Se o sistema funcionasse
SE O SISTEMA FUNCIONASSE
A organização de nosso sistema democrático é perfeita. Três Poderes independentes e harmônicos regem todas as relações. O Poder Legislativo é o responsável pela criação das Leis que vão garantir a satisfação das necessidades dos cidadãos. Compete a ele, ainda, fiscalizar o Poder Executivo para que essas Leis sejam cumpridas. Ao Poder Executivo compete administrar a Nação, sendo fiel a todas as Leis existentes, para que haja harmonia nas relações sociais. O Poder Judiciário é o árbitro que vai julgar todos os atos que dependam do correto cumprimento das Leis. O bom funcionamento desses Poderes garante o bem estar de todos os cidadãos.
Se o sistema funcionasse, da maneira como foi idealizado, os membros do Executivo seriam os executores das políticas públicas voltadas para o bem comum. Os membros do Legislativo seriam nossos fiscais que estariam sempre atentos aos atos do Executivo, não permitindo desvios de conduta. Os membros do Judiciário seriam chamados a agir sempre que o Estado ou os cidadãos descumprissem as Leis.
Porém os Poderes são compostos por homens falíveis, que quase sempre falham no exercício de suas funções, o que obriga a Sociedade Civil a se organizar, também, em Associações, Conselhos Comunitários, ONG’s, Sindicatos e tantos outros, em busca de soluções.
A própria existência de Associações Civis é uma prova inequívoca do mal funcionamento das Instituições Públicas.
O que podem os cidadãos fazer, além de se organizar em Associações para reclamar e reivindicar? Podem usar o instrumento democrático que possuem, o voto, para buscar outros representantes mais dignos e competentes. Podem dar um basta no continuísmo dos velhos políticos, e colocar em seu lugar uma nova geração de representantes oriundos das Comunidades e mais afinados com as necessidades de nosso povo.
A hora de se fazer isso é no período eleitoral que acontece de quatro em quatro anos. E já que os verdadeiros fiscais públicos são os lideres comunitários, é de seu meio que devem sair os novos líderes políticos.
Será que nosso povo está preparado para essas mudanças?
É bom que esteja, ou teremos que esperar mais quatro anos por uma nova oportunidade.