A INEFICIÊNCIA DO SISTEMA.
A política no Brasil, em especial nestes últimos anos, tem se mostrado muitíssimo ineficiente em todos os seus aspectos. Os políticos de um modo geral, parecem não estarem se importando com o povo que os elegeram, cada brasileiro e brasileira, de norte a sul, de leste a oeste, quando compareceram às urnas nas eleições passadas, depositaram a sorte do país e de suas próprias vidas nas mãos daqueles que agora figuram no poder, cada um o fez de coração sincero, na intenção de ver a sua nação crescer e desenvolver, na intenção de tornar o Brasil um país de primeira grandeza. Mas vejam no que deu, na verdade, o que vem acontecendo já há décadas. Nós estamos diante de uma crise absurda, negada por aqueles que estão no poder, que dizem mentiras de cara lavada. Hoje, na atual situação em que nos encontramos, desempregos, violências, hospitais precários, e tantas outras desigualdades crescentes a cada novo dia. Os mandatários e mandatárias dessa nação, com seus discursos muito bem elaborados e polidos, são verdadeiros papagaios falastrões, conseguem enrolar a qualquer um, eles dizem tudo, e não falam nada de que se aproveite.
Vejamos alguns números, o desemprego por exemplo; ficou em 12,6% no trimestre encerrado em agosto, segundo dados da Pnad Contínua, divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, o Brasil tinha 13,1 milhões de desempregados, uma queda de 4,8% em relação ao trimestre terminado em maio. Assim como no período anterior, a melhora na ocupação ainda é puxada pela informalidade e pelas contratações no setor público, de acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo.
Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, porém, houve aumento de 9,1%. Ou seja, segundo o IBGE, em agosto deste ano o Brasil tinha 1,1 milhão de desempregados a mais que no mesmo período do ano passado.
Por outro lado temos a reforma trabalhista recém aprovada, vejam o que disse o nosso presidente não eleito a respeito da reforma. " O trabalhador brasileiro entrou finalmente no século 21, nesta semana, com a aprovação da modernização da legislação trabalhista". Foi com essa frase que o nosso presidente da República não eleito, Michel Temer (PMDB), deu início ao seu artigo em comemoração à aprovação da reforma trabalhista , publicado nesta quinta-feira (13), no jornal O Estado de S.Paulo.
A reforma trabalhista foi aprovada na noite da última terça-feira (11), no Senado. Com 50 votos favoráveis contra 26 e uma abstenção, o resultado foi anunciado sem comemorações. O texto segue agora para a sanção de Temer, que classifica, em seu artigo, a aprovação como "uma grande conquista", inclusive para os trabalhadores.
"Essa é uma grande conquista para empregadores e trabalhadores . É uma vitória para a geração de empregos com registro em carteira e para a construção de um País mais competitivo no cenário internacional", escreveu o presidente.
Em resposta às críticas que a reforma gerou, o peemedebista é enfático. "Ao contrário da pregação irresponsável feita pelos que exercitam o mais puro revanchismo político, o sentido dessas mudanças é um só: mais direitos para muitos mais trabalhadores e mais empregos para muitos mais brasileiros. A realidade provará a racionalidade e a eficácia de tudo o que fizemos", afirmou. No decorrer do texto, Michel Temer afirma que a alteração nas leis trabalhistas representa "um momento de renovada esperança para os brasileiros" e um ajuste "à contemporaneidade", coisa que o "governo não conquistou sozinho".
As alterações feitas nessa reforma não está sendo bem vista pelos trabalhadores e trabalhadoras de todo o país, uma vez que, a primeira impressão é a de que o empregado ficou à mercê da vontade e dos desejos do seu empregador, sem chances ou voz para requerer alguma coisa.
Outro dado alarmante e que preocupa e muito, desrespeito ao aumento da violência, no primeiro semestre de 2017, no Brasil, foram registrados 28,2 mil homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios, casos de roubos seguidos de morte, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, divulgados pelo jornal Estado de S. Paulo. O número de assassinatos no Brasil aumentou, indicando uma crise na segurança pública. O índice é 6,79% maior do que no mesmo período do ano passado e indica que o país pode retornar à casa dos 60 mil casos anuais.
As leis com suas tantas brechas, e na maioria das vezes a atuação dos diretos humanos em determinados casos, tem colaborado negativamente no trabalho dos policiais nas ruas, sabendo que, uma vez preso, o bandido logo estará nas ruas novamente, podendo cometer novos e piores crimes, contra os próprios policiais. Vejam esses números, eles apontam para uma triste realidade, crescente a cada dia. O primeiro semestre de 2017 terminou com um saldo preocupante: aumentou o número de policiais mortos no Brasil. Os números não são nada animadores. A Ordem dos Policiais do Brasil (OPB)concluiu a análise dos dados levantados pelo ‘Mortômetro’, instrumento criado pela entidade para acompanhamento das mortes entre profissionais de segurança. Os resultados são alarmantes: o número de policiais mortos aumentou. Comparando os meses de janeiro a maio deste ano com o de 2016, morreram 245 profissionais contra 236 no ano anterior. O Rio de Janeiro continua liderando o ranking, entre os estados brasileiros. Foram 82 este ano, quase o dobro de 2016 : 53. Em segundo lugar, ficou a Bahia com 25 mortes, contra 17. O Espírito Santo ocupou a 16ª posição com três mortes registradas.
Confira a tabela:
Policiais mortos em serviço ou em decorrência da profissão
1º lugar – Rio de janeiro – 83 mortes
2º lugar – Bahia – 25 mortes registradas
3º lugar – Ceará – 18 mortes
4º lugar – Pará – 17 mortes
5º lugar – São Paulo – 16 mortes
6º lugar – Minas Gerais – 12 mortes
7º lugar – Pernambuco – 10 mortes
8º lugar – Distrito Federal – 09 mortes
9º lugar – Goiás – 08 mortes
10º lugar – Rio Grande do Norte – 06 mortes
11º lugar – Paraná – 06 mortes
12º lugar – Rio Grande do Sul – 05 mortes
13º lugar – Tocantins – 05 mortes
14º lugar – Mato Grosso do Sul – 04 mortes
15º lugar – Rondônia – 03 mortes
16º lugar – Espírito Santo – 03 mortes
17º lugar – Piauí – 03 mortes
18º lugar – Paraíba – 02 mortes
19º lugar – Mato Grosso – 02 mortes
20º lugar – Santa Catarina – 02 mortes
21º lugar – Amazonas – 02 mortes
22º lugar – Sergipe – 01 morte
23º lugar – Maranhão – 01 morte
24º lugar – Alagoas – 01 morte
25º lugar – Roraima – 01 morte
26º lugar – Acre – Sem registro de morte
27º lugar – Amapá – Sem registro de morte
Total de mortes: 245.
Diante de números tão assustadores, fica a dívida, ou melhor, a certeza de que realmente não caminhamos para um futuro glorioso, esses dados são apenas pinceladas de coisas ainda maiores e mais terríveis que estão acontecendo. É hora de mudar, mudar de verdade, mudar o pensamento e as atitudes, mudar os governantes, mudar o voto, mudar a direção. Enquanto continuarmos engolindo a seco as mentiras que nos contam, continuaremos reféns de um sistema cada vez mais ineficiente e esmagador.