ESTIMULAR A FUGA DE VOTOS É ORIENTAR O CIDADÃO A PERDER SEUS DIREITOS
Decepcionados com a classe política que tem demonstrado facilidades para votar tudo que lhes convém em detrimento aos interesses dos cidadãos, grande parte do nosso povo acredita que deve deixar de votar.
É um equivoco lamentável porque de algum modo alguém será eleito e isso fará com que esse alguém mais uma vez passe pelo filtro, digo pela peneira, na condição de representante ainda pior porque não estaríamos presentes nas urnas para corrigir com o voto a eleição de outros, banindo os atuais de posturas parlamentares que tem ido na contra-mão dos anseios e necessidades do povo.
A formula ideal é antiga: Escolher o candidato, votar e acompanhar sua atuação. Os múltiplos exemplos de que o mandato é um trampolim de práticas corruptas mostra que o nosso judiciário perde a eficácia com a o arbítrio da decisão de corrigir tais ilícitos a cargo dos próprios parlamentares que de modo corporativo são parciais porque no provável amanhã teriam em seu julgado um julgador, tornando a imunidade parlamentar num bunker contra a justiça.
A primeira vitória do cidadão em relação ao voto seria alcançar sua independência, tornado-o facultativo, isso poderia valorizar a classe parlamentar já que os candidatos cooptadores de eleitores tendenciosos perderiam, em muito o poder de barganha financeira, sua arma principal, nos pleitos o que alimenta lobistas interesseiros durante todo o mandato do parlamentar eleito longe dos anseios do cidadão comum.
Para corrigir a postura do parlamentar o cidadão, na condição de eleitor deve melhorar a própria postura. A ideia de afastar-se do pleito como forma de protesto não é um bom começo. Afinal, ESTIMULAR A FUGA DE VOTOS É ORIENTAR O CIDADÃO A PERDER SEUS DIREITOS