão: saúde, educação, transporte.

Na verdade, diz Thomas Sowell em “Intelectuais e Sociedade”, essa argumentação de que soluções já comprovadas para a questão do crime são “simplistas” faz parte de uma tática ideológica de esquerda de ampliar o problema até que ele fique impossível de resolver.

De acordo com esse raciocínio, não se pode prender ninguém até que a acabemos com a “desigualdade” (mentira: a Índia, por exemplo, tem “desigualdade” muito maior que a nossa e tem 10 VÊZES menos homicídios)

ou até que a “educação seja de qualidade” (mentira: basta ver Suzane Hichtofen, Ana Carolina Jatobá, Roger Abdelmassih e milhares de outros criminosos com curso superior — uma amiga juíza de menores me confirma que a esmagadora maioria dos “menores infratores” está matriculada na escola);

ou até que acabe a pobreza (mentira: a pobreza rural no Brasil é muito pior que a pobreza urbana, mas o crime é muito menor no campo — além disso, em 1980 quando o PIB per capita do Brasil era de 2.500 dólares, tivemos 12.000 homicídios; em 2016 o PIB chegou a 8.500 dólares e tivemos 60.000 homicídios).

A verdade é que a solução da crise de criminalidade é simples mesmo: basta acabar com a impunidade.

No Brasil apenas 8% dos 60.000 homicídios anuais são esclarecidos, e apenas 2% dos 2.000.000 (são dois milhões) de assaltos anuais (dá 3 assaltos por minuto) são resolvidos.

Existem 700 mil mandados de prisão pendentes — são pessoas que deveriam estar presas e não estão.

Um bandido volta pra rua depois de cumprir apenas 1/6 da pena (é o regime “sempre-aberto”), ou no máximo 2/5 (se o crime for hediondo).

As audiências de custódia chegaram a soltar 60% dos criminosos PRESOS EM FLAGRANTE no Rio.

Um menor que assassinou alguém fica internado, em média, APENAS 8 MESES no Rio — internado para cumprir “medidas socioeducativas”.

No Rio Grande do Sul um dos assaltantes de banco mais perigosos do país já fugiu SETE VÊZES do regime sempre-aberto.

Como é que é mesmo essa história de “solução simplista” ?"

(R.M.)

Gary Burton
Enviado por Gary Burton em 16/02/2018
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